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De que se trata o artigo:

Este artigo apresenta uma análise sobre as dependências entre práticas específicas para as sete áreas de processo do nível 2 de maturidade do CMMI.

Para que serve:

Serve como guia para a melhoria de processos na organização e também da habilidade dos profissionais em gerenciar o desenvolvimento, aquisição e manutenção dos produtos ou serviços.

Em que situação o tema é útil:

Como modelo de capacitação e maturidade do processo e como ferramenta de acuidade da qualidade do desenvolvimento, podendo ser utilizada por equipes e organizações desenvolvedoras de software que pretendem avaliar seus processos frente ao CMMI.

Autores: Thiago Salhab Alves e Paulo C. Barreto da Silva

Equipes e organizações desenvolvedoras de software muitas vezes adotam diferentes práticas de desenvolvimento, criando o que se costuma chamar de processos ad hoc de desenvolvimento de software. Infelizmente esses processos ad hoc costumam ser pouco controlados, não passíveis de repetição e altamente dependentes da capacidade individual de cada membro da equipe.

Desde a década de 1990, vários modelos de maturidade de processos vêm sendo propostos com o objetivo de auxiliar na melhoria da qualidade dos processos de software adotados pelas organizações [3]. Entre eles podemos citar os modelos CMM [5], Spice – ISO/IEC 15504 [2], CMMI [1] e mais recentemente, no Brasil, o MPS-BR [4]. Atualmente as organizações que desenvolvem software estão atentas às necessidades da adoção de processos de desenvolvimento de software melhor definidos, e observam-se movimentos dessas organizações em busca de certificações de qualidade de processos de software, notadamente as certificações CMMI de nível 2.

Neste sentido, o objetivo deste artigo é apresentar o resultado de uma análise ampla sob o CMMI que foi realizada para determinar possíveis dependências entre as práticas específicas em uma mesma área de processo. Para isso, foram analisadas as sete áreas de processo do nível 2 de maturidade. As motivações para a análise se devem ao fato das organizações e equipes de desenvolvimento, que fazem o uso do CMMI para avaliação de seus processos, não encontrarem no documento oficial uma descrição clara e objetiva de possíveis relações de dependências entre práticas específicas dentro de uma mesma área de processo (o documento apenas sugere uma consulta de áreas de processos relacionadas para mais informações). A comprovação das dependências é de grande importância para um método de auto-avaliação de processos de software, pois sabendo quais as práticas que possuem dependentes, uma maior atenção na classificação dessas práticas deverá ser adotada e eventuais falhas na classificação podem ser identificadas e corrigidas.

Com o resultado das análises de dependências e estudos dos principais modelos de avaliação integrados ao CMMI (ARC V1.2 (Appraisal Requirements for CMMI)), e do método de avaliação SCAMPI A (Standard CMMI Appraisal Method for Process Improvement), foi desenvolvido um método de auto-avaliação de processos de software, apoiado por um protótipo da ferramenta MAPSw, apresentando-se como um instrumento que oferecerá auxílio às organizações e às equipes de desenvolvimento de software na melhoria de seus processos frente ao CMMI nível 2 de maturidade, bem como na obtenção de certificação CMMI em um futuro próximo.

As principais motivações para o desenvolvimento deste método se devem à escassez de métodos de auto-avaliação para CMMI e pela dificuldade encontrada pelas organizações e equipes de desenvolvimento em interpretar e utilizar corretamente os documentos de avaliação (ARC e SCAMPI A), pois são muito extensos, passíveis de má interpretação e apresentados em inglês. Dessa forma, o método e a ferramenta desenvolvidos dão suporte à verificação de dependências entre práticas, auxiliando o usuário a identificar em que pontos devem ser melhorados e a minimizar possíveis falhas de avaliação.

O restante deste artigo está organizado da seguinte forma: na seção CMMI são apresentados seus principais componentes e áreas de processo; na seção Modelos de Avaliação Integrados ao CMMI são apresentados o ARC e SCAMPI, que são os principais modelos de Avaliação; na seção Análise das Dependências entre Práticas Específicas é apresentada uma análise sobre as dependências entre práticas específicas das áreas de processos do nível 2; na seção MAPSw: Método de Auto-Avaliação de Processos de Software é apresentado o método de auto-avaliação que dá suporte a análise de dependências entre práticas; e na última seção são apresentadas as conclusões deste artigo.

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