n style="font-family: 'Verdana','sans-serif';">Computação nas bordas
Quando a periferia subverte o centro
O JavaOne 2003, maior evento de desenvolvedores do planeta, está chegando (e pode estar ocorrendo quando você estiver lendo esta coluna); acontece na segunda semana de junho em São Francisco, nos Estados Unidos, e juntará milhares de desenvolvedores de todo o mundo.
Aqui no Brasil, também tivemos nosso grande evento Java, o JustJava 2003, que aconteceu em abril, em São Paulo. Nele, mais de mil desenvolvedores aprenderam e discutiram Java, e constataram como a tecnologia tem crescido no país. Mantidas as proporções, são dois eventos de grande importância para a comunidade Java: a mundial e a nacional. É um grande orgulho que, dentre as palestras do JavaOne 2003, dez serão ministradas por brasileiros (veja a seção “Comunidade” da Edição 6). Várias delas foram apresentadas em primeira mão durante os dois dias do JustJava, adiantando um pouco do que mostraremos no “um” evento Java.
Nas palestras dos desenvolvedores brasileiros, tanto no JavaOne, como no JustJava, são abordadas desde tecnologias básicas às mais avançadas, em várias plataformas, e apresentados alguns dos mais importantes casos de sucesso de Java no Brasil, além do uso da tecnologia em projetos inusitados. É essa pluralidade que estamos sempre mostrando nesta coluna: outras formas de pensar e utilizar a tecnologia.
Já vimos aqui que Java é uma tecnologia viável no desktop (Edições 5 e 6) e que o mercado de celulares com suporte a Java está acontecendo (Edição 3), e apresentamos diversas opções de arquiteturas distribuídas (Edição 2). Já reparou o quanto são idéias complementares? Arquiteturas distribuídas só podem existir se houver computadores distribuídos – e aplicações desktop. Aplicações para celulares somente serão eficazes se desenvolvidas e distribuídas em uma arquitetura adequada.
Isso nos leva a um conceito importante, que já está sendo considerado no Brasil, e para o qual a tecnologia Java apresenta algumas das melhores soluções: o Edge Computing, que junta um pouco de tudo o que vimos até agora nesta coluna, e vem ganhando adeptos mundialmente.
Computação periférica
A proliferação dos computadores, o aumento da capacidade dos pequenos dispositivos e a popularização da rede – não só da internet, mas das redes sem fio e celulares – tornou possível o edge computing, a computação nas bordas, na periferia da rede. É um conceito que vai na direção oposta da noção difundida hoje, baseada na computação centralizada em grandes servidores.