Câmara dos Deputados padroniza desenvolvimento de sistema
Java é escolhida a linguagem para padronizar o desenvolvimento na Câmara dos Deputados
Em um projeto que durou cerca de três anos e consumiu, aproximadamente um milhão de reais, a Câmara dos Deputados padronizou todo o processo de desenvolvimento de sistemas do Centro de Informática e unificou as plataformas. “Não existia um padrão; cada equipe desenvolvia sistemas diferentes para cada necessidade da Câmara de acordo com sua experiência e seu conhecimento técnico”, conta o coordenador de engenharia de sistemas da Câmara, Carlos Constantino Moreira Nassur
Nomeado de Procede (Processo CENIN de Desenvolvimento de Sistemas), o novo processo deverá absorver, nos próximos dois anos, todos os esforços de desenvolvimento e manutenção dos sistemas corporativos e departamentais da Casa.
Com a primeira versão do processo de desenvolvimento, elaborada internamente, pronta, o Centro de Informática da Câmara contratou a empresa Castmeta para agregar melhores práticas de engenharia de software ao projeto. “Depois, fizemos um pregão, em junho de 2004, para adquirir ferramenta, fazer adaptação dela ao nosso processo, além de treinamento. A Borland ganhou”, explica. Além da definição dos nossos processos, o Centro de Informática - que trabalhava com plataforma Java, Microsoft e VMS – optou por unificá-las, escolhendo Java.
A implementação do projeto durou de julho de 2004 a março do ano passado. A Borland Software Corporation forneceu softwares para reformular a área de desenvolvimento, além de ministrar treinamentos e prestar serviços de consultoria que contemplaram todas as fases do projeto. Outro serviço prestado pela equipe da Borland foi a criação dos guidelines, uma série de manuais específicos, que orientam os usuários a executarem as tarefas discriminadas nas atividades do Procede, por meio das novas soluções.
“Foi uma implantação longa e difícil, porque mudamos a maneira de as pessoas trabalharem, as tiramos da zona de conforto”, conta. No Centro de Informática trabalham 330 pessoas, sendo que 25 delas ficaram envolvidas diretamente com o projeto.
Atualmente, apenas um terço do quadro de desenvolvimento de sistemas funciona dentro do novo processo. “Achamos ia ser mais rápido, mas não foi. Mas estamos investindo na migração dos sistemas que fazem parte do core da Câmara, que apóiam os deputados, para a nova plataforma”, afirma Nassur.
Economizar recursos de treinamento e investimento foram alguns motivos que impulsionaram a padronização. E os frutos do projeto já começaram a ser reconhecidos. “É mais fácil manter uma única plataforma, também lidamos com número menor de fornecedores e sentimos um aumento na qualidade dos projetos.” O investimento, feito pela Câmara dos Deputados, correspondeu a aquisição das ferramentas, consultoria e treinamento para o projeto de estabelecimento do Procede.
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