Artigo Java Magazine 11 - NetBeans Inicial

Artigo publicado pela Java Magazine.

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NetBeans Inicial

Desenvolvimento fácil de aplicações Swing e Web

Primeiros passos com o melhor IDE Java livre para programação visual, da instalação, a conceitos básicos a um Hello Swing e uma aplicação Web

Nos primórdios da plataforma Java, a Sun fornecia um ambiente de desenvolvimento proprietário chamado Java Workshop, que, entretanto, não conquistou o mercado, deixando espaço para outros IDEs (ambientes integrados de desenvolvimento) como o Visual Café e o JBuider. Enquanto isso, uma empresa desconhecida trazia uma proposta inovadora: construir um IDE visual inteiramente em Java, baseado em componentes JavaBeans, que visualmente imitava o popular Delphi – tanto que chamava-se Xelphi. Lentamente, o Xelphi foi ganhando popularidade, até que a Sun decidiu comprar a empresa para tornar o produto base do seu novo ambiente de desenvolvimento, o Forte.

A aquisição pela Sun trouxe mais mudanças do que apenas o nome: o código-fonte do produto original foi aberto à comunidade, de forma semelhante ao que ocorreria posteriormente com o StarOffice, dando origem ao OpenOffice. A versão livre do IDE foi batizada como NetBeans, e é hoje a base das ferramentas de desenvolvimento Java da Sun, atualmente comercializadas com o nome SunOne Studio/Sun Java Studio.

Neste artigo veremos como instalar e configurar IDE NetBeans, e como construir aplicações simples com interface Swing e Web

Recursos

Atualmente na versão 3.5.1, o NetBeans é rico em recursos, não apenas para a programação visual de aplicações Swing ou AWT, mas também para o desenvolvimento de aplicações web (Servlets e JSP). Entre as suas várias capacidades podemos citar:

·      Execução passo a passo de aplicações Java, Applets, Servlets e JSP;

·      Suporte a bibliotecas de tags no editor de JSP;

·      Editor XML com suporte a DTDs e XML Schemas;

·      Execução de transformações XSLT;

·      Edição de folhas de estilo CSS para documentos HTML e XML;

·      Database Explorer, para execução interativa de comandos SQL contra qualquer banco de dados, desde que seja fornecido um driver JDBC;

·      Suporte nativo ao CVS;

·      Edição e execução de buildfiles do Ant.

 

Além desses recursos, todos presentes na distribuição básica do NetBeans, há vários módulos de expansão (modules) que podem ser baixados do site oficial, www.netbeans.org, como por exemplo a integração a servidores de aplicação de diversos fabricantes.

 

Dica: Você pode também baixar plugins, além de fazer atualizações do NetBeans, usando o comando Tools|Update Center.

Instalação

Existem instaladores do NetBeans especializados para várias plataformas, entre elas Windows, Linux e MacOS, com ou sem o Java 2 SDK (JSDK) incluso. Todas elas, exceto pelo programa nativo de instalação, contêm o mesmo código Java, portanto utilizaremos apenas o download independente de sistema operacional sem o JSDK, que consiste de um simples arquivo ZIP, NetBeansIDE-release351.zip. Dessa forma poupamos precioso tempo de download, além de espaço em disco.

 

Para iniciantes: Se você está começando com Java e ainda não tem um JSDK instalado (ou tem uma versão desatualizada), uma boa opção é fazer o download do NetBeans junto com o JSDK Sun, em: java.sun.com/j2se/1.4.2/download.html. O arquivo chama-se "NetBeans IDE v 3.5.1 with J2SE v 1.4.2 COBUNDLE" e é o primeiro listado na página.

 

Como pré-requisito, o JSDK (1.3 ou posterior) deve estar instalado (deve-se também configurar a variável de ambiente JAVA_HOME para o diretório de instalação do Java). Descompacte a distribuição independente de sistema operacional do NetBeans em um diretório qualquer, preservando a estrutura de diretórios do ZIP. Será criado o diretório Netbeans, além de vários subdiretórios, dentre os quais:

·        bin – Executáveis nativos (ou arquivos de comandos) para iniciar o IDE em várias plataformas, inclusive algumas pouco usuais, como OS/2 e VMS;

·        bin/icons – Ícones para a área de trabalho de várias plataformas;

·        beans – Coloque aqui pacotes JAR contendo componentes JavaBeans de terceiros para disponibilizá-los para o editor de formulários;

·        lib – Bibliotecas que formam o núcleo do IDE;

·        lib/ext – Para armazenar bibliotecas adicionais que devam estar disponíveis ao IDE, por exemplo drivers JDBC para conexão a bancos de dados;

·        modules – Coloque nesse diretório módulos de expansão para o NetBeans, que podem ser desenvolvidos internamente, baixados da internet ou adquiridos como produtos comerciais; a maior parte da funcionalidade do próprio IDE consiste de módulos encontrados neste diretório;

·        tomcat406 – Container web incluso no IDE para execução de Servlets e páginas JSP;

·        sources – Código-fonte dos componentes não-padrão disponibilizados pelo editor de formulários (AbsoluteLayout e TimerBean);

·        docs – Documentação fornecida com o IDE;

·        system – Configurações globais para todos os usuários do NetBeans.

 

Para iniciar o NetBeans, execute a versão do programa run-ide (dentro do subdiretório bin) compatível com seu sistema operacional, por exemplo run-idew.exe para Windows, ou run-ide.sh para Linux (neste, lembre-se de atribuir permissão de execução ao script). Se preferir, crie um atalho (ou lançador do Gnome na área de trabalho, referenciando o programa, e utilize um dos ícones fornecidos para que exiba o logotipo do IDE (um cubo)).

Em sua primeira execução, o NetBeans poderá perguntar se deve importar opções de versões anteriores da ferramenta (isso acontece se você usar o ZIP independente de plataforma), e depois criará uma pasta de configurações pessoais para o usuário, no diretório apropriado para cada sistema operacional. A versão atual disponibiliza imediatamente a área de trabalho do IDE com configurações padrões (veja a Figura 1).

Conceitos

O NetBeans é organizado em torno de dois conceitos fundamentais: áreas de trabalho (workspaces) e projetos. As abas logo abaixo da barra de ferramentas principal permitem alternar entre as três áreas de trabalho pré-definidas: Edição (Editing), Desenho de formulários (GUI Editing), e Depuração (Debugging).

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