Governança em TI com COBIT: uma visão geral

Veja neste artigo como o que é o framework COBIT e como o mesmo pode auxiliar a área de Tecnologia de Informação, seja na monitoração de processos ou ainda, no estabelecimento de mecanismos para um melhor controle das operações.

COBIT (sigla em inglês para “Control Objectives for Information and Related Technology”) é um conjunto de ferramentas (framework) cujo foco principal visa o planejamento e o controle das iniciativas da área de Tecnologia de Informação em uma organização. O órgão responsável pela publicação e trabalhos relativos à evolução do COBIT é conhecido como ISACA (“Information Systems Audit and Control Association” - http://www.isaca.org).

O COBIT encontra-se estruturado em domínios (Planejamento e Organização; Aquisição e Implementação; Entrega e Suporte; Monitoração), processos, níveis de maturidade (possuem similaridade com o CMMI) e indicadores (quantitativos e qualitativos).

Existe, dentro das diversas diretrizes definidas pelo COBIT, uma forte ênfase na auditoria dos processos de TI. Busca-se, assim, o controle dos diversos riscos relacionados à área de tecnologia dentro de uma companhia. Tudo isto é alcançado mediante a utilização de técnicas de gerenciamento, controle de objetivos, auditoria, implementação e avaliação de resultados.

Dentro da área de Gestão de Sistemas de Informação, o COBIT é utilizado como uma ferramenta de governança em TI que possibilita aos níveis gerenciais de uma organização identificar quais controles são necessários. Além disso, permite avaliar a eficácia de tais controles através de ferramentas de auditoria.

O conceito de governança em TI refere-se tanto às atividades que dizem respeito à área de tecnologia de uma companhia, como também aos meios utilizados para monitoração da mesma.

Considerando o cenário econômico e político da última década, o COBIT como ferramenta para a governança em TI teve um aumento considerável em sua aceitação a partir da lei SOX (abreviação de Sarbanes-Oxley). Esta regulamentação foi aprovada em 2002 pelo congresso norte-americano, representando uma reposta incisiva a uma série de escândalos financeiros ocorridos em empresas com falta de transparência em sua gestão.

Assim sendo, companhias que necessitem de adequação a normas regulatórias (como a lei SOX) podem, levando em conta o contexto em que estão inseridas, utilizar-se do COBIT como ferramenta de monitoração e auditoria dos processos em TI. O COBIT também procura conciliar questões técnicas com aspectos relativos ao gerenciamento de riscos das diversas atividades desenvolvidas.

A versão 5.0 deste framework foi lançada em 2012. Isto não significa que as práticas originadas de versões anteriores perderam a validade: muitas organizações já vinham empreendendo esforços na implementação de mecanismos de governança a partir das diretrizes propostas pela versão 4.1, por exemplo.

Cada domínio definido pelo COBIT possui um enfoque específico:

Dentre os diversos tipos de indicadores fornecidos pelo COBIT, merecem destaque:

Especialistas na área de TI destacam o fato deste framework poder funcionar em conjunto com outros modelos de qualidade. Um exemplo seria a utilização das técnicas de COBIT juntamente com ITIL (abreviação do inglês “Information Technology Infrastructure Library”).

Esse artigo foi elaborado com a intenção de oferecer uma visão geral do que é o COBIT, além de possíveis cenários que levem à adoção deste no mundo empresarial. O conjunto de práticas e conceitos que compõem este framework é bastante extenso, com excelentes referências e “cases” podendo ser encontrados a partir de pesquisas na Internet ou ainda, no próprio site do órgão que controla o COBIT (ICASA). Até uma próxima oportunidade!

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