Artigo Clube Delphi 107 - Introdução ao novo DataSnap 2009

Introdução ao DataSnap 2009; As mudanças em relação ao DataSnap tradicional; Facilidade em se construir uma aplicação multicamadas com esta nova tecnologia;

Novidades

Introdução ao novo DataSnap 2009

Conheça as novidades desta tecnologia para desenvolvimento multicamadas


 

Neste artigo veremos

·Introdução ao DataSnap 2009;

·As mudanças em relação ao DataSnap tradicional;

·Facilidade em se construir uma aplicação multicamadas com esta nova tecnologia;

Qual a finalidade?

·Criar um aplicativo de demonstração simples da tecnologia DataSnap 2009. Este estará dividido em três camadas: Dados (BD), Negócios (Servidor de Aplicação) e Apresentação (Aplicações Cliente).

Quais situações utilizam esses recursos?

·Para a construção das famosas aplicações multi-tier (multicamadas) com DataSnap, em que há uma separação do acesso ao banco de dados, a lógica de negócios e a interface do usuário.

 

Resumo do DevMan

Aplicações multicamadas ou n-tier, como também são chamadas, estão sendo cada vez mais utilizadas no dia-a-dia por possibilitarem a separação das várias partes de um sistema em camadas distintas. Não só isso, mas o fato de se permitir a utilização de tecnologias win32 na web, de forma que se obtenham grandes requisitos de diferenciação como: alta velocidade, segurança, distribuição geográfica e uma série de outros fatores. 

Apresentada como uma das novidades da nova versão do Delphi, o DataSnap 2009 já não exige o uso da tecnologia COM, da Microsoft, para conectividade remota entre aplicações. Essa característica o torna ainda mais fácil de ser utilizada por desenvolvedores de todos os níveis, do iniciante ao avançado.

 

Presente há muito tempo no Delphi, a tecnologia para desenvolvimento de aplicações multicamadas, conhecida anteriormente como MIDAS e mais tarde como DataSnap, ganhou uma novidade na versão mais recente da IDE. O Delphi, em sua recente versão 2009, apesar de ainda incluir o DataSnap clássico, oferece uma novidade baseada parcialmente na arquitetura dbExpress. Essa nova tecnologia está sendo chamada de DataSnap 2009. Nomenclatura essa que está sendo usada para evitar confusão com a DataSnap tradicional.

Uma série de novidades foram incluídas e até um driver DataSnap para facilitar o uso da tecnologia foi criado. Para entender melhor como tudo funciona, veremos um artigo completo e a criação de um sistema para utilizar o máximo dos recursos disponíveis na nova tecnologia, portanto: mão na massa.

DataSnap versus DataSnap 2009

Em se tratando de mudanças e comparado a uma aplicação tradicional DataSnap, existem, no DataSnap 2009, algumas diferenças significativas. Mudanças essas que, no entanto, dizem respeito mais à arquitetura e à distribuição do que ao código em si. Vejamos algumas dessa diferenças:

Do lado servidor:

·No desenvolvimento do lado servidor, não há mais envolvimento com a tecnologia COM. Agora as aplicações (servidor e cliente) comunicam-se entre si diretamente sobre o protocolo TCP/IP;

·Sua implementação é um pouco mais complicada em termos de manipulação de componentes, porém há muito pouco código envolvido por trás se comparado à COM;

·Deve-se rodar manualmente a aplicação servidora, ou criar um serviço para ela;

·Não é mais necessário registrar o servidor nem qualquer outro serviço auxiliar. Tudo o que o servidor precisa é oferecer ao cliente uma porta TCP/IP aberta para acesso.

 

Nota do DevMan

COM (Component Object Model) é uma tecnologia arquitetada pela Microsoft que viabiliza a comunicação entre aplicações client/server, realizada através de interfaces. Uma interface COM é a maneira como um objeto expõe sua funcionalidade ao meio externo.

 

 

Do lado cliente:

 

Para termos uma idéia real de como funciona o desenvolvimento de um aplicativo com o novo DataSnap, iremos desenvolver uma aplicação de exemplo que conterá três camadas, conforme mostra a Figura 1.

 

Metodologia

O exemplo deste artigo utiliza a arquitetura cliente/servidor. Para mais informações sobre essa arquitetura e outras, visite www.devmedia.com.br/articles/viewcomp.asp?comp=5219


 

Figura 1. Arquitetura da aplicação de exemplo

Entendendo o exemplo

Faremos a criação de uma biblioteca digital, onde o usuário poderá consultar livros e até lê-los on-line. Claro que não implementaremos todas as funcionalidades da biblioteca por necessitar de um espaço maior na revista. Portanto, veremos os principais cadastros e as principais consultas. Construiremos um pequeno banco de dados para receber os cadastros e as consultas. Faremos isso utilizando o Firebird 2.0 em conjunto com um driver de terceiro para acesso ao BD utilizando o RAD Studio 2009. Esse driver já é conhecido por muitos desenvolvedores Delphi, pois foi desenvolvido pelo colega Thiago Borges, de qualquer forma veremos como fazer a sua instalação e utilização na IDE do novo Delphi.

Criaremos então os seguintes cadastros no sistema:

·Cadastro de títulos: esse cadastro receberá as obras que estarão disponíveis no acervo, como livros, revistas em quadrinhos, enciclopédias e etc;

·Cadastro de usuários/administradores: os administradores do sistema serão os responsáveis por cadastrar os livros e alterar possíveis preferências de sistema. Consequentemente possibilitarão o acesso das consultas de acordo com seus níveis de acesso;

Em seguida faremos o desenvolvimento de uma aplicação servidora e uma aplicação cliente. O grande diferencial será o controle de permissões. Os administradores possuirão a permissão para o acesso do controle dos cadastros de títulos, juntamente com o cadastramento de novos usuários/administradores. Já os usuários comuns, não possuirão permissão de acesso aos cadastros, e sim apenas as consultas de obras e outros usuários cadastrados que não sejam administradores do sistema."

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