Automação de testes de software é um assunto que tem sido bastante investigado devido à necessidade de reduzir a ocorrência de falhas de sistemas em produção após a evolução ou manutenção dos mesmos. Outro objetivo que se almeja com a automação dos testes é a redução do tempo dedicado aos testes manuais, uma vez que esses, por vezes, exigem muito tempo para serem executados.
Basicamente, a escrita de um script de teste baseia-se na simulação das ações de um usuário real perante o sistema que está sendo testado. Entenda “simulação das ações de um usuário” por clicar em botões, links e imagens; digitar em campos; selecionar opções em combos; clicar e arrastar; validar se textos e mensagens foram exibidos etc. Essas ações são simuladas através de frameworks (chamados “drivers”) que controlam o navegador. Eles são capazes de interagir com o navegador executando ações possibilitando assim a validação do estado da aplicação.
Os objetos contidos na tela da aplicação, como botões, textos, links etc, são identificados através dos valores contidos em seus atributos, por exemplo: o texto contido no atributo id, o valor contido no atributo value, o nome da tag do elemento, o índice do elemento dentro da tela, o nome contido no atributo name, etc.
Identificar o elemento na tela é parte primordial na automação de testes, pois somente assim é possível interagir com os elementos. Geralmente, a identificação ocorre através do uso de linguagens de pesquisa em arquivos HTML, como XPath ou CSS Selectors (JQuery).
O formato da escrita de um script de teste é muito semelhante ao da escrita de um software, inclusive, costuma-se usar padrões de desenvolvimento de software e boas práticas de programação visando garantir que os scripts terão boa manutenibilidade.
Geralmente a ordem da execução dos testes é guiada por um procedimento de teste, um artefato de teste de software que descreve qual será o passo a passo de sua execução. Outro guia poderia ser o conhecimento de algum testador, desenvolvedor ou analista de negócios, que descreve quais passos devem ser executados para avaliar o comportamento do software e, em seguida, esses passos são automatizados e então passam a garantir que o software funciona como esperado.
Alguns processos de desenvolvimento, como o BDD (Behavior-Driven Development), propõem que o desenvolvedor desenvolva o software baseando-se em uma história de usuário, que seria basicamente a definição de uma funcionalidade através do uso de cenários que demonstram como o software deve se comportar. Veja um exemplo:
Funcionalidade: Gerenciar Movimentações
Sendo o administrador de uma loja
Posso gerenciar movimentações
Para que possa ver, de forma simples, as entradas e saídas de valores
Cenário: Gerando uma movimentação de entrada
Dado que eu esteja autenticado como administrador
E que eu tenha acessado o menu “Movimentações”
E clicado em “Nova movimentação” para inserir uma movimentação
Quando informar “Entrada” no campo tipo de movimentação
E informar “50,00” no campo valor da movimentação
E informar “PlayStation” no campo itens da movimentação
E clicar em “Gravar”
Então verei a mensagem “Sucesso ao inserir a movimentação”
Veremos a seguir como utilizar uma história de usuário como essa para servir de base para automação de nossos testes de modo que cada linha descrita nela ganhe vida através da utilização do framework de automação. Assim, ao invés de ler a história de usuário, poderemos executar os testes vinculados a ela e assim avaliar se o software atende ao que nela foi descrito.
Preparação do ambiente
Os scripts de teste serão escritos em PHP e, para isso, precisaremos que essa linguagem esteja instalada no computador. A recomendação é que a versão utilizada seja maior que a 5.3. A instalação pode ser feita através da instalação de algum dos softwares a seguir:
- WAMP para Windows;
- MAMP para Macintosh (ver seção Links);
- LAMP para Linux.
É necessário que o diretório dos binários do PHP seja adicionado nas variáveis de ambiente do computador para que seja possível utilizar a aplicação a partir do console com a simples digitação da frame “php”. Uma vez que esse diretório for adicionado às variáveis de ambiente, digite o comando:
php --version
E então será apresentada a versão do PHP que foi instalada como mostra o exemplo:
PHP 5.6.2 (cli) (built: Oct 20 2014 16:21:27)
Utilizaremos um gerenciador de dependências muito conhecido no PHP chamado Composer, que pode ser baixado a partir do link de download do Composer contido na seção Links (utilizaremos a versão “1.0.0-alpha10”). Ao realizar o download, iremos optar pela versão manual de instalação. O Composer permite que as dependências de um projeto sejam elencadas em um arquivo (composer.json), facilitando assim o controle dos frameworks e versões que serão utilizadas em nosso projeto.
Criaremos um diretório chamado “automatizando-testes” em qualquer diretório de nosso computador, ele será o diretório raiz do projeto. Logo, mova o composer.phar para ess ...
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Perguntas frequentes
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