Co-autor: Edney Imme

Todos que sentem necessidade de criar um sistema BBB (bom, bonito e barato), e já tem certo conhecimento em programação, na hora de escolher a linguagem para desenvolver a aplicação, deve passar na cabeça em usar o JAVA, que é uma linguagem de programação OPEN Source com bastantes ferramentas de fácil acesso, muito material disponível, com uma qualidade enorme e uma grande gama de componentes muito úteis.

Para quem acabou escolhendo o Java, segue algumas dicas, de situações nas quais muitos desenvolvedores iniciais têm grandes chances passar.

Começando o projeto do sistema, encontram-se certos “probleminhas”, ou melhor, descuido de principiante, com isso o intuito deste artigo é trazer a quem ler isto, uma forma um tanto que informal e com certas dicas ou análises para quem está pensando em começar a desenvolver algo pequeno nesta ferramenta, claro é algo básico, porém em certos casos, acaba passando despercebido, e vale a pena sempre frisar neste quesito.

Então vamos lá, primeira situação:

  • IDE, ou ambiente de desenvolvimento. No Java temos um conflito bem grande a respeito de sua IDE, no qual a maioria dos desenvolvedores ficam em dúvida entre qual ferramenta utilizar. Fica a critério de o desenvolvedor escolher a IDE que mais lhe agrada.
  • Ambiente de desenvolvimento NetBeans

    Figura 1: Ambiente de desenvolvimento NetBeans

    Segunda situação:

  • Levantamento de plugin’s, um simples exemplo. No decorrer do programa, ao tentar instalar um plugin no qual será detalhado melhor depois. Temos a situação que se certas versões não serem compatíveis entre plugin e IDE pode acabar dando problemas sérios tendo até que desinstalar o NetBeans e os plug-ins na pior das hipóteses. Perdendo bastante tempo que poderia ser usado para um fim mais “lucrativo”.
  • E a terceira e última situação deste artigo:

  • A pressa de terminar, entregar e claro receber... Então, como diz um velho ditado, a pressa é inimiga da perfeição, ou seja, a pressa é amiga do suporte!
  • Agora que essas três situações foram passadas a vocês, segue a explanação mais detalhada de cada uma delas.

No primeiro caso, a escolha pelo ambiente de desenvolvimento vai de cada programador, escolha aquela que você conheça melhor, onde a adaptação é fácil. Segue algumas ferramentas free para quem não tem uma específica, ou pra quem não conhece nenhuma delas pode simplesmente baixar e testar, são elas: NetBeans, Eclipse e JBuilder.

Escolhida a ferramenta, vamos aos plug-ins.

Um bom exemplo de plug-ins e que praticamente todo o sistema deve conter são os Relatórios.

Cuidado ao escolher os plug-ins para o desenvolvimento verifique bem as compatibilidades, e o que você necessita. Caso a escolha dos plug-ins conflitar com a versão do ambiente de desenvolvimento, você pode ter incômodos de vários “níveis”, pode ter apenas que abrir o IDE, e excluir os plug-ins manualmente ou na pior das hipóteses, o ambiente não abrir mais e o desenvolvedor ter que desinstalar tudo e instalar de novo para que volte a funcionar perfeito. Um livro que serve de grande ajuda para quem está iniciando um projeto por iniciativa própria, é o livro “Programação Java para Web” dos autores Decio Heinzelmann Luckow e Alexandre Altair de Melo, nele é encontrado exemplos, e um tutorial de como proceder com os plug-ins desde o inicio. Dependendo do aplicativo usado para gerar o arquivo de relatório, uma boa ferramenta para desenvolvimento de relatórios é o IReport com o JasperViewer. Este aplicativo é uma das ferramentas que mais agrada os desenvolvedores para criar os relatórios. Pois ele traz leiautes de projetos prontos, podendo só escolher ou mesmo começar de uma folha A4 em branco, inserir os dados que deseja que apareçam no relatório e dar um ok, talvez a distribuição dos campos em uma primeira formatação não seja a desejada, mas para alterar e deixar da maneira desejada é algo muito simples, fácil e rápido.

Uma dica que economiza bastante tempo, pesquisas na internet, e dores de cabeça, é: os plug-ins necessários para abrir o IReport pelo JasperViewer, estão dentro da pasta raiz do aplicativo IReport, basta adicionar os .jar necessários.

Antes de por a mão na massa e desenvolver, sempre é bom criar um padrão de desenvolvimento como fala a terceira situação, ou seja, padronizar as variáveis constantes e chamadas de método do sistema, algo que ao longo do desenvolvimento do sistema, pode se tornar um problema. Sem um padrão e documentação, após algum tempo o sistema se torna complicado de entender e ainda de fazer sua manutenção.

Na pressa, o desenvolvedor acaba passando por cima de alguns detalhes que podem se tornar bastantes importantes ao decorrer do sistema. Sempre é bom usar a “boa prática de programação”, pense que em algum momento, você precisará mexer em certa função, e quanto mais simples e limpa ela estiver, melhor será o entendimento fazendo assim, ser mais rápido o desenvolvimento. Rotinas com certo grau de lógica, sendo um tanto quanto complicado, é bom fazer comentários precisos, isso não significa dizer toda vez que uma variável int i, recebe valor x, mas sim, com palavras chaves, mostrar os pontos críticos da rotina, e explicar de maneira direta como ela funciona. No caso das variáveis, temos varias dicas, de como proceder, que é o caso do PascalCase, ou do CamelCase, presente na maioria dos sistemas, mas o mais importante, é assumir um padrão que seja de fácil adaptação e entendimento posterior.

Certos métodos que serão utilizados variam vezes durante o programa, podem ser inseridos em Classes genéricas, nas quais você só utilizaria a chamada e economizaria bastante tempo e deixaria o código mais limpo.

Outro exemplo para um código limpo, no qual economiza trabalho e muito código, são as heranças, na quais as classes pai podem ter os métodos que as classes filhas utilizam, como por exemplo, um cálculo, ou algo do gênero.

Este artigo aborda apenas três situações nas quais algumas pessoas encontram no inicio de sua aplicação, e tenta de certo modo ajudar e conscientizar os desenvolvedores iniciantes.

"O segredo de um negócio é saber o que mais ninguém sabe." (Aristóteles Onassis)

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