Com a chegada da Amazon Web concorrentes reagem
Os serviços de cloud da Amazon estão disponíveis no mercado brasileiro desde 15 de dezembro, quando a companhia lançou oficialmente a operação no País.
A Amazon Web Services (AWS), e a sua promessa de uma empresa de infraestrutura de TI, sendo uma gigante de e-commerce norte-americana e pertecente a Amazon, de operar no Brasil com estratégia de preços baixos para acelerar a adoção de cloud computing, movimentou provedores locais. Alguns reagiram contra o modelo de atuação do novo player e outros acham que a chegada da empresa ao País vai estimular a vinda de outras companhias internacionais.
Os serviços de cloud da Amazon estão disponíveis no mercado brasileiro desde 15 de dezembro, quando a companhia lançou oficialmente a operação no País. Em visita a São Paulo, o vice-presidente mundial da Amazon Web Services (AWS), Andy Jassy, deu sinais de que a companhia daria trabalho aos concorrentes locais como Alog, Locaweb, Hostlocation, UOL Diveo, Tivit, entre outros.
Jassy garantiu que a prestadora de serviços veio para o Brasil com a estratégia de oferecer cloud a preços mais competitivos que os competidores por operar com grandes volumes e ter escala para repassar reduções de custos aos clientes.
Prestadores de serviços brasileiros avaliam que a nova concorrente levará algum tempo para ajustar sua operação, pois conta no Brasil apenas com a infraestrutura e depende da matriz, nos EUA, para cuidar da parte administrativa e suporte técnico.
Um presidente de um data center, ouvido pela reportagem da Computerworld, que não quis se identificar, observou que as contratações dos serviços da AWS no Brasil são com cartão de crédito e em dólar, transação que, segundo ele, é muito aceita pelo pequeno desenvolvedor heavy user, mas que não é comum no mercado corporativo. Na sua opinião, o atendimento em inglês também é uma barreira.
“É complexo administrar uma operação dessas com atendimento e gestão externa”, disse o executivo, que acha que essa situação não deve ser definitiva, considerando que a AWS anunciou que tem intenção de atender a órgãos de governo, tipo de cliente que contrata serviço por meio de licitação e faz uma série de exigências.
“Se eles não possuírem estrutura administrativa no País nem estiverem de acordo com a legislação brasileira, não poderão vender cloud computing para serviços públicos”, disse o presidente do data center, que acredita que essas arestas serão resolvidas.
Para Gilberto Mautner, presidente da Locaweb, a chegada da AWS ao Brasil não traz nenhum impacto para sua operação. “Os preços deles são o dobro dos nossos e não acho que são nossos concorrentes”, acredita o executivo.
Ao comparar as ofertas de cloud da Amazon, ele afirma que a prestadora de serviços está entrando no País com pacotes muito distantes da realidade das pequenas empresas e startups. Mautner dá o exemplo da contratação de um servidor de 2GB de memória, com espaço de 50GB para armazenamento com backup que na Locaweb sai por 199 reais e na AWS por 360 reais, sem suporte técnico 24 horas em português.
Na opinião de Victor Arnaud, diretor de Marketing da Alog, o aumento da concorrência faz parte e é saudável a chegada da AWS. “A vinda deles mostra o potencial do Brasil para gerar negócios e deverá estimular outras empresas a fazer o mesmo”, avalia o executivo.
Arnaud destaca que a Alog, agora controlada pelo grupo Equinix, conta com data centers espalhados pelo mundo, e tem planos de trazer novos serviços para o Brasil. A companhia está em fase de negociação com parceiros internacionais para atuarem aqui e o executivo acredita que a chega da AWS pode acelerar esse processo. Esse movimento de novos players, segundo Arnaud, vai contribuir para o amadurecimento dos serviços de cloud computing e todos sairão ganhando.
Fonte : IDGNow!!!
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