Carta de uma mãe portuguesa

24/07/2004

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Desculpe-me, Bacalhau, mas não podia deixar de postar essa carta hilária! :lol:


Lisboa, Portugal
Querido filho Manuel Joaquim:
Escrevo-te esta linha para que saibas que a mãe está
viva. Vou escrever bem devagar, pois sei que não
consegues ler depressa.
Caso estejas sem tempo de escrever à mãe, manda uma
carta dizendo que quando estiveres mais tranqüilo vais
mandar notícias.
Se tu viesses hoje aqui em casa não irias reconhecer
mais nada, porque mudamos. Temos agora uma máquina de
lavar roupa. Mas não trabalha muito bem. Na semana
passada pus lá 14 camisas, apertei o botão e nunca
mais as vi. Vai ver que esta marca Hydra não é das
melhores.
Tua irmã Maria está grávida. Mas ainda não sabemos se
vai ser menino ou menina. Portanto, não podemos te
dizer se vais ser tio ou tia.
Teu pai arranjou um bom emprego. Tem 2300 homens
abaixo dele. É o responsável pelo corte da grama do
cemitério.
Quem anda sumido é teu tio Venâncio, que morreu no ano
passado.
Lembra-te do teu tio Joaquim? Então, afogou-se no mês
passado num depósito de vinho. Oito compadres dele
tentaram salvá-lo, mas o tio lutou bravamente contra
eles. O corpo foi cremado há duas semanas.
Levaram oito dias para apagar o incêndio.
Os engarrafadores de refrigerante aqui finalmente
tiveram a grande idéia de colocar uma indicação na
tampinha, dizendo ´abra por aqui´.
Facilitou-nos muito a vida. Espero que os daí façam a
mesma coisa.
Caso esteja difícil para ti, a mãe te manda algumas
garrafas.
Teu irmão, João Manuel, continua o mesmo de sempre.
Semana passada fechou o carro com as chaves dentro.
Perdeu um tempão indo até a casa pegar a cópia da
chave, para poder tirar-nos todos de dentro do
automóvel. Estava um calor de rachar.
Por falar em calor, o tempo aqui está muito estranho.
Esta semana só choveu duas vezes. Na primeira vez
choveu durante 3 dias. Na segunda vez choveu durante 4
dias.
Esta carta te mando através do Gabriel, que vai amanhã

para aí. A propósito, será que podes pegá-lo no
aeroporto?
Lembrei de uma coisa importante. Terás um problema
para falar com a mãe, caso decidas escrever-me. Não
sei o endereço desta casa nova. A última família que
morou aqui, antes de nós, também era portuguesa e
levou a placa da rua e o número da casa para não
precisar mudar de endereço.
Se encontrares a Teresa, dê-lhe um alô da minha parte.

Caso não a encontres, não precisas dizer nada.

Adeus. Tua mãe que te ama.
Fátima Manoela da Alcova

P.S.: Ia mandar-te 2000 euros, mas fica para outra
vez.
Já fechei o envelope.


Repa

Repa

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25/07/2004

Jasig Aurumalfa

Recebi por email, engraçada que só... :lol:


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