De que se trata o artigo

O artigo irá abordar o produto da Embarcadero voltado à modelagem de aplicações denominado ER/Studio Software Architect. Assim como os já apresentados ER/Studio Data Architect e ER/Studio Business Architect, ele é parte integrante do pacote ER/Studio XE2. Mantendo a intenção dos artigos anteriores, será apresentado um apanhado geral da ferramenta, desde seus conceitos básicos, até sua amostragem prática. O público alvo a ser atingido é a própria comunidade Delphi, fazendo com que seus profissionais tomem conhecimento de mais esta opção que pode contribuir e agregar valor à sua rotina de trabalho.

Em que situação o tema é útil

Modelar um Software é uma atividade que envolve a elaboração de modelos que fundamentem suas características e comportamentos. Comumente, este tipo de atividade é tratada como Modelagem de Software, sendo utilizada principalmente com o intuito de se identificar os recursos e funcionalidades que o Software que está sendo construído deverá prover. Com o intuito de facilitar o processo de modelagem, frequentemente é utilizado algum tipo de notação gráfica, tal como a proporcionada pela linguagem gráfica UML (Unified Modeling Language). Como será visto, o ER/Studio Software Architect prevê o suporte à UML 2.0.

ER/Studio Software Architect

Num primeiro momento, tem-se a falsa impressão de que a família XE2, apresentada no ano passado ao grande público pela Embarcadero, trouxe somente o Delphi e suas vertentes (RadPHP e Prism) como novidades. No entanto, não é necessário olhar muito a fundo para constatar a presença de outros produtos. Um deles é o ER/Studio XE2, que se apresenta como um pacote contendo três outros produtos, todos voltados à modelagem das mais variadas áreas, tais como dados, aplicações e negócios. Dentre estes, apresenta-se então o ER/Studio Software Architect, que é uma ferramenta de modelagem de Softwares orientados a objetos. Sua utilidade se estabelece em analisar e projetar, de maneira totalmente visual, softwares de toda a natureza, do mais trivial ao complexo. Um dos seus principais atrativos é o apoio à especificação UML 2.0, o que simplifica a fase conceptiva do projeto. O artigo tem então como finalidade apresentar um overview desta e das demais características da ferramenta, se apoiando sempre que possível em situações e esboços práticos.

O ER/Studio XE2 é a solução final da Embarcadero para a modelagem de aplicações, dados (data) e negócios (business). Sendo assim, ele contempla nada menos que três produtos distintos: ER/Studio Software Architect, ER/Studio Data Architect e ER/Studio Business Architect. Na prática, quando se realiza o download do ER/Studio XE2 diretamente do site da fabricante, você estará baixando um único pacote contendo três instaladores, cada qual condizente aos produtos mencionados. Pela simples razão destes tipos de ferramentas poderem agregar valor ao trabalho de um desenvolvedor Delphi, e com o acréscimo de todas serem da mesma empresa fabricante, foi proposta desde edições anteriores a abordagem de cada um destes produtos que formam o ER/Studio XE2. O leitor que acompanha mais de perto a Clube Delphi já pôde conferir de perto algumas das nuances do ER/Studio Data Architect e do ER/Studio Business Architect, além de pontuar a utilidade de cada uma em seu dia-a-dia de trabalho. Para finalizar o assunto, o presente artigo apresenta um overview sobre o último produto da tríade, o ER/Studio Software Architect. Até mesmo para simplificar o entendimento, daqui em diante ele será tratado por muitas vezes apenas como ER/Studio SA.

Dentre todos os três produtos, o ER/Studio SA pode ser considerado o caçula, estando ainda em sua versão de número 1 (mais especificamente versão 1.1.0, até o momento deste artigo), o que não afeta em nada sua qualidade e eficiência. A fim de conceitos, podemos defini-lo como sendo um ambiente orientado a projeto (Design-Driven), voltado exclusivamente à modelagem de aplicações. Em vista disso, dentre seus principais recursos estão o suporte a padrões (Patterns), UML (Unified Modeling Language), OCL (Object Constraint Language), métricas e auditorias de Quality Assurance e geração automática de documentação. Alguns destes aspectos serão abordados em mais detalhes no decorrer do artigo.

A UML

Podemos definir a UML como uma linguagem de modelagem, provida com a intenção de padronizar as formas de modelagem de um software. Dentre seus principais objetivos estão a especificação e documentação de toda a logística envolvida no desenvolvimento de determinado sistema de informação. Ainda sobre conceitos, é importante dizer que a UML não irá traçar os passos sequenciais para se projetar um sistema, uma vez que ela não é uma metodologia de desenvolvimento. Ao invés disso, ela irá prestar todo o auxílio para melhor visualização do desenho estrutural e lógico dos objetos do sistema. Olhando pelo lado do desenvolvedor em si, um dos grandes atrativos da UML é a visualização de seus trabalhos através de diagramas, relacionados a cada bloco de construção provido por ela. Em vista do grande número de diagramas disponíveis, eles são categorizados de acordo com seu contexto, tais como de estrutura (estruturais), de comportamento (comportamentais) e interação. Diagrama de Classe, Diagrama de Componentes, Diagrama de Caso de Uso e Diagrama de Sequência são alguns exemplos tradicionais de diagramas e todos eles estão disponíveis no cenário do ER/Studio SA, como será visto no decorrer do artigo.

...
Quer ler esse conteúdo completo? Tenha acesso completo