Esse artigo faz parte da revista Clube Delphi Edição 93. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição

nguagem dita orientada a objetos deve estar firmada no que chamamos de Pilares (Figura 1), como dito anteriormente. Estes conceitos não estavam totalmente disponíveis até a versão 4 do PHP. Com o lançamento da versão 5, o modelo orientado a objetos da linguagem foi totalmente reescrito. Em relação a OO não seria exagero dizer que era uma outra linguagem e bastante difícil de lidar. Quem “tentou” programar OO no PHP 4 sabe do que estou falando.

Todos os pilares citados anteriormente estão presentes na versão 5 o que nos permite desenvolver aplicações Web em cima desta filosofia. Um modelo orientado a objetos gira em torno de classes e objetos. Como mencionado, OO é um assunto polêmico e muito extenso, portanto não serão abordados aqui todos os seus conceitos a fundo. É altamente recomendado um estudo aprofundado dos conceitos básicos da POO para que se possa entender perfeitamente toda a estrutura de programação nesses moldes. Duas boas referências para os iniciantes estão na revista ClubeDelphi 91 com dois excelentes artigos dos autores Adriano Santos e Maikel Sheid.

Contudo para que se possa situar, as classes seriam como a planta de um edifício com suas definições de altura, largura, quantidades de andares, elevadores etc., ou seja, o planejamento do edifício, algo ainda no papel, não tangível. Já o objeto seria o próprio edifício construído, concreto e palpável.

Todo objeto possui suas características que chamamos de propriedades. Possui também comportamentos que chamamos de métodos. Tudo isso definido na classe ao qual este objeto pertence. A vantagem da OO em relação a outras filosofias de programação é justamente a possibilidades de criar objetos passíveis de serem reaproveitados reduzindo assim o tempo de desenvolvimento. Outra vantagem é a de manter os dados (propriedades) e regras de negócios (métodos) unidos numa mesma estrutura (objeto).

Uma vez tendo estes conceitos em mente, basta aplicá-los a linguagem em que iremos trabalhar, no nosso caso PHP. Bem, até agora está tudo muito bom, mas na prática, como isso se aplica? Esta é a pergunta que não quer calar. Primeiro vamos à sintaxe OO no PHP.

 

 

Figura 1. Pilares da programação orientada a objetos

 

Criando e entendendo as classes

Para criarmos uma classe utilizamos, como no Delphi, a palavra reservada class, porém a sintaxe é um pouco diferente, como podemos ver a seguir:

 

class Pessoa{}

 

Como podemos ver, não temos aqui a presença do operador type como no Delphi. As propriedades e métodos desta classe devem ser definidos entre as chaves que a definem. Tudo que for colocado neste escopo pertence a ela:

 

class Pessoa{

  var $nome;

  var $email;

}

 

Entendendo os objetos

Temos agora nossa classe que possui a definição do que será nosso objeto propriamente dito. Precisamos nesse momento criar esses objetos, alocá-los em memória e torná-los reais. Para instanciarmos uma classe no PHP utilizamos a palavra reservada new. Neste ponto não custa lembrar que o PHP não é fortemente tipado como é o Win32 e mais ainda ele é Case Sensitive, ou seja, difere maiúsculas de minúsculas, portanto muita atenção na hora que definir suas classes e as variáveis que irão receber seus objetos. Para criarmos um da classe Pessoa, definida anteriormente, bastaria atribuir a uma variável o resultado da função new como a seguir:

        

  $joao = new Pessoa;

 

Neste momento temos em $joao um objeto com as definições da nossa classe, com isso é fato que $joao tem um nome e possui um e-mail, ambos aptos a receberem valores.

Construtores

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