Conhecendo os testes exploratórios – Parte 3
Este artigo apresenta ao leitor os métodos comumente adotados pelos testadores para a geração de ideias e modelos mentais durante a execução de testes exploratórios. O uso destes métodos torna o teste exploratório uma disciplina mais formal que pode ser ensinada a outras pessoas e usada em larga escala.


Em que situação o tema é útil
Este artigo destina-se a diretores de tecnologia, desenvolvedores e profissionais da área de teste e qualidade de software interessados em formalizar a execução dos testes exploratórios com base nas melhores práticas do mercado. Além disso, a adoção de Heurísticas, Cenários e Excursões é uma forma de criar dentro da empresa um catálogo de ideias que pode ser usado e melhorado por todos os membros do time de testes.

Teste exploratório é uma abordagem de testes que enfatiza as habilidades do testador em tomar decisões sobre o que será testado durante a execução do teste ao invés de seguir um roteiro previamente planejado. Teste exploratório é muitas vezes confundido ou usado como sinônimo de teste ad hoc (Teste realizado informalmente sem a preparação ou utilização de técnicas de projeto de teste reconhecidas, e sem definição prévia dos resultados esperados). No entanto, podemos afirmar que teste exploratório é um tipo de ad hoc, já que ambos são testes não sistemáticos que dependem da experiência e intuição do testador. No entanto, as semelhanças param por aqui, já que no teste exploratório temos uma estrutura mais sofisticada em comparação com o teste puramente ad hoc.

Para consolidar estas diferenças, o teste exploratório nos últimos anos tem sido alvo de muitas discussões, encontros, artigos e livros.O objetivo deste debate é enfatizar as características necessárias para a realização do teste exploratório a fim de torná-lo uma disciplina que possa ser formalmente descrita, ensinada a outras pessoas e usada em larga escala.

No artigo "Evolving Understanding About Exploratory Testing", temos os seguintes aspectos como sendo exclusivos de testes exploratórios:

  • O projeto, execução, interpretação e aprendizado são realizados pela mesma pessoa;
  • O projeto, execução, interpretação e aprendizado acontecem juntos, ao invés de serem executados em momentos diferentes no tempo;
  • O testador faz as suas escolhas sobre o que será testado, quando testar e como testar, ao invés de seguir cegamente um roteiro;
  • O testador enfoca em revelar novas informações sobre o produto, ao invés de confirmar coisas já conhecidas sobre o produto;
  • Tudo o que o testador aprendeu de novo durante o teste, incluindo o resultado do último teste, serve como subsídio para decidir o que será testado a seguir;

O testador pode usar qualquer tipo de ferramenta automática para apoiar o seu teste ou decidir não usar nenhuma ferramenta;

  • O testador pode variar diversos aspectos durante a execução dos seus testes, ao invés de repeti-los da mesma forma continuamente.

Com base no que foi exposto anteriormente, podemos afirmar que os testes exploratórios não são definidos antecipadamente em um plano ou roteiro de testes, eles são dinamicamente projetados, executados e aprimorados durante a exploração com base na intuição, julgamento e experiência do testador.No entanto, a fim de tornar o teste exploratório uma disciplina que possa ser formalmente descrita, ensinada a outras pessoas e usada em larga escala,surgem as seguintes questões:

  • De onde emergem as ideias do que será testado?
  • ...
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