A velocidade com que as mudanças acontecem no mundo de TI é impressionante. Outro aspecto é que a mobilidade vem se tornando cada vez mais  essencial nos negócios. Diante desse cenário, surgem diariamente no mercado diversos modelos de equipamentos móveis (PDAs) à disposição. Todos com o objetivo de garantir as empresas que o trabalho seja cada vez mais ágil e integrado entre o profissional que está rua e toda a retaguarda da empresa. Eis que surge a pergunta: Como escolher o melhor PDA?

 

Muitas vezes o setor de compras das empresas opta pelo hardware por causa do seu design inovador  ou também por um preço mais convidativo. Entretanto as funcionalidades podem não atender bem as necessidades do usuário. Noto que há uma grande distância entre o que precisam e o que é adquirido pelas corporações. Tanto é verdade isso que, para alguns tipos de aplicações no campo, pode ocorrer um alto índice de quebra do equipamento. A partir disso, muitos profissionais ficam sem a ferramenta de trabalho por um longo período, pois o PDA vai para a assistência técnica, acarretando em demora no atendimento para os clientes.

 

Um dos grandes erros é não definir corretamente em qual aplicação o PDA vai ser utilizado. No caso de um agente em campo o equipamento precisa ser diferente do que encontramos muitas vezes nas lojas das operadoras de telefonia móvel, em shopping centers. Quase sempre isso vira um gasto desnecessário para a empresa. O equipamento para uma aplicação desse porte precisa ser um pouco mais robusto e suportar o transporte diário para os clientes.

 

Já para um executivo o dispositivo móvel pode ter outras características mais adequadas ao ambiente que ele frequenta (escritórios, restaurantes, etc). Então, podemos afirmar que a escolha precisa ser baseada nas necessidades do usuário e creio que seja importante listar alguns requisitos básicos a serem verificados, antes da aquisição do hardware, como: processamento de dados, velocidade, memória, robustez, tamanho da tela, peso, duração da bateria, autonomia no Sistema Operacional, entre outros.

 

No caso da duração da bateria e do poder de processamento , podemos salientar que são fundamentais nos PDAs para agentes em campo. Pelo simples fato de ficarem muitas horas na rua e sem a possibilidade de carregarem a bateria, a sua autonomia precisa ser relativamente longa. Já para profissionais, que não ficam tanto tempo na rua, a duração da bateria é um requisito importante, mas muitas vezes ele terá maior facilidade de recarregar o aparelho diferentemente do que acontece com um vendedor. Disso, podemos perceber quanto a sua aplicação define o melhor dispositivo móvel.

 

Outra parte a ser levada em consideração é o programa que vai rodar no hardware. É importante verificar se o aplicativo já foi testado e é adequado a determinados equipamentos e versões de OS. Vale verificar também se o equipamento possui um processador poderoso, ou seja, capaz de processar mais informações do que os equipamentos que um executivo utiliza com grande freqüência (e-mail, contato, tarefas, editores de texto e visualizações de planilhas).

 

Cabe aqui então afirmar que é importante saber o que se pretende, determinar o software que vai rodar e concluir juntamente com a equipe de TI da empresa aquele hardware que melhor atende as necessidades do usuário. Pense nisso na hora de comprar.

 

João Moretti – Diretor e fundador da MobSys, empresa brasileira especializada em soluções de mobilidade corporativa