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Do que trata o artigo

Esse artigo apresenta o Diagrama de Atividades, modelo disponível na UML para modelagem de ações/atividades bem como fluxo de controle entre elas. Essa representação pode se dar em vários níveis diferentes demonstrando a versatilidade dessa ferramenta. Diagramas de atividades podem ser poderosos aliados no esforço de documentar de forma eficiente um sistema em construção.


Para que serve

O artigo pretende estabelecer um guia descomplicado para estudantes e profissionais envolvidos em análise e desenvolvimento de sistemas de informação. Ao reunir as características mais utilizadas da notação, facilita o enquadramento das diversas situações de modelagem em busca de facilidade e clareza.


Em que situação o tema é útil

Tanto para equipes de desenvolvimento nas organizações onde é tão preterida a atividade de documentação, quanto no ambiente acadêmico, pela imensa e generalizada aplicação que se faz nesses ambientes da UML – Linguagem de Modelagem Unificada.

A abordagem prática apresentada nessa sequência de artigos chega aos diagramas de atividades, ferramenta fecunda de modelagem, herdeira e sucessora dos fluxogramas utilizados no passado para declaração de lógica de programas. Esse parentesco pode, a princípio, despertar desconfiança numa parcela da comunidade de desenvolvedores, por indicar uma ferramenta orientada a processos e não aderente à orientação a objetos. Mas esse preconceito não se justifica: além de trazer consigo a fértil notação original dos fluxogramas, destinada à representação de estruturas sequencias de decisão e de repetição, os diagramas de atividades incorporam notação adicional para representação de fluxos de controle concorrentes e de fluxos de controle tempo-dependentes (apesar da UML oferecer um diagrama específico para essa necessidade, o diagrama de temporização), duas ocorrências muito comuns em modernos sistemas de informações.

Diagramas de atividades modelam aspectos dinâmicos dos sistemas, e nessa característica reside sua maior qualidade: versatilidade. Como é um conjunto de notações destinado a representar fluxos de controle, sua utilização não se restringe ao âmbito computacional, estendendo-se deste ao âmbito organizacional.

Em síntese, diagramas de atividades podem ser empregados para descrever complexos processos de negócio, fluxos de controle de casos de uso ou até simplesmente a estrutura algorítmica de funções individuais integrantes de atividades de um sistema. Quando associados ao escopo de uma classe ou ao escopo de um conjunto de classes (um pacote, por exemplo), podem representar a progressão da passagem de controle entre métodos das mesmas, documentando eficientemente as cadeias de ações desenvolvidas pelo sistema. Um diagrama de atividades pode referir-se ao ‘script’ realizado pelos métodos de uma classe controladora de um caso de uso, dando ênfase às atividades e ações, e não à troca de mensagens. Esse tipo de representação é complementar à representação dos diagramas de interação gerando um conjunto consistente.

Diagramas de atividades trazem também alguma herança de redes PERT (Program Evaluation and Review Technique), técnica utilizada em engenharia civil para estabelecer a rede de atividades a serem desenvolvidas em um canteiro de obras e determinar, entre outras coisas, em combinação com a técnica CPM (Critical Path Method ), o caminho crítico dessa rede de atividades, ou seja, aquele que determina o tempo total de duração das atividades.

Definições básicas e notação

Aparentados com os diagramas de transição de estados, diagramas de atividades compartilham com aqueles uma parte significativa da notação. Estados de ação e estados de atividade são representados por um retângulo de cantos arredondados. De forma coerente com os diagramas de estados, ações são atômicas e atividades são conjuntos de ações e/ou atividades encadeadas.

Um diagrama de atividades pode constituir uma grande atividade (não atômica) formada por diversas ações (atômicas) e/ou sub-atividades. Entre duas ações e/ou atividades, uma seta simboliza simplesmente o término de uma atividade e o início da outra. Em princípio não é necessário rotular esse elemento, mas uma condição de guarda poderá estar eventualmente associada a ele. Os símbolos de início e final são idênticos àqueles utilizados em diagramas de estados. A ...

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