Artigo Engenharia de Software 4 - Tendências na área de Gestão de Riscos em Ambientes de Desenvolvimento de Software

Artigo da Revista Engenharia de Software edição 4.

Esse artigo faz parte da revista Engenharia de Software 4 edição especial. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição

 

Gerência de Riscos

 

Tendências na área de Gestão de Riscos em Ambientes de  Desenvolvimento de Software

De que se trata o artigo:

Aborda temas relacionados ao gerenciamento de riscos nos ambientes de desenvolvimento de software.

Para que serve:

Fornece uma visão horizontal sobre o gerenciamento de riscos através de variados temas gerenciais e estratégicos. Também facilita a aplicação de conceitos de maturidade organizacional nos ambientes de desenvolvimento.

Em que situação o tema é útil:

Além de ser atual, a preocupação e conscientização dos ambientes organizacionais no gerenciamento dos riscos é um primeiro passo para a minimização das falhas ainda existentes no gerenciamento de projetos em ambientes de desenvolvimento de software.

 

A gerência de risco não deve, em absoluto, ser entendida e utilizada sob uma conotação negativa, pela qual se visaria tão só avaliar e resolver os eventos adversos. Ao contrário, deve visualizar oportunidades: vantagens estratégicas e diferenciais competitivos através da execução de atividades preventivas. As organizações e empresas devem ser proativas, monitorando os riscos de seus projetos com a finalidade de agregar valor e de alçar novas oportunidades não só de negócios, mas de conhecimento adquirido.

Muitas organizações podem alegar que não necessitam executar nenhum estudo ou qualquer outro procedimento desta natureza, pois empregam pessoas suficientemente competentes e processos absolutamente seguros; confiança nos conhecimentos e na experiência de seus funcionários, o que elimina a possibilidade de ocorrência de falhas em seus domínios industriais. Estas, pois, são as mais indicadas a serem surpreendidas por situações adversas e não previstas que resultam, muitas vezes, em graves problemas causando grandes perdas, tanto mercadológicas como materiais.

Gerência de Múltiplos Projetos

  O resultado de todos os projetos desenvolvidos por uma organização tem grande parcela de contribuição no seu sucesso. Projetos individuais influenciam a organização, mas também sofrem a influência de todos os outros projetos que estejam sendo iniciados, ou mesmo, executados num mesmo período. Nenhum projeto é desenvolvido isoladamente. Existem os projetos estratégicos, projetos embargados e os projetos de manutenção. Priorizar e garantir que os projetos mais importantes sejam realizados é um dos grandes, se não vital, objetivos organizacionais.

  Outro grande desafio encontrado pelos profissionais de projetos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é estabelecer um método para seleção, rastreamento e controle de projetos. A grande maioria das organizações não tem condições de manter uma equipe dedicada a cada um dos seus projetos. Os funcionários vão sendo deslocados entre os projetos de acordo com a necessidade de cada um deles.

  Outra característica importante e bastante comum nestas organizações é que o orçamento mensal de cada projeto pode ficar totalmente comprometido ou extrapolar o planejado, devido a imprevistos não tratados. Neste caso, a solução é remanejar recursos financeiros de outros projetos que não estejam tão comprometidos.

  Este ambiente dinâmico no qual a alocação de recursos é elemento-chave é conhecido como ambiente de múltiplos projetos. Pouco mais do que 90% de todos os projetos são conduzidos neste tipo de ambiente [Danilovic e Borjesson 2001].

  Portanto, além de complexas variáveis que cercam um único projeto, outras dificuldades surgem quando passam a existir diversos projetos executados simultaneamente. É comum o lançamento de projetos faltando recursos e com programação deficiente. Isto promove a re-priorização dos projetos, subprojetos e tarefas, ou seja, no momento em que o prazo de algum dos projetos esteja vencendo ele passa a ser o foco das atenções [Freitas 2005].

" [...] continue lendo...

Artigos relacionados