De que se trata o artigo:

O Lego Mindstorms é uma linha do brinquedo LEGO lançada comercialmente em 1998 voltada para a Educação tecnológica e para o ensino básico de robótica. Ele é constituído por um conjunto de peças da linha tradicional e da linha LEGO Technic (motores, eixos, engrenagens, polias e correntes), acrescido de sensores de toque, de intensidade luminosa, de temperatura, entre outros. Este artigo apresenta o desenvolvimento de aplicação para o Lego Mindstorms NXT-G 2.0, utilizando para o desenvolvimento as linguagens NXT-G e o leJOS, sendo este último um framework desenvolvido o qual permite o desenvolvimento de aplicações usando a sintaxe da linguagem de programação Java.


Em que situação o tema é útil:

Este artigo é útil a todos que desejam começar no ramo da robótica, onde os aplicativos interagem com sensores e robôs. Também é interessante para usuários que desejam encontrar um novo estilo de entretenimento: desenvolver aplicativos para o robô da Lego, criando assim seus próprios robôs e programando para eles.

Resumo DevMan:

Este artigo apresenta o robô da Lego chamado Mindstorms NXT 2.0, o qual é composto por inúmeras peças, além de servo-motores e sensores, o que permite o desenvolvimento de várias opções de máquinas e robôs, sendo que estes podem ser programados para realizar tarefas específicas. Para exemplificar o desenvolvimento, são apresentadas as linguagens NXT-G, nativa do Lego Mindstorms, e também leJOS, o qual permite o desenvolvimento de aplicativos utilizando a linguagem de programação Java. Durante o artigo são apresentadas as principais características de cada linguagem, bem como o desenvolvimento de um estudo de caso simples em cada uma delas. Por fim, é possível verificar como está fácil desenvolver aplicativos e robôs nos dias de hoje, e quão poderosa é esta plataforma de desenvolvimento da Lego.

Autores: Robison Cris Brito , Iuri Menin e Ricardo Ogliari

O termo robô significa “trabalhador forçado”, e embora poucos saibam, este termo é bastante antigo, datando de datam de 350 a.C., onde o matemático Grego Arquitas de Tarento, que era amigo de Platão, criou um pássaro mecânico chamado de “O Pombo”. Este pássaro detinha a capacidade de voar usando jato de ar comprimido. Entretanto, foi Leonardo da Vinci quem fez o primeiro projeto de um robô humanóide, por volta do ano de 1495, as anotações de Leonardo descobertas em 1950, continham desenhos detalhados de um cavaleiro que aparentemente podia movimentar pernas e braços. O trabalho foi baseado em sua pesquisa da anatomia humana conhecida como Homem Vitruviano.

No século XVII, trabalhadores japoneses criaram um robô autônomo chamado (“karakuri”) capaz de servir chá. Outro exemplo de criatura mecânica é o famoso pato de Jacques de Vaucanson (século XVIII). Esse artefato ficou conhecido pela articulação realista de partes de seu corpo, por comer, digerir e defecar automaticamente. Vaucanson construiu ainda três outras criaturas humanóides: um tocador de mandolim que batia o pé, um pianista que simulava respirar e movia a cabeça e um flautista.

Apesar da complexidade mecânica, esses primeiros robôs simplesmente desempenhavam tarefas com precisão, mas sem capacidades cognitivas. O modelo de robôs que se conhece hoje só começou a ser desenvolvido com a chegada da computação e da inteligência artificial.

O desafio para construir máquinas capazes de simular o comportamento cognitivo humano foi estudado por John McCarthy e Marvin Minsky ainda na mesma década. No final dos anos 50 esses cientistas fundaram o “Artificial Intelligence Laboratory” do MIT, o primeiro laboratório dedicado à construção de robôs e ao estudo da inteligência humana (Lileno Pontes, 2010).

Entretanto, a robótica evoluiu muito nos últimos anos e hoje, robôs desempenham tarefas do dia a dia, como atender pessoas que desejam realizar operações bancárias (os caixas eletrônicos são considerados os melhores “Robôs” criados pelo homem, capazes de receber depósitos, contar e entregar dinheiro), nas linhas de montagens de automóveis, passar aspirador de pó em casa, ou ainda, alguns projetos mais futuristas como empregados-domésticos robôs e garçons robôs.

Assim como os robôs evoluíram nos últimos anos, seus preços caíram consideravelmente, assim como foi reduzido à complexidade para o desenvolvimento de softwares para estes. Hoje, é possível sem conhecimentos aprofundados de eletrônica comprar componentes eletrônicos, sensores e motores de acionamento para a criação de um robô. Já para o desenvolvimento de software, é possível utilizar linguagens mais simples, como o próprio C/C++ e Java.

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