Como anda sua criatividade?

 

Nos meus estudos sobre modelagem OO, padrões, frameworks, etc, às vezes fico impressionado com a criatividade das pessoas que geram essas soluções. Gosto de pensar que trabalhar com programação é um tipo de arte, já que existem várias maneiras de combinarmos as peças que compõem uma solução e, dependendo de como isso é feito, pode-se conseguir algo brilhante ou algo que fracasse. A imagem do artista nos remete à liberdade criativa que, para mim, é a maior manifestação de  inteligência possível. Einstein é considerado o ser humano mais inteligente de todos os tempos porque teve a idéia mais criativa que se tem notícia.

 

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Gostaria de um dia deixar de só consumir o que é produzido em computação (notavelmente quase tudo no exterior) e conseguir criar como “eles”. Falando neles, e como eles criam não? Até se compararmos nosso meio artístico, que em princípio deveria ser formado por pessoas as mais criativas, quase tudo que é feito aqui é algum tipo de cópia. Difícil algo realmente original.

 

O lançamento do iPhone rendeu para a Apple 200 novas patentes. Isso é o que o Brasil registra em um ano. E qual será o motivo disso? Arrisco dizer que um dos principais é que não nos preocupamos em ser criativos. Não é da nossa cultura. Não somos estimulados a isso pelos nossos pais, pela sociedade e pelo governo. A China, conhecida pela pirataria e pelo plágio escancarado de projetos dos outros, quer reverter essa situação e está investindo pesado em ciência. Cientista na China tem status de pop star (como deveria ser em toda parte do mundo).  Muito do café que exportamos vai para a Alemanha, que cria diversas roupagens para o produto e o exporta com o triplo do valor. Esse é o principal diferencial entre um país desenvolvido dos outros. O tal do “valor agregado”. Enquanto nos limitarmos a exportar matéria prima, nunca sairemos da condição de colônia.