Introdução ao Visual Studio Team System   

 

Estamos vivenciando a famosa crise do software. Esta crise significa que não estamos conseguindo suprir a demanda, tanto de pessoal quanto de tecnologia, para produzirmos software de qualidade. Algumas pessoas dizem que já não é mais uma crise e sim uma doença. O mundo esta sofrendo várias problemas quando a questão é projeto de software. Um estudo realizado em 2004 pelo “The Standish Group International” revelou que um pouco mais da metade, 51% na verdade, dos projetos que são entregues aos clientes, são entregues ou fora do prazo, ou com um custo mais alto do que foi inicialmente estimado ou com algum corte no escopo ou algum outro problema desta natureza.

 

A falha chega a 15% dos projetos. Podemos entender como falhas aqueles projetos que tornaram-se inviáveis de serem entregues por diversos motivos como custo sempre crescente para a conclusão do projeto, mudança freqüente de requisitos entre outros. Apenas 34% dos projetos tiveram sucesso na entrega. Sucesso significa que os projetos não tiveram problemas de aumento de custo, tempo e escopo fora do estimado.

 

A figura 1 mostra a estatística desta pesquisa.

 

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Figura 1 – Crise do software

 

Podemos listar alguns problemas encontrados no CLDS:

·         Soluções que não atendem ao problema;

·         Ferramentas Isoladas;

·         Estimativas Errados;

·         Explosão de Problemas;

·         Equipes Distribuídas;

·         Falta de Testes;

·         Mudanças de escopo durante o projeto.

 

Tendo em vista estas dificuldades, em  2006 a Microsoft libera a versão final do Visual Studio Team System ( VSTS ). O VSTS é a concepção de um ambiente colaborativo que tem como objetivo atender as diversas áreas do ciclo de desenvolvimento de software.  A proposta do VSTS é de ser um ambiente colaborativo, onde todas as pessoas envolvidas no ciclo de desenvolvimento de software possam ter uma visão tanto de sua área, como desenvolvimento ou testes, como uma visão de todo o projeto, e o que é melhor, elas podem se comunicar de uma forma eficiente e gerenciada.

 

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Podemos entender o VSTS como um conjunto de ferramentas que tem por finalidade de gerenciar todo o projeto, gerenciar bugs e atividades ( work itens ),  configurações do projetos, ferramentas de testes, desenvolvimento e modelagem. Na figura 2 temos uma idéia de como o VSTS integra as pessoas envolvidas no ciclo de desenvolvimento de software e como o VSTS deixa o trabalho mais colaborativo.

 

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Figura 2 – Ambiente colaborativo

 

O VSTS é baseado no MSF ( Microsoft SolutionsFramework ). O MSF é um framework/metodologia criada pela Microsoft por volta de 1993 no setor de consultoria da Microsoft. O MSF surgiu como um guia para o desenvolvimento de projetos de software. Podemos considerar como um conjunto de boas práticas que a equipe de consultoria da Microsoft recomendava para os seus clientes em seus projetos de softwares. O MSF possui 3 princípios:

 

Produtividade

Fazer com que as pessoas sejam mais produtivas. Usando modelos e diretrizes ao invés de conteúdos detalhados, o usuário pode rapidamente determinar os requisitos.

 

Integração

Soluções e orientações são fornecidas pelas próprias ferramentas de forma transparente para o usuário através da ajuda ao conteúdo do MSF.

 

Flexibilidade

Os processos e diretrizes são totalmente flexíveis no MSF. O usuário pode escolher entre um processo de desenvolvimento mais ágil ou mais elaborado e estruturado.

 

Na figura 3 temos o modelo de times encontrado no MSF v4.

 

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Figura 3 – Modelo de times MSF v4

 

Chegamos ao fim desta primeira parte da introdução do Visual Studio Team System. Neste artigos vimos que o VSTS é a resposta da Micrsoft a crise do software que estamos enfrentando, vimos também que o VSTS é baseado no Microsoft Solutions Framework que é um framework de boas práticas desenvolvido pela equipe de consultaria da Microsoft.

 

Nos próximos artigos continuar a abordar o VSTS e o MSF.

 

-- Marcelo Diniz