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De que se trata o artigo:

Conceitos básicos sobre Web Services e prática com a criação de um serviço simples que recebe uma String como parâmetro e retorna a mesma String concatenada com “alo”. O exemplo é desenvolvido utilizando-se o servidor de aplicação WebSphere Community Edition.


Para que serve:

Dar ao leitor uma visão conceitual sobre Web Services e apresentar um exemplo prático que permita ao mesmo continuar seus estudos e se aprofundar no tema.

Em que situação o tema é útil:

No mercado de trabalho existe uma alta demanda por mão de obra qualificada em Java e que seja capaz de trabalhar com Web Services.

Introdução a Web Services:

O artigo começa introduzindo o leitor na atual conjuntura de integração e reusabilidade nas empresas e onde os Web Services se encaixam. Passamos pela anatomia básica de um Web Service explicando o lado cliente e servidor, e como a comunicação ocorre utilizando o protocolo SOAP. Explicados os conceitos, partimos para o desenvolvimento de um Web Service simples que recebe um parâmetro e retorna o mesmo concatenando-o com “alo”. Para finalizar, desenvolvemos um cliente que irá consumir este serviço.
Autores: Juliano Marcos Martins e José Ricardo de Oliveira Damico

Os web services se tornaram comuns e presentes nos projetos de software atuais. Eles são amplamente usados e constituem a base da arquitetura orientada a serviços (SOA), portanto é natural que o tema tenha ganhado tanta importância. Mas tanta importância e atenção não devem significar mistificação do assunto e é este o objetivo deste artigo, apresentar os conceitos simples que estão por trás dos web services.

O tradicional modelo computacional

Em uma visão geral sobre como as aplicações de computador funcionam na atualidade, pouco mudou em relação ao fluxo de dados. O modelo de Von Neumann ainda é predominante, onde é claramente possível dividir o funcionamento de quase todo programa em Entrada, Processamento e Saída; sob essa mesma divisão pode-se entender o funcionamento dos web services.

Os web services têm como fundamento a capacidade de funcionar como mídia de dados, isto é, armazenar dados que poderão ser transportados por um sistema. Para que esta capacidade seja possível é imprescindível a existência de um local, um envelope, que possa ser validado, descrito e desmembrado. O principal recipiente utilizado por web services é o formato XML. Mas este não é o único, existem outros, como o JSON, por exemplo.

Debaixo deste fundamento os web services podem apresentar diversos comportamentos. Eles podem se comportar como Entrada ou Saída de dados de forma a padronizar como as informações entram e saem por um software. A vantagem disso está na integração de sistemas, ou seja, com web services as regras de negócio de uma aplicação podem ser utilizadas por outras aplicações por meio de regras padronizadas de acesso e recuperação de resultados.

Integração e Reuso

Integração de sistemas por muito tempo foi uma questão a ser discutida quando da existência de dois ou mais sistemas inicialmente herméticos que por trabalharem com dados complementares deveriam permitir o compartilhamento dos mesmos. Uma análise mais apurada sobre esse tópico requer um entendimento histórico da evolução dos sistemas distribuídos.

Sistemas distribuídos só são possíveis através da interconexão de computadores em redes e foi no início da década de 80 que floresceram no mercado as principais implementações. Porém, apenas dez anos mais tarde a transmissão de dados entre diferentes sistemas operacionais e arquiteturas de hardware encontrou um meio comum, através do protocolo TCP/IP.

Foi a partir do momento no qual os sistemas computacionais passaram funcionar em rede que a idéia de compartilhamento de dados também veio à tona. Mais que isso, surgiu a necessidade de compartilhamento de dados entre sistemas de uma mesma entidade/instituição. Entretanto, foi com a maturação do uso da Internet que essas idéias se consolidaram e evoluíram para o compartilhamento de dados entre sistemas de diferentes entidades/instituições. Atualmente o desenho de uma aplicação começa com o detalhamento de suas interações, agora não somente entre homem-máquina, mas também máquina-máquina, isto é, entre sistemas, de forma que um aglomerado de programas e computadores interligados ofereçam seus recursos de uma forma única e transparente (vide Tanenbaum, Andrew S: Sistemas Distribuídos, página 1). Para tanto, os programas de computador devem estar preparados para receber e enviar envelopes de dados inteligíveis independente de quem interage com eles, sejam pessoas através de navegadores, pessoas através de celulares, sistemas através de ...

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