Esse artigo faz parte da revista Engenharia de Software 18 edição especial. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição



Qualidade de Software

Fatores humanos

A influência na Qualidade de Software

 

De que trata o artigo:
Quando se fala em qualidade de software, geralmente tem-se em mente as seguintes variáveis: pessoas, processos e tecnologia. Neste artigo pretende-se focar na variável pessoas, ou seja, nos fatores humanos que geram diretamente influência na qualidade do produto.

Para que serve:
Conhecer como as pessoas podem impactar na qualidade dos produtos de software é um importante fator a ser considerado pelas empresas ao definir seus processos e políticas de desenvolvimento.

Em que situação o tema é útil:
Melhoria de processos para desenvolvimento de software considerando o fator humano.

 

Conceituar a palavra qualidade pode ser uma tarefa subjetiva, pois gera percepções diferentes dependendo do ponto de vista. De uma maneira geral a qualidade pode ser conceituada como adequação a algum padrão pré-estabelecido.  A qualidade de software reúne então a adequação das características explícitas, ou seja, aquelas citadas pelos usuários clientes de software e as características implícitas, ou seja, aquelas que não são citadas e que às vezes são consideradas “obvias” trazendo ainda mais subjetividade no desenvolvimento e manutenção do produto e/ou serviço de software.

As atividades do desenvolvimento do software não são como uma receita de bolo, não há um processo congelado, mestre e único que pode ser seguido por diversas organizações. Apesar de não existir esse processo congelado, há um conjunto de boas práticas vivenciadas por profissionais da área que utilizaram e constataram a efetividade e que podem ser melhoradas e/ou adaptadas continuamente.

Os problemas vividos há tempos atrás como projetos com prazos e custos extrapolados, projetos abortados, elevado número de erros, e dificuldades de manutenção são comuns ainda nos dias atuais em muitas organizações desenvolvedoras de software. Por esses e outros problemas, percebeu-se que o desenvolvimento de software não era uma arte, e que precisava de padrões e regras. Neste contexto destacam-se os modelos de maturidade como CMMI (Capability Maturity Model Integration) e MPS.BR (Melhoria de Processo de Software Brasileiro), que reúnem uma biblioteca de boas práticas dos resultados que podem ser alcançados buscando-se a maturidade organizacional (ler Nota 1).

 

Nota 1. Garantia de Qualidade

A Garantia da Qualidade visa avaliar a aderência das atividades executadas e dos produtos de trabalho gerados a padrões, processos, procedimentos e requisitos estabelecidos e aplicáveis, fornecendo uma visão objetiva e independente, tanto para atividades de processo quanto de produto, em relação a desvios e pontos de melhoria, de forma a assegurar que a qualidade planejada não será comprometida. Além de verificar se o processo está adequado, sendo seguido e trabalhando a favor da organização (evitando retrabalho, melhorando custos e prazos), busca-se identificar desvios o quanto antes e acompanhar a sua resolução até que seja concluído. A garantia da qualidade fornece suporte ao controle da qualidade por meio de evidência e confiança na habilidade do processo empregado em produzir um produto de software que atenda aos requisitos especificados. Ferramentas e técnicas utilizadas pela garantia da qualidade incluem auditorias (de produtos ou processos) e avaliações (appraisals ou assessments). ...

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