Por que eu devo ler este artigo: Este artigo tem por objetivo apresentar a proposta de criação de “corpos de conhecimento”: ICTGBOK e CGBOK, no sentido de instrumentalizar as equipes e organizações a obterem melhores resultados na aplicação de Governança em seus ambientes.
Para que serve: A Governança em TIC está se tornando o meio através do qual a TIC está assumindo o seu papel estratégico nas organizações. Além disso, empresas que desejam ter suas ações negociadas na Bolsa de Valores precisam adotar Governança. Possuir uma visão crítica sobre como os conteúdos disponíveis sobre Governança se relacionam e podem ser organizados em corpos de conhecimento para facilitar a aplicação de Governança nas organizações é fundamental. Em que situação o tema útil A Governança está intimamente ligada à competitividade organizacional; geração de transparência com usuários, clientes e acionistas; integração das iniciativas de TIC com a estratégia institucional e retorno dos investimentos, dentre outros aspectos essenciais à garantia da sobrevivência institucional. Este tema é essencial a gestores, líderes de equipes e profissionais de TIC, que desejam colaborar para a sustentabilidade de suas organizações. Autores: Alexandre José H. O. Luna, Cleyverson Pereira Costa e Hermano Perrelli de Moura

Nos últimos anos as TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação tem sido objeto de investimentos e pesquisa crescente, tanto do meio acadêmico quanto no ambiente organizacional, demandando altos esforços no aperfeiçoamento de modelos de gestão e implantação de práticas que trouxessem uma maior competitividade às organizações. Neste cenário, a Governança em TIC, através da qual se aplica a Governança Corporativa, tem se destacado como uma opção para o gerenciamento e controle efetivo das iniciativas de TIC nas organizações, garantindo o retorno de investimentos e adição de melhorias aos processos organizacionais.

Além da influência de aspectos de regulação de mercado, como a Lei Sarbanes-Oxley, também conhecida como SOX ou SARBOX e os Acordos de Basileia, o uso de Governança é motivado também por outros objetivos. De acordo com um estudo realizado pelo Gartner Group, 80% das causas de queda de serviços de TI são resultantes de problemas associados com a ocorrência de algumas das seguintes causas:

  1. Aplicações não testadas;
  2. Má gerência de mudanças;
  3. Sobrecarga de processamento;
  4. Falhas em procedimentos;
  5. Falhas no cumprimento de requisitos;
  6. Erros relacionados à segurança ou às rotinas de backup.

Um quadro equivalente foi evidenciado através de uma pesquisa realizada pela Financial Insights, mostrando que 88% dos executivos de serviços financeiros afirmam que a eficiência operacional dos serviços de TIC é muito mais relevante que o atendimento às novas necessidades de suas organizações. Sob esta ótica, vários estudos tentaram caracterizar a relação entre o nível de investimento em TIC e o aumento da competitividade organizacional. O estudo efetuado por CHARI, DEVARAJ e DAVID (2008) levou a conclusões concretas da relação positiva e proporcional destes fatores: investimento em TIC x desempenho empresarial.

Neste contexto, pode-se inferir que o Gerenciamento de Serviços é o instrumento através do qual as organizações podem adotar uma postura proativa em relação ao atendimento das necessidades do negócio da organização, contribuindo para evidenciar a sua participação na agregação de valor e minimizando as ameaças relacionadas aos custos associados às interrupções de serviços essenciais aos negócios.

No direcionamento deste papel estratégico da TIC é necessária a existência de um processo estruturado para gerenciar e controlar as iniciativas de gestão nas organizações, com o objetivo de garantir o retorno de investimentos e adição de melhorias nos processos organizacionais. Nesta situação, o termo Governança é utilizado como forma de obter controle e conhecimento, assegurando mais transparência na gestão estratégica.

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