Sistemas Móveis – Parte 03

Por: Bruno Pinheiro Bastos e Eduardo Bonfim Jerônimo

Temos diversas categorias de dispositivos que podemos considerar de computação móvel. O primeiro grupo é dos laptops (ou notebooks), que são computadores como os que costumamos usar como estações de trabalho, porém, com dimensões bastante reduzidas, permitindo o seu transporte de um lugar para outro com certa comodidade e manipulação em praticamente qualquer lugar. Possuem capacidade de processamento, memória e armazenamento equiparáveis às de um PC comum. A forma de interação com o dispositivo também é bastante semelhante e confortável, pois dispõem de telas de cristal líqüido (LCD), teclado e mouse, além de recursos de entrada e saída padrões.

Apesar de ter capacidade e utilização comparadas à de um PC comum, um laptop ainda não é a melhor opção para uso ágil e em movimento, pois geralmente necessita que seu usuário pare em um lugar propício (com uma mesa ou apoio), tire-o de uma maleta ou case, inicialize-o (que pode ser um processo um pouco demorado), use-o e depois guarde-o. Além disso, esses aparelhos utilizam baterias um pouco grandes e com baixa autonomia (geralmente umas 3 horas de uso constante), o que faz com que o usuário necessite de acesso constante à rede elétrica para sua recarga.

No segundo grupo, temos os PDAs (ou Palmtops), que são computadores de mão, foram criados com o objetivo de serem organizadores pessoais. Seus usuários podem facilmente manter e consultar dados pessoais em qualquer lugar e a qualquer momento, pois os dispositivos têm tamanho bastante reduzido, cabem no bolso e podem ser operados na palma da mão. Informalmente, podemos interpretar esses dispositivos como sendo agendas eletrônicas evoluídas, onde há mais flexibilidade através da introdução da capacidade de processamento e programação, permitindo o desenvolvimento e uso de novos programas aplicativos, utilitários e entretenimento.

Atualmente, os PDAs possuem capacidade razoável de processamento, recursos de entrada e saída e comunicação em rede sem fio. Alguns agregam funções multimídia, com capacidade de reproduzir áudio, vídeo e tirar fotos. Possuem interfaces de rede sem fio embutida ou possibilidade de se conectar cartões de expansão com essas funcionalidades ou capacidade de armazenamento adicional.

O problema de energia também é limitante para os PDAs, pois esses dispositivos não possuem muito espaço para baterias. Geralmente são usadas pilhas ou pequenas baterias recarregáveis, mas como os dispositivos são bastante limitados e são construídos para que haja o menor consumo de energia possível, possibilitam autonomia de horas ou até dias.

O terceiro grupo é o de Telefones celulares, que surgiram como dispositivos para conversação por voz, exclusivamente. Porém, com o avanço da tecnologia e a evolução das gerações da telefonia celular, esses dispositivos adquiriram também capacidade de processamento e comunicação através da integração da rede celular com rede de dados, em especial a Internet.

As limitações e características dos telefones celulares atuais são semelhantes às dos PDAs, porém, a forma de interagir com o dispositivo é ainda mais restrita. Geralmente os celulares possuem telas de cristal líquido alfanuméricas, o teclado é o numérico convencional e não há muitas possibilidades de expansão através de recursos de entrada e saída. O que tem ocorrido é o surgimento de telefones celulares que têm incorporado funções de PDAs, ou vice-versa, o que possibilita o uso das funcionalidades na infra-estrutura de comunicação da rede celular, além de permitir a conversa por voz em um único aparelho a ser usado. Esses dispositivos são chamados de SmartPhones.