Adoção de práticas do nível G do MPS.BR em microempresas - Engenharia de Software 27

O artigo trata de uma experiência bem sucedida na adoção de boas práticas do nível G do modelo de maturidade MPS.BR para a melhoria da qualidade no desenvolvimento de software em uma microempresa.

De que se trata

O artigo trata de uma experiência bem sucedida na adoção de boas práticas do nível G do modelo de maturidade MPS.BR para a melhoria da qualidade no desenvolvimento de software em uma microempresa.

Para que serve

Tendo em vista a obtenção da melhoria da qualidade do software produzido em microempresas, e de padrões que possam tornar essa qualidade mensurável, este trabalho descreve um projeto para seleção e implementação de práticas do nível G do MPS.BR na Studium Tecnologia da Informação, microempresa situada na cidade de Viçosa-MG. Resultados parciais deixam claro que é possível aplicar práticas selecionadas do MPS.BR em microempresas, que levam a melhorias em curto espaço de tempo.

Em que situação o tema é útil

Através deste projeto, o segmento das microempresas produtoras de software pode seguir os mesmos caminhos descritos neste artigo, e dar um primeiro passo rumo à qualidade do software baseado em processos e níveis de maturidade. O artigo mostra também um caso de sucesso na interação universidade-empresa, que possibilitou o desenvolvimento do projeto em meio acadêmico, com participação efetiva de uma microempresa. Os benefícios são imensos para ambos os lados.

Autores: Adriano Godoy da Silva, José Luís Braga e Liziane Santos Soares

Microempresas da área de desenvolvimento de software, dada sua estrutura física, número de funcionários e o tipo de projetos a que se dedicam, normalmente não têm acesso à implementação de programas de qualidade como Capability Maturity Model Integration (CMMI) ou Melhoria de Processo do Software Brasileiro (MPS.BR). O custo inerente à implementação das práticas a serem adotadas é alto, pois as exigências em termos de organização e disponibilidade de pessoal ficam muitas vezes fora das possibilidades de uma empresa com esse perfil.

Ainda, o número de microempresas produtoras de software é grande. Segundo o IBGE, elas são responsáveis pela fatia mais gorda da geração de empregos na indústria de software (Figura 1).

Figura 1. Pessoal ocupado nas empresas da Indústria Brasileira de Software/Serviços TI

A questão que deve ser levantada é: as microempresas produtoras de software estão condenadas a não usufruírem dos resultados proporcionados pela implementação de programas de qualidade organizacional?

Pensando neste desafio, no final de 2007 iniciou-se no Departamento de Informática (DPI) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) um programa de melhoria de qualidade organizacional voltado, especificamente, para microempresas produtoras de software. Esse programa é focado nas empresas do Arranjo Produtivo Local em Tecnologias da Informação de Viçosa (APL-TI-Viçosa), financiado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (SECTES), pelo SEBRAE e outros. O APL-TI-Viçosa encontra-se em franco desenvolvimento, passando de pouco mais de oito micro e pequenas empresas, no final de 2007, para mais de trinta empresas no final de 2009.

Esse esforço resultou, em termos práticos, na consolidação do convênio entre a UFV-DPI e o CCOMP - Centro de Competência FUMSOFT em MPS.BR e CMMI da FUMSOFT - Sociedade Mineira de Software, implantado no ano de 2009 e, atualmente, em funcionamento pleno. O maior objetivo deste convênio é a interiorização das implementações e avaliações MPS.BR em Minas Gerais. Está em andamento a implementação do nível G do MPS.BR em uma das empresas do APL-TI-Viçosa, e outras empresas estão se preparando para aderirem ao programa nos próximos anos. " [...] continue lendo...

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