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De que trata o artigo:

Este artigo apresenta o MPS.BR abordando suas principais definições e destacando seus níveis iniciais de maturidade.

Para que serve:

O MPS.BR define um modelo de melhoria e avaliação de processos de software com o foco nas pequenas e médias empresas brasileiras. Ele estabelece um modelo de processos de software e um método de avaliação de processos de modo a garantir que o MPS.BR está sendo empregado de forma coerente com as suas definições.


Em que situação o tema é útil:

A discussão deste tema é útil para empresas que tenham interesse no modelo de maturidade definido pelo MPS BR e para profissionais da área de software que queiram atualizar seu conhecimento sobre o assunto.

Autores: Aline Rodrigues, Roberto B. Figueredo e Rodrigo Spínola

No Brasil, devido em parte à grande quantidade de empresas prestadoras de serviços de software que estão surgindo no mercado, os clientes passaram a exigir um maior nível de qualidade.

As grandes empresas desenvolvedoras de software investem muito dinheiro em busca da obtenção de uma certificação com o intuito de atingir um nível de produtividade e qualidade internacionais e principalmente uma diferenciação no mercado nacional. Desenvolver e dar suporte a sistemas de software é uma tarefa desafiadora. Esse desafio passa a ser ainda maior para as pequenas e médias empresas brasileiras. O custo de implantação de um modelo de maturidade de software internacional, como é o caso do CMMI, é elevadíssimo, muitas vezes fora da realidade das empresas brasileiras.

A partir da constatação de que as empresas brasileiras precisariam de um modelo que se adequasse à sua realidade, a Softex, em parceria com o governo e universidades iniciou em 2003 o Programa de Melhoria de Processo de Software Brasileiro – MPS. BR. O MPS.BR é uma solução brasileira totalmente compatível com o modelo CMMI e em harmonia com as normas ISO/IEC 12207 e 15504. Neste contexto, neste artigo apresentaremos o MPS.BR destacando seus níveis iniciais de maturidade.

MPS.BR

O MPS.BR define um modelo de melhoria e avaliação de processos de software com o foco nas pequenas e médias empresas brasileiras, de modo a atender as suas necessidades de negócio e ser reconhecido nacional e internacionalmente como um modelo aplicável à indústria de software. Ele estabelece um modelo de processos de software e um método de avaliação de processos de modo a garantir que o MPS.BR está sendo empregado de forma coerente com as suas definições.

Principais Conceitos

Alguns conceitos são essenciais para o entendimento do modelo. A maioria deles são tirados de normas como ISO 12204 e ISO 15504:

· Processo de software: framework para todas as tarefas que são necessárias para construir software de alta qualidade (PRESSMAN, 2007);

· Atributo de processo: característica mensurável da capacidade do processo aplicável a qualquer processo (ISO/IEC 15504-1, 2004);

· Resultado esperado: um resultado observável do sucesso do alcance do propósito do processo (ISO/IEC 12207:1995/Amd 1:2002);

· Capacidade do processo: uma característica da habilidade do processo atingir os objetivos de negócio atuais ou futuros (ISO/IEC 15504-1, 2004). Essa capacidade é representada por um conjunto de atributos de processo que são descritos em termos de resultados esperados. Expressa o grau de refinamento e institucionalização com que o processo é executado na organização. Para uma organização passar para um nível mais alto de maturidade cada processo deve alcançar um nível maior de capacidade.

· Ativo de processo: qualquer coisa que a organização considere útil para atingir os objetivos do processo como políticas, processos definidos, lições aprendidas, templates de documentos, padrões, material de treinamento (SEI, 2006);

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