A plataforma .NET e o futuro da programação

Delphi

28/11/2003

[i:9d8f1b77db]Oi pessoal!

O texto abaixo é um artigo que eu escrevi para um site americano de tecnologia onde abordo a plataforma .NET. Eu tinha enviado o artigo para ser publicado aqui no ClubeDelphi, mas como me parece que não se interessaram, estou postando ele na forma de enquete...
Gostaria que vocês participassem e colocassem suas impressões sobre o assunto, assim cada um de nós poderá saber como a comunidade está encarando essa novidade![/i:9d8f1b77db]



[size=18:9d8f1b77db][b:9d8f1b77db]A plataforma .NET e o futuro da programação[/b:9d8f1b77db][/size:9d8f1b77db]

Nos últimos meses não se fala em outra coisa a não ser nessa nova tecnologia da Microsoft, que, a despeito de toda a empolgação causada na comunidade computacional, vem trazendo mais confusão do que explicações. Pela segunda vez a Microsoft errou ao batizar um produto quando decidiu chamar a nova tecnologia de .NET: acreditem ou não, uma grande parte das pessoas pensa que o grande brilho da nova plataforma está em mover o ambiente de desenvolvimento de aplicativos do desktop para a web (net = rede). Algo parecido aconteceu quando a Microsoft rebatizou o Windows NT de Windows 2000 e fez com que um enorme número de usuários domésticos saísse instalando o dito cujo em suas máquinas, achando que estavam colocando a nova versão do Windows que substituiria o 98.

Ao contrário do que muitos acreditam, embora a plataforma .NET abra bastante as portas para o desenvolvimento na web, o grande trunfo dessa nova tecnologia está em tentar eliminar as famigeradas DLLs de uma vez por todas, substituindo-as por uma única e grande biblioteca contendo todo o necessário para que qualquer aplicativo – escrito em qualquer linguagem – possa rodar sem problemas. O nome dessa biblioteca: Framework.

Embora isso possa parecer fantástico e maravilhoso (e é, se realmente emplacar), não devemos nos esquecer que, como toda nova tecnologia, o .NET estará sujeito ao sucesso ou ao fracasso, dependendo de como as coisas decorrerem nos próximos anos. Refiro-me ao tempo em anos e não meses, pois é exatamente esse o prazo que devemos esperar até vermos a migração completa para essa nova plataforma. É preciso ter em mente que estamos falando em abandonar completamente um conceito que vem sendo utilizado nos últimos quinze anos e substituí-lo por algo inteiramente novo, o que significa trocar milhões de sistemas operacionais em milhões de máquinas, e reescrever um sem número de aplicativos. Ou seja, haverá durante bastante tempo ainda, muito software baseado em DLL rodando por aí, a exemplo de velhos e eficientes sistemas escritos em Cobol que insistem em continuar a existir.

Isso me faz pensar até que ponto a tecnologia .NET é válida, segundo o objetivo a que ela se propõe (eliminar as DLLs). Na verdade parece mais provável que o Framework se torne apenas mais uma biblioteca, somada às já existentes DLLs, ao invés de eliminá-las. É muito complicado pensar em substituir por completo uma tecnologia já tão enraizada na vida das pessoas. Pense por exemplo, em substituir o método convencional de armazenamento de áudio em CD, pelo armazenamento no formato MP3. É muito melhor? Evidente que sim, se pensarmos que um CD de MP3 pode conter o equivalente a dez ou mais CDs convencionais, mas... será que algum dia o CD de áudio deixará de existir para ser totalmente substituído pelos CDs de MP3? Pense em quantos tocadores de CD existem pelo mundo, e mais, pense em quantos CDs de áudio já foram prensados e vendidos. É mais lógico concluir que continuará havendo os CDs de áudio, e, além deles, também os de MP3.

Ao contrário do que possa parecer, eu não sou pessimista nem tampouco anti-Microsoft. Muito pelo contrário, sou, como todo profissional de informática, um entusiasta das novas tecnologias, e um admirador dos benefícios que a MS trouxe para o mundo computacional. Entretanto, quando olho para o futuro, vejo a plataforma .NET como uma idéia maravilhosa que se tornará inviável por motivos exclusivamente circunstanciais.

Li, recentemente em um artigo publicado no site da Microsoft, o depoimento do diretor de tecnologia da plataforma .NET em que ele afirmava que um programador de Visual Basic que pretendesse migrar para o VB.NET deveria ter em mente gastar pelo menos dois anos de sua vida no processo. E dizia ainda mais: que somente deveriam ser migrados da tecnologia atual para a nova plataforma, aqueles aplicativos que de fato se beneficiassem com a nova tecnologia (mas não deixou claro que benefícios seriam esses), caso contrário seria melhor deixá-los da forma como estão. Percebe-se claramente aí que, nem a própria Microsoft possui elementos suficientes para prever o futuro do .NET.

A Microsoft tem, através de convênios com universidades, criado núcleos de estudo .NET formados por alunos e professores, afim de possibilitar o estudo, a avaliação e a exploração da nova tecnologia, o que, sem sombra de dúvidas, aumenta suas chances de sucesso. Eu mesmo sou participante de um desses seletos grupos (chamados células .NET), na universidade em que estarei me graduando em Análise de Sistemas no próximo semestre. Como já disse, sou um entusiasta das novas tecnologias e um encorajador de novas idéias e conceitos, mas também procuro ser realista e aprender com o passado para não errar no futuro. Isso quer dizer que não pretendo tão cedo começar a desenvolver nada baseado em .NET, e vou continuando com o VB 6 e o Delphi 6 e suas DLLs. Estudar sim, migrar não. Ainda não.

A comunidade de programadores de Delphi se sentiu traída com o fato da Borland ter dado um passo atrás em relação à biblioteca CLX, para seguir de braços dados com o .NET. Na realidade não é de se estranhar muito que isso tenha ocorrido, pois embora a Borland disponha de uma respeitável posição dentro do mercado de desenvolvimento, convenhamos, nada comparável à Microsoft. O mercado de software, hoje, pertence indiscutivelmente à MS e seria absurdo imaginar que a Borland (ou qualquer outra empresa de software) pudesse ser capaz de não seguir as tendências ditadas por ela, uma vez que o Delphi é feito para a plataforma Windows. Os programadores de Delphi sentiram-se traídos por questões sentimentais e filosóficas, entretanto, empresas como a Borland e a Microsoft, são movidas por variáveis diferentes como mercado e lucros. E o que dizer a respeito do Kylix e do Linux? Absolutamente nada, uma vez que o Linux não possui peso relevante no mercado corporativo de capitais, e o Kylix não passa na verdade de uma aposta da Borland em um futuro deveras remoto. Os usuários do Linux / Kylix continuarão órfãos, aliás, como sempre foram.

A conclusão de tudo isso é que ainda é muito cedo para prever o que acontecerá, sendo muito arriscado abandonar tudo o que foi feito para trás e entrar de peito aberto na tecnologia .NET. O programador prudente continuará a fazer seu trabalho normalmente, enquanto observa o mercado e suas tendências, desenvolvendo dentro de casa, pequenas aplicações para efeitos de teste e aprendizado. Naqueles aplicativos que estão prontos, debugados e rodando sem problemas, não há porque mexer ou migrá-los. Afinal, ao que tudo indica, emplacando ou não o .NET, as DLLs ainda vão estar em nossas vidas por muito, muito tempo...


Yankleber

Yankleber

Curtidas 0

Respostas

Laureano Pereira

Laureano Pereira

28/11/2003

É Yan,

Concordo com você, não pretendo migrar nada para .net, por enquanto, e todos os novos projetos continuarão a ser desenvolvidos em Delphi 6. Estudar para conhecer, aprender. Mas apostar na nova tecnologia... ainda não.

A Borland está abandonando a compatibilidade Delphi/Kylix, vai apostar na .Net... mas ainda assim sou cético...

vamos esperar.

Abraços


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi Laureano,

É isso aí meu amigo.
Hoje, exatamente neste exato momento, o pessoal deve estar saindo do Delphi Weekend, empolgados com algumas novidades e decepcionados com outras. Com certeza, o tema .NET foi motivo para muita polêmica, e acredito que a galera que participou estará trazendo muito assunto sobre isso.

O que ocorre é que nem sempre aquilo que é lançado no mercado se torna uma real tendência. E como você sabe, isso nem depende da qualidade da idéia, pois o mercado é muito estranho... Não sei que idade você tem, e portanto talvez não se lembre (ou nem saiba) sobre essa curiosidade que vou lhe contar: na década de 70, quando apareceram os videocassetes, haviam dois padrões, o VHS (esse que existe até hoje) adotado pela maior parte dos fabricantes de VCR e um outro chamado Betamax proprietário da Sony. O Betamax tinha uma qualidade bem melhor, a fita era menor, e nem por isso emplacou. E quem lembra do videolaser? Outra idéia que não foi adiante. E nos anos 80, dezenas de modelos de microcomputadores maravilhosos que viraram sucata e não foram adiante...

Em uma mensagem que eu postei uns dias atrás, eu estava falando com um colega mais inflamado e defensor ferrenho do Delphi que não valia a pena defender o Delphi ou a Borland, pois ele estaria gastando seus nobres sentimentos com uma empresa que não dá a mínima para ele, para mim, para você, ou para ninguém: tudo o que interessa à Borland, à Microsoft e similares são os $$$$$$$$$$$ que elas podem ganhar. Eu dizia a ele que se amanhã a Microsoft propusesse à Borland encerrar o Delphi e fazer uma mega parceria para fazer do (praticamente) morto FoxPro a nova linguagem ´da onda´, isso fatalmente ocorreria - só iria depender de quantos zeros à direita houvessem no cheque a ser descontado após a assinatura do contrato...

Na realidade, Laureano, a Borland não é melhor que a MS. Se as coisas tivessem acontecido de maneira diferente, talvez hoje estivéssemos rodando um Borland Windows em nossos computadores e programando em Microsoft Delphi. E sabe qual seria a diferença para nós? Nenhuma, pois continuaríamos a ser os mesmos babacas dependendes desta indústria canalha que não se importa com computadores, programas, linguagens, pessoas ou realizações, mas tão-somente com o dinheiro que engorda suas contas!!!

E é por isso, que precisamos ser um pouco menos babacas que de costume, e aprender a desconfiar um pouco e não ir atrás de todas as besteiras que eles resolvem falar e lançar, não é mesmo????

Um abraço, meu nobre!


GOSTEI 0
Doom

Doom

28/11/2003

Kleber, como fica o pessoal que tá desenvolvendo em Kylix? O que você acha?
É uma perca de tempo? O que você acha do futuro do Kylix?

Valew...


GOSTEI 0
Laureano Pereira

Laureano Pereira

28/11/2003

Pois é Domm....

Como fica o Kylix?
Na verdade eu não sei o que pode acontecer, mas seria ótimo que acontecesse como o Firebird... Já imaginou o kylix open source... com uma comunidade linux por traz para desenvolve-lo? Talvez esta seja a solução... mas a compatibilidade Delphi/Kylix... acho que ai não tem volta...

Pense você... um desenvolvedor de sucesso, com muitos projetos multiplataforma para desenvolver... e duas opções: Delphi/kylix (será que emplacou) ou .Net (com toda a M$$ por tráz) . Para que lado vc vai?

A questão é: Quem tem dinheiro para apostar aposta em quem ´acha´ que pode ganhar... ou vc aposta para perder?

Vamos continuar trabalhando e desenvolvendo... o que vem por ai ninguem sabe ao certo. São apostas.

Kleber: Tenho 36... Conheço as histórias Betamax/VHS (até já usei os dois no CRA/SE-RS), bem como Synclair, Comodore Amiga, Aplle... e por aí a fora...

abraços


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi Doom,

Como eu disse no meu artigo...

E o que dizer a respeito do Kylix e do Linux? Absolutamente nada, uma vez que o Linux não possui peso relevante no mercado corporativo de capitais, e o Kylix não passa na verdade de uma aposta da Borland em um futuro deveras remoto. Os usuários do Linux / Kylix continuarão órfãos, aliás, como sempre foram.


Ou seja, o pessoal do Linux sempre foi visto como sendo os ´primos nerds´ da família computacional, tipo ´ah, deixa eles para lá porque esse pessoal sabe se virar sozinho, além do mais eles não dão lucro mesmo porque querem tudo de graça!´, sabe como é?

Ou seja, acho que a galera do Kylix está voando em um avião sem piloto, pois o mesmo acabou de saltar de paraquedas e já tem uma equipe de resgate .NET esperando ele lá embaixo.

Contudo, acho que isso faz parte do risco assumido quando se decide ir pela contramão: o mundo hoje é indiscutivelmente do Windows e quem vai pelo Linux, BeOS, etc, está na contramão do mercado. As empresas e desenvolvedores produzem portanto para Windows, e a realidade é que, quem quer desenvolver software a sério deve tomar duas posições:

1) Esquece o Linux e se rende ao Windows e desenvolve na linguagem que quiser (Delphi, VB, FoxPro, etc, etc, etc); ou

2) Esquece todas as outras linguagens e cai de cabeça no Java que é a linguagem mais democrática que existe (roda em qualquer sistema operacional sem alterar um caractere sequer no código).

Agora, quanto ao Kylix... para mim ele acabou de acabar. É claro que a Borland, para não dar muito vexame, vai dar uma enroladinha e mostrar um serviço por um ou dois anos, enquanto vai ´esquecendo´ ele aos poucos até abandonar de vez.

Uma historinha só para encerrar: anos atrás, no tempo do DOS ainda, a Borland cismou de entrar no mercado de aplicativos e lançou uma planilha muito boa chamada [b:ef4fd4889d]Quattro Pro[/b:ef4fd4889d] que competia com o Lotus 1-2-3. Muita gente apostou no novo aplicativo e se f... porque a Borland viu que não estava compen$ando e abandonou o projeto e os usuários.

É isso, meu amigo. Se você é Linuxista e Kylixista, pode ir começando a perder o sono, ou então... são aquelas duas opções que eu sugeri lá atrás...

Um grande abraço!


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi Doom, esqueci um detalhe...

É uma perca de tempo?


Eu acho que total, afinal desenvolver para uma plataforma que não está consolidada no mercado sempre é perda de tempo.

A não ser, é claro, que você esteja fazendo-o por puro altruísmo ou para fins acadêmicos. Agora, se você pensa em ganhar dinheiro com isso, acho muito, muito difícil - até porque a proposta do Linux é justamente fazer o caminho oposto ao capitalismo.

É o mesmo caso da plataforma .NET, que embora seja revestida de interesses comerciais, ainda não está consolidada (e na minha opinião não vai estar nunca - pelo menos, não do jeito que eles pretendem), e portando é perda de tempo também ir atrás deles.


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Grande Laureano,

Somos da mesma geração, tenho 37.
Bons tempos aqueles!

Agora, quanto a acontecer com o Delphi (afinal o Kylix é o Delphi, não é?)o que aconteceu com o Interbase... será que a Borland dá esse mole de novo? Não se esqueça que existe a coisa dos direitos autorais sobre os fontes, e não acredito que eles deixassem isso acontecer com o Delphi - afinal, o Interbase é apenas um produto secundário e de apoio à linguagem, enquanto o Delphi é o carro chefe da empresa.

O Interbase, embora funcione direitinho, é aquele negócio, ainda falta amadurecer muito até se tornar um produto autônomo. Falta aprimoramentos na interface como interatividade para a criação e manutenção das tabelas (a coisa ainda tem que ser feita no ´mãozão´ utilizando comandos DDL) e falta marketing para competir no mercado. Quem usa Interbase/Firebird a não ser os usuários de Delphi? Eu, como sou meio maluco, estou fazendo uma aplicação em VB com MSSQL que pretendo integrar com Interbase também, mas ninguém por aí faz isso.

Agora, eu lhe digo, amigão: eu não iria atrás nem da Borland e nem da M$. E se você olhar direitinho vai perceber que muitos fabricantes de software não vão (principalmente atrás da Microsoft): haja visto que a maioria das aplicações desenvolvidas ainda rodam numa boa em Windows 95. Isso é a prova de como o mercado está se tornando cuidadoso, e as mudanças profundas levando aí cerca de dez anos para serem assimiladas.

É claro que a MS está fazendo o papel dela, né? Eles vivem de vender Windows e têm que ficar inventando novidades. Indiscutivelmente eles têm feito coisas boas (o XP é uma grande evolução, principalmente para quem tem uma máquina possante), mas eu mesmo levei mais de 1 ano até decidir colocar o XP na minha, e até hoje eu tenho um dual boot e mantenho o 98 instalado (just in case...)

Abraço!


GOSTEI 0
Doom

Doom

28/11/2003

Sendo assim, se não há perspectivas otimistas tanto pra Borland quanto pra Microsoft, ou seja, seu artigo indicia um declinio do Delphi e frustração do tio Bill com o .NET, qual é o caminho?

Java???


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi Doom,

Veja, não quero parecer excessivamente pessimista, nem tampouco meu artigo tem a intenção de profetizar nenhuma desgraça informática!

A grande realidade é que nós programadores e analistas nunca teremos um caminho seguro e absolutamente definitivo a seguir. O Java, é sim, um bom caminho pois ´anda´ bem por todas as paragens, mas nada garante que daqui a um tempo surja uma nova tendência que o ponha por terra, afinal esse tipo de risco é inerente a qualquer tecnologia, sobretudo as nascituras.

Em nenhum momento eu disse (ou quis dizer):

´Esqueçam o Delphi pois ele está em decadência! Vejam, o dragão da Microsoft conseguiu corromper a última muralha de defesa da programação digna! A Borland acabou e este é o princípio do fim!´

Não é por aí!

O que eu disse é: ´Palmas para a Borland e para a Microsoft por todo o bom trabalho que elas têm feito até agora. Mas cuidado, pois 10 acertos não garantem o décimo primeiro!´

Ou seja, o passo a ser dado agora com o lançamento da plataforma .NET põe muita coisa em jogo. Imagine-se gastando dois ou três anos de sua vida para se alinhar à nova tecnologia e depois escutar um ´sinto muito, não funcionou, tentaremos melhorar da próxima vez´.

O que quero enfatizar é que, se você já é um programador de Delphi e trabalha com segurança dentro daquilo que você já conhece, aconselho aprender o .NET com cuidado e devagar, mas sem abandonar o que você já tem em mãos, e sabe que funciona.

Quanto ao Linux, eu sempre achei, desde o começo que ele fosse um cavalo perdedor em todos os sentidos, porque basicamente, o Linux é um Unix que quer ser Windows. A coisa não funciona assim, é preciso ter uma personalidade marcante e uma linha bem definida, e o Linux não é nem uma coisa nem outra. Tenho visto dezenas de ambientes gráficos para Linux, e cada um mais parecido com o Windows - mas sempre com deficiências. Ou seja, o Linux imita o Windows com desvantagens, e não traz nada de novo.

É por esse motivo que sua expressividade no mercado é tão pequena e tão fraca. Por outro lado, a própria comunidade exclui o usuário comum, pois me parece que uma das condições básicas para ser Linuxista é saber muito de C e estar disposto a perder horas de sono tentando fazer a máquina funcionar pela primeira vez. Ora, as pessoas não querem mais isso - esse tipo de coisa se fazia no início dos anos 80, e eu fui um desses que ralou muito o crâneo com DOS e as primeiras versões do Windows (Win286). Hoje todo mundo quer facilidade, rapidez e praticidade.

Da mesma forma, por que acha que as empresas de software não desenvolvem para Linux? Pelo mesmo motivo: elas não acreditam nele. É por isso que a Borland está tirando o time de campo, e nem estranharia se viesse a saber, que, por baixo dos panos e longe das câmeras, uma das condições impostas pela Microsoft fosse a desistência da Borland por parte do Linux, em troca de subsídios tecnológicos e comerciais.

Então, eu volto a repetir: se você está no mercado de programação por motivos profissionais, a menos que você trabalhe diretamente com desenvolvimento para Linux e ganhando bem para isso, não acho que seja um bom caminho. Imagine você que um grupo de engenheiros mecânicos muito competentes lançassem um excelente carro movido à casca de tangerina. Como você acha que o mercado reagiria a isso???

É isso aí pessoal! Escrevam mais!!!


GOSTEI 0
Koplin

Koplin

28/11/2003

Saudações. Deixa eu falar minha abobrinhas:


Uma coisa não podemos reclamar da Borland; Falta de pioneirismo.

Mas isso tem um preço: Se não pegar tem que abandonar.

Lembrêmo-nos que todos (ou quase) nós usamos programação como meio de vida, e portanto, precisamos dos xingados $$$. E a Borland também. Assim, antes de reclamarmos que a Borland faz issop ou aquilo, devemos pensar que o Kylix foi uma aposta para ganhar dinheiro. Quem aqui iniciaria um projeto comercial e se tivesse prejuízo continuaria até a banca-rota?

Quanto a compatibilidade Delphi - Kylix, Acho uma bobagem. Se são dois sistemas operacionais diferentes por que preocuparmo-nos com compatibilidade. Devemos compatibilizar, sim os nossos conhecimentos.

Eu já fiz algo em kylix, e acho que ele resolve bem. Não preciso programar em delphi para migrar para kylix. faço em Kylix ou aprendo outra linguagem e faço nela.

Se a grana não dá para ter os dois, posso aprender oura linguagem para Linux - e todos podem. Por que não programar em Delphi para Windows e em outra linguagem para Linux. Para que complicar tentando simplificar?

Outro erro da Borland - O preço do Kylix - Muita grana para apostar.

Tambem devemos nos lembrar que o Linux aind é instável do ponto de vista de mercado. Tem gente brigando para torná-lo pago. E nada impede que ele tenha menos padrões do que hoje. Se a comunidade entrar numa de cada um por sí...

Quanto ao .NET, acho como todos que é muito cedo para pensar nele como alternativa viável. Principalmente pelo fato de haver incompatibilidades. Devemos nos lembrar que do DOs para Windos 3x e dele para 95....98 os programas em DOS não deixaram de funcionar. Assim a aceitação foi melhor. Agora jogar fora tudo que o usuário tem para adquirir novo a peso de ouro? sei não...
O tempo dirá. Mas acho que devemos continuar nossa vida independente das tempestades. Não há razão para barulho. Se as tendências apontarem para esta direção, é estudar e trabalhar. Quanto a compatibilidade. Acompanhem o seguinte. Tem gente que dirige. Tem gente que pilota motos e tem gente que faz os dois. Não a compatibilidades entre carro e moto. temos que aprender oas diferenças entre os dois ou usamos só um. Eu prefiro aprender algo nativo de ambas. tem um ditado que diz ´Quem muito quer, nada tem´ Aí está a prova.


GOSTEI 0
Espiridiao

Espiridiao

28/11/2003

EDITADO POR ZOOM




[b:147f94ddb9]O .Net[/b:147f94ddb9][list:147f94ddb9]
Foi desenvolvido pela MS (ou terá sido pela Borland) para combater o JAVA depois dos tribunais decidirem que a MS não podia alterar as regras do JAVA para que só quem utilizasse as suas ferramentes pudesse usa-lo no IE.
Tal como o JAVA o .NET não gera código nativo (assembler x86), mas sim um pseudo código como o que se encontra nos interpretadores de BASIC, isto tem varias desvantagens, a minha preferida é que é leeeennntttooo, pode ser até muuuiiitttoo llleeeennntttoo.
Quanto ás DLLs, elas vão sempre existir, pois há bugs que teem de ser corregidos, problemas de segurança, novas funcionalidades.
Migrar de VB para .NET significa re-escrever 60¬ do código.
Ao contrario do que se diz que 90¬ dos computadores vão utilizar o .NET isso não é verdade pois a grande maioria não tem capacidade de processamento
para interpretar o .NET.
O .NET não é para amanhã, será realmente implantado quando for lançado o Longhorn, lá para 2005/2006.
Não vai ser crossplatform, era a ultima coisa que a MS deixava fazer.
Alguem viu o .NET a trabalhar na realidade? (não vale previews).
Digam uma aplicação que eu posssa descarregar para teste feita em .NET.
Já instalaram o C# Builder .NET? Eu já, leva mais tempo a instalar que um win2K, e depois... estoira.
[/list:u:147f94ddb9]
Gostaria de saber se o .NET tem um ambiente IDE/RAD com as seguintes caracteristicas:
[list:147f94ddb9]Gera código nativo x86 para win32 ou Linux.
100¬ R.A.D.
90¬ das funções são feitas sem escrever código.
Vem de origem com todos os componentes necessários para desenvolver a maior parte das aplicações.
Tem de ser altamente estavel.
Tem de ter poucos bugs devido á grande maturidade do programa.
Possuir + de 2000 componentes de grande qualidade e para todas as aplicações, todos grátis.
Ter uma (grande) comunidade que se entreajuda sem objectivos meramente comerciais.
Os componentes comerciais teram de ter a mesma qualidade dos da DevExpress, LMD, TurboPower.
Varios geradores de relatorios á escolha, incluido o Report Builder que é superior ao Cristal Reports.
Suporte nativo para pelo menos uma base de dados SQL em Open Source com arquitectura cliente/servidor.
Suporte nativo (sem ODBC) para Oracle, Interbase, MySQL, Advantage, PosgreSQL, DB2.[/list:u:147f94ddb9]
Responder Delphi 7 não vale.

[b:147f94ddb9]Conclusão[/b:147f94ddb9].
O .NET e a forma como está a ser apresentado á pessoas é um sintoma de que MS está preocupada com oo seu futuro, pois sabe que o Linux e
a sua filosofia são o futuro, não se trata aqui de questões politicas, é pura e simplemente um questão de liberdade de escolha, estrategias
comerciais, maior ou menor capacidade de desenvolvimento, custos!
E é o que assusta a MS: podermos fazer uma aplicação que pode correr num computador sem windows, por isso foi dito á Borland para abandonar o
win32 e o Linux, por isso temos que ´() abandonar completamente um conceito que vem sendo utilizado nos últimos quinze anos e
substituí-lo por algo inteiramente novo ()´ o notNET claro!.

Em relação ao futuro do Delphi meus amigos, tomara nos todos termos saude para continuarmos a programar em Delphi/Kylix para win32/Linux, pois
vamos ter muito trabalho, o resto e até prova ao contrario é mais uma moda. :twisted:

P.S.:
() benefícios que a MS trouxe para o mundo computacional

Quais? Diz só um P.F.


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

escrito por um elemento ´participante de um desses seletos grupos (chamados células .NET)´. Cabe a quem o lê cair ou não no conto do bandido.


Spriridiao,

Me parece que você não entendeu nada do que eu escrevi, pois em nenhum momento eu estou defendendo a Microsoft, muito pelo contrário: o que eu estou tentando fazer é alertar as pessoas quanto ao risco de embarcar no .NET.



EDITADO POR ZOOM


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Pessoal,

Me desculpem a grosseria, mas realmente não deu para aguentar...


GOSTEI 0
Rafael Heise

Rafael Heise

28/11/2003

Bom pessoal, eu acho que agora a conversa está ´esquentando´ demais. Acho sinceramente que não precisamos nos tratar assim. Não estou dizendo que está errado e quem está certo. Estou dizendo que ninguém deve falar de ninguém, afinal, somos ou não uma ´comunidade delphi´???
pois é, do meu ponto de vista, o .NET entrou no mercado com a ´cara do windows´ uma porcaria mas todo mundo vai usar. Mas será mesmo?
Eu acho que muita coisa que a Microsoft já fez é boa, ou você vai me dizer que o excel é uma porcaria?
sabe, eu já pensei muitas vezes sobre isso, e me diga. Para um usuário leigo, um iniciante da informática, é mais fácil aprender a mexer no windows ou no linux? é mais fácil instalar um windows ou um linux? se vocês não viram, a RedHat está fechando as portas. Pararam o projeto RedHat (para os que não sabem um dos sistemas linux existentes no mercado) e darão suporte para os atuais usuários até março de 2004 e então fecharão todas as portas. O mundo linux é boa? Como já foi dito, não é estável, e muita coisa cresce, entra no mercado e sai a toda hora, como foi dito.
E me respondam. se você tivesse uma grande empresa, com muitos computadores. E você não pudesse para 1 minuto sequer. Digamos que você tenha um porto, controlado por computadores. E 10 minutos parado significa muito mas muito dinheiro jogado fora. Você optaria por colocar um sistema linux, instável e sim suporte, ou um sistema windows não tão instável, mas que tem pra quem ligar e eles TEM de resolver seu caso pois você paga por isso?
Então, tudo é um questão de análise de caso. Se sua empresa não é tão grande, e sua perca é aceitável no caso de uma parada momentânea por falha no sistema, beleza, usa linux. Caso não, comece a pensar no caso de um pago onde tenha um telefone pra quem você possa ligar e cobrar uma solução rápida e eficaz.
Pois é pessoal, e o .NET, onde entra nessa história? Só acho que o que todos vem falando sobre isso é também verdade, mas muita coisa bem mudando. Pelo que eu sei, o .NET da Borland vai entrar primeiramente com windows, mas existem planos para portar para também linux (kylix no caso), ou vocês acham realmente que a Borland iria simplesmente abandonar uma comunicado que está se estabilizando apesar dos pesares? Eu sei que tem muito disso, do dinheiro estar envolvido, e que o que mais se avalia em determinados casos é isso. Mas acho que a Borland sempre foi boa no desenvolvimento de tecnologias de ponta, onde seus usuários sempre ficam surpresos com os resultados (mesmo não sendo o esperado). Quando fizeram o kylix, muita gente não ´pos fé´ nele, mas depois acabaram dando o braço a torcer pois viram que realmente funcionava. E agora com o .NET não vai ser diferente. Muitos são contra, muitos são a favor.
Numa empresa onde é desenvolvido Client/Server e WEB, .NET é muito interessante. É mais estável que PHP, é mais fácil de desenvolver, e se já é feito com Delphi os Client/Server, com .NET da Borland, muita coisa não precisará ser refeita, e ainda poderá ser portado ´facilmente´ para WEB. Então o ganho será grande. E depois, se sua aplicação Client/Server desenvolvida em Delphi, que compila também em Kylix, você passar ele pra .NET e então usar no Linux como WEB, qual seria a diferença. Se você for pensar, até será melhor, pois o ´lance´ do momento é WEB, e os Client/Server estão indo. Se você analisar o mercado, é para a WEB que tudo está se voltando. Comércio, aplicações internas, pois com a globalização tudo tem de estar em todo lugar, e pra que coisa melhor que acessar tudo da sua casa ou de qualquer cyber café independente de onde você estiver as coisas na sua empresa para resolver uma pendência super importante que apareceu fora de hora. Quão melhor é você acessar tudo da sua ADSL em casa (que é a moda agora e está tudo tão prático e fácil pra ter) ao invés de ter de ir até a empresa que pode até estar longe pacas da sua casa.
Então, eu vejo isso como um ganho e uma perca temporária para todos.
Acredito muito que o projeto Kylix não será abandonado realmente. Talvez apenas uma pausa. É um bom projeto que está seguindo as têndências do mercado (open source/linux) e que a borland irá continuar e fazer todas as devidas alteração no .NET windows para poder portar para linux. Então, acho que devemos apenas esperar, e ver o que realmente será melhor.

Na empresa que trabalho, avaliamos por meses o .NET, para saber se seria uma boa opção de escolha para portarmos nossos aplicativos, e vimos que seria uma boa opção pois ganhou em estabilidade, velocidade e reaproveitamento de código (usa realmente direcionado a objetos, com encapsulamento, hierarquia de classes, etc...). E de delphi para c#, nem muda tanta coisa assim, apenas a linguagem em sí. Então, não estou dizendo que sou 100¬ a favor do .NET, mas também não sou 100¬ contra. Vejo que se for realmente investido, será muito bom para todos, pois assim está padronizando muita coisa que hoje é ruim. Então, o que posso dizer sobre isso. ESPERAR. Apenas esperar, e ver o que realmente vai acontecer. Se as grandes empresa (microsoft, borland) estão investindo nisso, não devemos simplesmente esquecer o que já fizemos e começar tudo de novo, mas sim parar, pensar e analisar, pois independende do que eles pensam, quem decide se fica ou não no mercado somos nós, programadores (ou consumidores como queiram chamar). Devemos é nós, analisarmos, discutirmos, e ver o que realmente nos interessa. Se algum dia abandonarem o delphi, não faltará empresa ou pessoas programando em Delphi, assim como existem até hoje pessoas programando em COBOL.

Então, que possamos parar, pensar, analisar e ver o que realmente é melhor para nós. Ou você acha que se a programação orientada a objeto não fosse realmente boa, teriam investido tanto e teria tanta gente programando nela? Simplesmente seria como o Betamax entre outros que não foi aceito pelo mercado.

É isso ae, espero ter contribuido com essa discussão que podemos fazer com que seja proveitosa para todos, independente da idéia que cada um tem sobre o .NET.


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

É isso aí, zerneo!


Eu concordo bastante com o que você disse, e acho que realmente cada caso é um caso. O Linux, é aquela coisa, já nasceu morto - infelizmente. Eu adoraria ver o Linux forte e poderoso brigando saudavelmente para a par com a Microsoft: isso seria bom para todos (até para a MS que teria que aprimorar o Windows para que as pessoas continuassem a querer comprá-lo a despeito de haver um oponente digno e grátis no mercado).

Gostaria de deixar registrado aqui, para os Linuxistas, que não sou anti-Linux e nem pró-Windows. Eu apenas faço uma observação crítica e analítica da situação. Quando eu digo que o Linux é um Unix que quer ser Windows, por favor, não me levem a mal: eu, como vocês, também acho que o Windows é uma m..., mas infelizmente, ainda é a m... menos m... que tem por aí.

Fazer o que? Infelizmente a gente tem que nadar a favor da correnteza para não morrer afogado. A MS, devido ao seu poderio acabou com as chances de competição de todo o mercado. A coisa chega a um ponto tão absurdo, que, hoje, a MS possui parte das ações da Apple (de quem roubou a idéia do Windows e responde um processo até hoje), e sabem por que? Para mantê-la morta-viva, pois se a Apple falir de vez ficará configurado o monopólio da MS, e isso a deixará numa situação legal muito complicada devido a lei anti-truste americana... Pois é, amigos, rapadura é doce mais não é mole não! Essa é a realidade do mundo em que vivemos.

Quanto ao .NET, eu só fico triste porque eu gostaria de acreditar mais no sucesso dessa idéia, mas realmente não consigo Infelizmente, nos últimos anos eu tenho visto as empresas ´meterem os pés pelas mãos´ e acabarem perdendo uma boa oportunidade de crescimento tecnológico (e com isso nós é que perdemos mais) por pressa em ganhar a corrida do mercado. Como eu disse no meu artigo, e você endossou, a coisa é ESPERAR e ir pisando devagarzinho.

Isso aí, pessoal! Participem!

Obrigado!


[u:48fcc9aaac]EDITADO POR ZOOM[/u:48fcc9aaac]


GOSTEI 0
Espiridiao

Espiridiao

28/11/2003

Eu acho que muita coisa que a Microsoft já fez é boa, ou você vai me dizer que o excel é uma porcaria?

Eu perguntei por inovações feitas pela MS! O Excel é excelente, mas tambem é uma cópia do 123/quatro/symphony.

Digamos que você tenha um porto, controlado por computadores. E 10 minutos parado significa muito mas muito dinheiro jogado fora. Você optaria por colocar um sistema linux, instável e sim suporte, ou um sistema windows não tão instável, mas que tem pra quem ligar e eles TEM de resolver seu caso pois você paga por isso?


Claro que só instalava Linux, mas atenção não sou eu que o digo/faço, são os Bancos, Seguradoras, sites de e-commerce, correctoras, gasolineiras, cadeias de hoteis, etc.

Linux==instavel ;
quem é que diz o isso ? :lol: :lol: :lol:

Linux !suporte;
tem o melhor suporte do mundo, somos milhões de utilizadores, milhares de documentos, e sobre tudo não existe nada no Linux não documentado,
sabe como a tal chamada á API que devia funcionar e não funciona e Ms não diz porquê.

Quanto ao assunto do .NET aconselho a leitura deste documento:[url]http://www.pbs.org/cringely/pulpit/pulpit20031113.html[/url]


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Claro que só instalava Linux, mas atenção não sou eu que o digo/faço, são os Bancos, Seguradoras, sites de e-commerce, correctoras, gasolineiras, cadeias de hoteis, etc.

Só se for em Portugal. No Brasil e no resto do mundo, as grandes corporações vão de Windows mesmo - que o diga o novo 2003 Server que está arrebentando... :lol: :lol:


Linux !suporte; tem o melhor suporte do mundo

Tem 0800????



Um abraço, galera! 8)


GOSTEI 0
Alaubr

Alaubr

28/11/2003

Sinceramente concordo com voces quando falam que temos que esperar mais para investir no .NET.
Mas definitivamente não concordo quando dizem que o linux é instável e que é como muita coisa que cresce, entra no mercado e sai a toda hora. O projeto Linux vem de longa data e está cada vez mais consolidado no mercado. Não fosse assim, não teríamos empresas como a Oracle investindo cada vez mais dinheiro no Linux. Não teríamos banco de dados Oracle enormes rodando muito mais rápido no Linux do que no Windows. Isto é resultado de um investimento que vem sendo aplicado, não só pela Oracle, mas por muitas outras gigantes do ramo.

Deixo aqui minha opinião.

Alau.


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi pessoal,

Eu acabei de ler um interessantíssimo artigo, cujo link eu encontrei na mensagem do espiridiao :? ,que fala sobre uma possível super-conspiração da Microsoft no sentido de criar uma nova tecnologia em processadores, em que tudo o que já foi criado até agora seria incompatível... mas... a MS teria já desenvolvido um emulador PC que manteria a compatibilidade, rodando, é claro sob a plataforma .NET.

Alguém aí acredita nisso?
Bem, eu acho isso um tanto fantasioso, mesmo porque embora a MS seja uma empresa poderosa, não creio que possua esse poder de fogo todo. Além do mais, a Microsoft tornou-se com os anos, vítima de si mesma: hoje existem tantos PCs baseados na plataforma x86 rodando Windows, que se a MS fizesse uma coisa dessas acredito que apenas meia dúzia de gatos pingados entrariam na roda, e provavelmente muita gente continuaria rodando os mesmos computadores com os mesmos softwares durante algum tempo, simplesmente ignorando os upgrades - até que, é claro, o mercado se tocasse da mancada e voltasse atrás.

Afinal, upgrade não é mais algo tão importante hoje em dia. Recentemente li um artigo do John Dvorak onde ele dizia que nunca se fez tão pouco upgrade como atualmente. Nos dias de hoje, parece que a única coisa que interessa é comprar um HD maior, pois os PCs já atingiram uma margem de processamento/capacidade plenamente satisfatória capaz de permitir que qualquer usuário doméstico rode aplicações pesadas que no passado eram exclusividade de supercomputadores como editar imagens em alta resolução, áudio e vídeo, e assim por diante. Sendo assim, para que ficar fazendo upgrade? Para que gastar dinheiro à toa?

Eu acredito sim, que toda essa movimentação .NET e assemelhados são uma manobra para obrigar as pessoas a voltarem às lojas e abrirem suas carteiras. Pensem bem: se você tem um computador muito bom, rodando Windows XP (que é bem estável e rápido) e programando em Visual Basic 6 ou Delphi 6/7 que são duas linguagens super-competentes que dão conta do recado direitinho e fazem TUDO o que você quer... agora me diga: você vai comprar uma nova versão da linguagem, do Windows, ou melhorar sua máquina, [b:e2ddc17a93]pra quê[/b:e2ddc17a93]?????

Ou seja: a coisa toda praticamente já chegou no ponto máximo, e não há o que melhorar mais. A prova disso é você pegar por exemplo as últimas versões dos programas atuais e comparar com duas, três ou até quatro versões anteriores e perceber que o básico a que o programa se propõe a fazer não melhorou em nada, apenas foram incluídas perfumarias. Eu não programo em Delphi há tanto tempo, mas já pelo menos uns cinco programadores me disseram que a única diferença da versão 3 para cá são novos componentes, pois a linguagem em si praticamente é a mesma.

Aí o usuário começa a perceber esse tipo de coisa e se perguntar por que desembolsar centenas de dólares anualmente para atualizar seus sistemas, a não ser engordar a conta bancária das softwarehouses. Embora todos compreendamos que o mundo necessita girar dinheiro e que essas empresas geram milhares de empregos para pessoas como nós, é desagradável imaginar que se está gastando dinheiro por nada, não é?

Bem, então os caras da Microsoft chegam e inventam a tal da .NET, e tentam com isso fazer com que a gente acredite que ela é algo que valha a pena investir em novos upgrades. Mas isso também é chato, porque mesmo que o .NET seja bonito, gostoso e maravilhoso, o que ele traz de vantagens [b:e2ddc17a93]reais[/b:e2ddc17a93] para nós, que os nossos computadores e softwares já não fazem hoje?

Você quer um computador rápido? Os nossos já são! Você quer linguagens de programação poderosas e completas? Já temos! Você quer multimídia profissional no micro da sua casa? Também já tem!

Bem!!!! Viagens na maionese à parte, mesmo assim, vale a pena ler o tal artigo. Ele é assustador e faz-nos sentir como se estivéssemos dentro de um desses filmes passado em um futuro pós-moderno onde uma grande e única corporação dominou todo o mundo. É no mínimo desconfortável pensar nisso. Parece ser quase tão terrível quanto imaginar que Matrix pudesse ser real. Ou será que é???

O artigo está em:

[url]http://www.pbs.org/cringely/pulpit/pulpit20031113.html[/url]

Um abraço, galera!


GOSTEI 0
Rafael Heise

Rafael Heise

28/11/2003

Bem, que o linux tem muita documentação, e tem uma comunidade muito grande, isso eu não discuto. Mas me diga. Se você tem um porto, e você sendo um empresário e não um programador, não conhecedor de linux, apenas procurando um sistema que possa rodar seus computadores e botar sua empresa pra trabalhar, você se arriscaria com o linux, sabendo que se você quer resolver alguma coisa, você mesmo é quem vai ter que correr atrás? As empresas atualmente não pensam tanto em dinheiro que vão investir, e sim nas possíveis perdas de um investimento errado. Se eles precisam gastar alguns milhares para ter um sistema que, caso ocorra qualquer problema, eles possam processar alguém e cobrar o funcionamento do mesmo imediato, eles farão. E acredito que se você fosse o dono, faria isso também. Não é tão fácil assim simplesmente chegar instalar, e qualquer problema reinstala tudo. Apesar do linux estar se consolidando no mercado, e por seu tempo de atuação, ele ainda não está TOTALMENTE consolidado. Apesar de muitas pessoas estarem usando linux e ser agora o investimento, as grandes empresas investem em coisas que eles sabem a quem recorrer. Se você instala linux gratuitamente, você terá que correr atrás sozinho da documentação e tudo mais para resolver seus problemas. Uma empresa grande não quer isso. Quer que venha alguém, instale, e qualquer problema venha arrumar. Então, acho que seus comentários não estão sendo muito construtivos para a comunidade.

Quanto ao excel, me diga, quantas empresas copiam as coisas uns dos outros? Só a MS? Eu acho que não. Até você, se desenvolve um sistema, se baseia em outros programas. Afinal, para tudo deve existir um linha padrão. E se o Excel se baseou nas qualidades do 123/quatro/symphony
fico feliz por ter dado certo. Se os 3 não conseguiram fazer tudo de bom, a MS conseguiu, assim como se você fizesse um sistema em cima de outros 3, e o seu fosse melhor que os 3 por ter usado os 3 como modelo. Não estou defendendo a MS. E sei que tem muita coisa que não funciona direito. Mas atualmente, o mercado é esse. É muito mais fácil instalar o windows, usar o windows. A praticidade do SO é que estraga com ele. Se ele não fosse um sistema tão prático, talvez seria como o linux. Sei que o linux é baseado em unix, e sei que a comunidade vem melhorando ele a cada dia. E acho isso uma idéia ótima. E espero de verdade pelo dia em que eu poderei pegar um CD do linux, e instalar e usar como se fosse o windows, porque você não pode me negar, o windows é realmente prático para diversas coisas. Muita coisa do linux tem que ser feita via command ou se existe alguma coisa gráfica, é complicadinho de fazer. Eu conheço o linux, já usei e sei que as coisas vem melhorando a cada dia. Mas na minha opinião, o Linux não está preparado para uma grande empresa que precisa ter uma solução rápida para qualquer problema. Sei que ele é bem mais estável, seguro (técnicamente) mas não existe ninguém atrás de uma mesa para quem você possa reclamar. E esse é o problema.
Não quero discutir se é bom pra mim ou não, quero que esse debate seja para crescimento de todos que estão lendo. E que cada um possa aprender um pouco mais com tudo isso!
valeu


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi galera!

As mensagens têm sido muito legais até agora, mas eu percebi que o assunto se desviou da linha principal, e meio que virou um debate sobre quem é melhor: Linux ou Windows?

Embora cada um tenha suas opiniões (e gostos pessoais) a respeito de um ou outro sistema operacional, acho que esse é o tipo de discussão sem fim, pois tanto o Windows quanto o Linux possuem suas vantagens e desvantagens em relação ao outro. Cada caso é um caso, e nosso objetivo não é falar mal (ou bem) de um ou de outro.

Na verdade, nossa preocupação aqui é saber o que vai acontecer especificamente com o Windows a partir da plataforma .NET. Na verdade o Linux só entrou nesse debate por causa da questão de compatibilidade Delphi/Kylix, que, como um companheiro muito apropriadamente comentou, não chega a ser um fator relevante - cada um deve ser considerado como uma linguagem autônoma: o Delphi é o Delphi e o Kylix é o Kylix.

Voltando ao .NET, já se passaram três dias desde o Tech Weekend e até agora não vi ninguém opinando sobre o assunto e trazendo novidades do que foi falado sobre isso lá.

Um professor meu que lá esteve, disse que estavam torrando o Delphi 8 (.NET) por R$ 900 para quem tivesse o 6, e ainda levava o Delphi 7 de brinde. Ele, inclusive comprou uma cópia.

Estou curioso para saber a real posição técnica da Borland perante tudo isso, pois ainda não vimos nada de concreto. Me parece que a mesma está ´indo na onda´ meio que a contragosto porque fica difícil peitar a MS com todo o seu poderio econômico. Quero dizer que, penso que se fosse pela vontade da Borland nada disso estaria acontecendo.

Agora, saindo um pouco da dobradinha MS-Borland fico pensando nas outras empresas que desenvolvem software como Corel, Adobe, Sybase, Autodesk, etc. Como será que essas estão vendo a coisa toda, afinal elas utilizam linguagens de programação (provavelmente C++) e não devem estar nada satisfeitas de pensar em ter que migrar a sua tecnologia para a nova plataforma.

E não me falem de utilitários de migração, pois a própria MS já falou que o ´migrador´ VB para VB.NET não funciona direito. Imagine o resto...

Eu já tive oportunidade de olhar o VB.NET e não tem nada a ver com o VB 6: a sintaxe, a declaração, os módulos, é tudo diferente. Imagino, que, por conta da compatibilidade o mesmo deverá ocorrer no Delphi e nas outras linguagens também.

Sinistro!!!!!


GOSTEI 0
Beppe

Beppe

28/11/2003

Você mesmo disse que o Delphi não mudou nás pultimas versões, e agora não quer que ele mude.

Se for para aperfeiçoar a linguagem, a mudança é bem vinda.


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Ô Ataliba,

Cara, você é econômico em seus comentários, mas desta vez se superou!
Você não acha que está generalizando em pouquíssimas palavras tantas coisas que eu falei? Será que meu texto, em suma, só diz isso?

Aliás, não foi exatamente isso que eu disse, foi?

Eu não programo em Delphi há tanto tempo, mas já pelo menos uns cinco programadores me disseram que a única diferença da versão 3 para cá são novos componentes, pois a linguagem em si praticamente é a mesma.


Quem me disse isso foram outras pessoas, não é uma afirmação minha.

Se for para aperfeiçoar a linguagem, a mudança é bem vinda.


Você está coberto de razão, mas quando abordamos a plataforma .NET, não estamos falando em aprimoramento de linguagem, mas em uma possível mudança que nos faz questionar sua real necessidade. Eu acredito que essa mudança seja muito mais para atender as necessidades da Microsoft do que as dos usuários, pois como já comentei em um dos meus posts, os computadores, linguagens e SO já estão tão satisfatórios que talvez essas mudanças tenham chegado atrasadas. Acredito que hoje, o .NET mais vai atrapalhar do que ajudar.
Quanto ao Delphi (bem como o VB) que chegaram na versão 6 e já estão supermaduras como linguagens, pense bem, será que tem algo tão relevante a se mexer nelas? Será que as mudanças impostas pelo .NET não vão tornar instável o que já estava 100¬ resolvido?

Sei lá, eu ouço falar tudo de bom do Delphi. Quanto ao VB, embora não seja OO (a parte de classes é um lixo), fora isso a linguagem é excelente: roda rápido, é estável, fácil, funciona.

Resumindo, para você Ataliba que gosta de economia verbal: vale a pena mexer em time que está ganhando (e ganhando muito tipo de 1000 a zero)?????


GOSTEI 0
Mente

Mente

28/11/2003

Tenho uma dúvida que ainda não encontrei resposta.
Se Win32 tem seus dias contados (nas palestras da Microsoft e Borland foi dito isto), como poderei desenvolver para um servidor de aplicação, já que COM+ é genuinamente Win32, não sendo portada para a Plataforma .Net.
Tive uma resposta que me deixou chocado. ´Por inquanto, o desenvolvimento em .Net, é client/server´
Queria ter uma visão de onde (em que componente .Net) desenvolver meus componentes de aplicação com gerenciamento (container) para métodos, pool de conexão, pool de métodos, etc...

laercio@digirio.com.br
www.digirio.com.br
(21) 2233 8967


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi Mente,

A Microsoft tem dessas coisas: decretou a ´morte´ do Win32 mas não mostra o caminho das pedras.

É importante, contudo, não se apavorar. O fato de a MS ter ´matado´ o Win32, isso é lá para eles. Não se esqueça que existem milhões e milhões de computadores com Windows 95/98/ME/XP/2000/NT rodando no mundo e eles estão bem vivos, rodando bilhões de aplicações escritas para Win32.

Isso quer dizer que, embora ´morto´, os ´zumbis´ de 32 bits ainda continuarão vagando pela Terra por bastante tempo.

Mesmo porque, muita gente ainda vai continuar desenvolvendo para Win32 (eu por exemplo, sou uma dessas pessoas).

Como eu já comentei em uma mensagem anterior, os computadores, linguagens e o próprio Windows já chegaram num ponto tal de evolução que já são plenamente satisfatórios (não digo que são perfeitos e não têm problemas, mas que atendem perfeitamente ao que se necessita) e, falando por mim, eu poderia utilizar o meu atual computador com os mesmos programas que eu tenho instalados aqui pelo resto de minha vida, e todo feliz! Ou seja, não acho que as novas versões agreguem tanta vantagem em relação às versões anteriores hoje em dia, porque há muito pouco a mais para se fazer. Antigamente não, quando se lançava algo novo era sempre fenomenal, porque os computadores eram ruins e os aplicativos muito sofríveis.

Como eu, acredito que muita gente pensa da mesma forma. Então, por que vou mudar para uma nova plataforma que vai me permitir continuar a fazer a mesma coisa que eu já faço hoje, mas apenas de maneira diferente?

Como eu sei com certeza que não há nada milagroso que se possa fazer em .NET que o Win32 já não faça... fica difícil né?

A única coisa que pode realmente acontecer (e é o mais temeroso) é se os fabricantes de hardware deixarem de fabricar componentes compatíveis com o Win32. Aí, vai chegar uma hora que você não vai ter mais como comprar peças de reposição para o seu computador e vai ter que partir para um ´computador .NET´ que só roda .NET. Aí já era, é upgrade à força. Isso tem acontecido nos últimos anos com as memórias, já percebeu? Conheço um monte de gente que tem excelentes computadores XT, 286, 386, 486 e Pentium-S rodando antigas aplicações em DOS (escritórios de contabilidade, etc) que se vêem obrigados a fazer upgrade porque não conseguem encontrar memória para substituir as que se desgastam com o tempo.

Na realidade, embora exista uma legislação internacional que obriga a fabricação de peças de reposição para qualquer equipamento até 10 anos após a venda de sua última unidade, isso não é cumprido. Pelo menos não no mercado de informática.

Queria ter uma visão de onde (em que componente .Net) desenvolver meus componentes de aplicação com gerenciamento (container) para métodos, pool de conexão, pool de métodos, etc...

Não há resposta para isso, pois posso apostar que alguns desses nem foram escritos ainda pela MS. Portanto, meu ´camagada´ é isso aí... :?

Por outro lado, como não vamos ficar parados e feito avestruz com a cabeça metida em um buraco, precisamos acompanhar as tendências. Mas... bem devagarzinho, com bastante cuidado e atenção...


GOSTEI 0
Rfpsatin

Rfpsatin

28/11/2003

Nossa, como vc´s escrevem rs... o povo q datiligafa rápido rs...

Bom, deixa eu fazer meus coméntários tb rs...

Olha, não sou defensor do linux, apenas gosto dele. Todas as pesquisas mostram o crescimento maior do linux em sistemas cooporativos hj em dia. A M$ vem perdendo mercado sim neste setor e vem perdendo muito. Agora a nível de desktop, aff, tem usuário q é tão burro, tão burro + tão burro q não sabe lem ligar o PC. Contudo, há empresas sérias por ae que estão convertendo sua plataforma p/ LInux sim, estou mentindo? O linux vem crescendo, não esta morto e nem perto de morrer. Basta olhar o ´fusão´ q conectiva, suse e + alguns outros estão fazendo p/ lançar um ´bom´ concorrente.
De fato o bom do linux é p/ ambientes corporativos, servidor de aplicação, para desk-top ele tem muito o que crescer + ele vem fazendo isso e quem viver vera. Eu particularmente torço p/ isso.

Qto a usar .net ou não usar, eu por enquanto opto por não usar. É necessário um estudo profundo de todas as viabilidades para ´converter´ as coisas assim. Imagina vc converter seu sistema p/ .NET e a M$ lança outra versão que é incompativel (igual ocorreu com a 1.0 p/ a 1.1) e vc ter q reescrever tudo denovo ;-)

O Delphi tem q acompanhar as coisa, lógico, tem q sobre enovações, ficar parado no tempo fixa FoxPro, clipper...

Agora, abandonar CLX é q foi a grande queixa, doeu o coração rs...
+ temos que lembrar que há 2 promessas.
1. enovações ano que vem no D7 p/ clx e tudo +
2. possibilidade de torna-lo open-source como o interbase.

Interbase foi uma bela jogada da borland, eles precisavam alavancar a sua participação em sistemas Open e tudo começou com o IB6. Bem, que sabe por bondade eles não liberam o Kylix (acho difícil, ainda + com a M$ por traz)

Eu ainda vou continuar com o bom e velho win32 e brincar com o .net, lógico, agora deixa abrir um parenteses.

(J A V A)

É, já ta no mercado a pelo menos 6 anos com J2EE e já esta testado o suficiente e é seguro blablablabla (desculpem, amo java ;-))

Vou postar aqui um pequeno comparativo feito por um colega sobre
.NET e Java, já havia postado antes + parece q sumiu. Talvez ajude a vc´s em alguma coisa.

abraços pessoal.



Não sei se vocês sabem, mas meu "background" de instrutor começou com o VB 3, passando para o VB4 e 5, em paralelo com Delphi 2 e 3. 

Foi quando em 2000, vi uma luz divina e quando me aproximei dela, sai uma voz bem baixinha dizendo: "Aprenda Java, pois essa tecnologia é muito boa, e foi criada sem as falhas das outras!". 

Comparando a linguagem C# com Java, vemos que as duas são muito similares e têm os mesmos conceitos de Objetos. Não vamos esquecer que o Java nasceu primeiro. Infelismente o C compilado não é tão seguro como o ByteCode Java. Java 1 X .NET  0; 

Comparando a linguagem VB.NET com Java, vemos que são bem diferentes, mas com os mesmos conceitos de Objetos. Infelismente os programas VB 5 e 6, devem passar por processo de migração que despenderá muito esforço e dinheiro das empresas que usam VB. Ponto para o Java. Java 2 X .NET 0; 

Comparando a arquitetura do .NET com J2EE, vimos que são bem similares, mas a evolução e melhorias da J2EE são bem marcantes. Infeslimente o .NET só roda em ambiente Micro$oft e Intel, e os aplicativos Java são totalmente "cross-platform". E sabemos das limitações de escalabilidade dos Sistemas Operacionais Windows e da plataforma Intel. Ponto para o Java. Java 3 X .NET 0; 

Comparando o Studio .NET com as outras IDEs Java, dou um ponto para a Micro$oft, pois o que eles sabem fazer são as IDEs. Java 3 X .NET 1; 

Comparando as Específicações do JCP e da Micro$oft. Mais uma vez a Micro$oft pizou na bola, quem estava escrevendo softwarte baseado no .NET 1.0 teve de migrar o código fonte para o .NET 1.1 e recompilar novamente todo o projeto. Ponto para o Java pela preocupação constante com a compatibilidade. Usar Java/J2EE diminui drásticamente o ROI (Return Of Investiment). Java 4 X .NET 1; 

Comparando a capacitação . Vimos que a Micro$oft em seus produtos educacionais não está nem um pouco preocupada em ensinar OO, OOP, UML, OOAD, e sim em ensinar .NET Studio. Ou seja, mais uma ves pizou na bola, pois mesmo com o C# ou VB.NET, com todo o seu poder; os desenvolvedores vão continuar escrevendo software sem qualidade e com grandes quantidades de falhas em modelos e integrações. Ponto pro Java que tem como premissa aprenda OO antes de aprender Java, entenda o mundo distruído antes de conhecer a J2EE. Java 5 X .NET 1; 

Comparando o número de profissionais capacitados no mercado, o Java já ultrpassou o VB e até o C++, ou seja, mais uma vez a tecnologia Java, que adotou padrões e modelos já consolidados para o desenvolvimento das especificacoes, teve uma aceitação nunca vista na comunidade mundial. Ou seja, os maires e melhores fabricantes de software adotaram Java/J2EE, o que nos permite escolher desde o modelo de implementação, passando pelos produtos que serão utilizados, até mesmo pela qualificação dos profissionais (a certificação da Sun é séria). Mais uma vez ponto pro Java. Java 6 X .NET 1; 

Comparando o custo médio de construção e ambiemte de execução de software. A Micro$oft, investiu muito dinheiro nos seus produtos .NET, sem falar que no Windows, o ApplicationServer já vem de graça. E devido a pouca qualificação técnica de quem já conhecia VB, fazia software 2-camadas, e está migrando para o .NET, e impulsionado pelo .NET Studio e suas facilidades, o custo de desenvolvimento e produção de aplicativos Micro$oft é mais barato, apesar da pouca qualidade. Empate, pois mesmos com custo superior, a qualidade do desenvolvedor Java é bem superior. Java 7 X .NET 2; 

Acho que são considerãções que vão além das tecnologia, e que na maioria das vezes são levadas em consideração pelos "DecisionMakers". E por isso, gostaria de saber para quem da iMaster posso mandar um email criticando a qualidade de seus artigos. 

Grande abraço.
_________________
Oziel Moreira Neto 
www.oziel.com.br 

Sun Certified Trainer 
Sun Certified Developer for Sun ONE Application Server 
Sun Certified Web Component Developer for the Java 2 Platform, Enterprise Edition 
Sun Certified Java Programmer



GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Em resposta ao artigo do Oziel Moreira citado pelo colega RFPSatin, eu já tinha inclusive falado isso em uma de minhas mensagens anteriores. Realmente o JAVA é uma grande pedida.

Eu estou apenas começando a aprender os primeiros passinhos mas pelo que eu tenho lido por aí, é bom mesmo. Descobri recentemente que, o mesmo fonte Java pode ser compilado para gerar um executável (é claro que neste caso perde-se a portabilidade) que roda tão rápido quando o C++, ou seja, cerca de 50 vezes mais rápido que o Java interpretado. O mais legal de tudo, entretanto, é que, seja para compilá-lo na forma de executável ou seja para deixá-o como código objeto para ser rodado pelo JVM o fonte é o mesmo, em qualquer SO. Show, né?

Também já existem diversos ambientes de programação totalmente visuais do tipo drag-and-drop que permitem você ir colocando botões, edits, etc, igual Delphi e VB.

[size=18:1970c4fadf][color=red:1970c4fadf][i:1970c4fadf]Agora, só para chatear: acabei de saber que qualquer aplicativo escrito em VB.NET pode ser descompilado para fornecer todo o fonte... Será que o mesmo acontece com o Delphi???[/i:1970c4fadf][/color:1970c4fadf][/size:1970c4fadf]

Valeu!


GOSTEI 0
Wesley001

Wesley001

28/11/2003

Concordo plenamente com todos que criticaram a ´deixada´ de lado da Borland frente ao Kylix, eles em uma palestra sobre o novo Delphi Octane disse que só pararam de investir em Kylix por causa da falta de mercado. Sinceramente acho que é por causa de $$$$$$$$$$....


GOSTEI 0
Marcelo Saviski

Marcelo Saviski

28/11/2003

[size=18:2e0fc62553][color=red:2e0fc62553][i:2e0fc62553]Agora, só para chatear: acabei de saber que qualquer aplicativo escrito em VB.NET pode ser descompilado para fornecer todo o fonte... Será que o mesmo acontece com o Delphi???[/i:2e0fc62553][/color:2e0fc62553][/size:2e0fc62553]


não, li não sei onde que tem um componente no D8 que vc coloca no form, normalmente como faria com qualquer um, que faz com qua não seja possivel usar a engenharia reversa no software

vou ver se encontro a fonte progenitora de tal informação (bonito não :?: )


GOSTEI 0
Rfpsatin

Rfpsatin

28/11/2003

O próprio D7, agora não sei qual versão, já da a possibilidade de com o .exe vc ter todas as interfaces de volta, agora os códigos pelo que sei não faz não.

É negada, + estamos ae, com um baita pepino nas mãos.


GOSTEI 0
Beppe

Beppe

28/11/2003

Descompilar será possível, sim, como acontece com Java. IL é uma linguagem de mais alto nível comparado a assembly x86. Mas talvez um [b:1faa960734]for[/b:1faa960734] vire um [b:1faa960734]repeat[/b:1faa960734] e talz, mas o lógica pode ser retirada.

Como exemplo, tentei fazer uma transliteração do IL de uma rotina que fiz no preview do Delphi for .NET:

class function CharMap.GetArray(A1, A2: Char): ArrayList;
var
  V0, V1: Char;
  V2: ArrayList;
begin
  V2 := ArrayList.Create;
  V0 := A2;
  V1 := A1;

  if V0 >= V1 then
  begin
    V0 := V0 + 1;
    repeat
      V2.Add(Character.Create(V1));
      V1 := V1 + 1;
    until V1 = V0;
  end;
  Result := V2;
end;


Minha função original era:
class function Character.GetArray(FromChar, ToChar: Char): ArrayList;
var
  C: Char;
begin
  Result := ArrayList.Create;
  for C := FromChar to ToChar do
    Result.Add(Character.Create(C));
end;


Eu fiz isso à mão. Um processo automatizado pode reconhecer melhor a estrutura do programa.

O programa só não poderá ser descompilado se ele não contém mais IL, mas o real código de máquina. Isto pode ser feito com [b:1faa960734]ngen[/b:1faa960734].


GOSTEI 0
Wilder_lopes

Wilder_lopes

28/11/2003

Olá pessoal...

Passei boa parte da manhã lendo todos os comentários e venho parabenizar a todos pela excelente discussão, apesar dos excessos...

Eu também vejo algumas boas vantagens no .NET como por exemplo o trabalho em equipe.

Onde trabalho, por exemplo, temos uma boa equipe. Uns trabalham com C, outros com delphi, outros com ASP/VB e outros ainda com java.

O .NET possibilita uma maior integração de toda a equipe, uma vez que dentro do mesmo ambiente é possível trabalhar com a linguagem VB.NET, C#,J,DELPHI.NET(que já vira disponível no delphi 8), COBOL.NET etc... Ou seja, não será necessário treinamento específico para uma linguagem a depender do projeto.

É claro que acho arriscado demais migrarmos nossas aplicações atuais para .NET, assim como um novo projeto de grandes projeções. Mas acho muito válido que comecemos a dar uma atenção especial em proejtos menos por exemplo. Irmos aprendendo, errando e analisando melhor.

Digo isso, pois em projetos menores já comecei a utilizar essa nova tecnologia e fui completamente atendido.

Quanto ao linux, não acredito realmente que um dia vá dominar o mercado ou até representar uma fatia respeitável de usuários desktop. Muito pela maior complexidade e pouco suporte.

Bom gente... é isso aí...

Muito legal o debate... Parabéns a todos!


GOSTEI 0
Zoom

Zoom

28/11/2003

Pessoal, como estava muito legal a nossa discussão resolvi convidar o Leonardo Tolomelli, da Microsoft, para nos dar a visão de sua empresa, esclarecendo pontos que não estão ainda bem entendidos e respondendo questionamentos que foram levantados em nossa discução.
Uma coisa que julgo importante dizer é que o Leonardo não é frequentador de nosso fórum, portanto não adiante perguntar aqui que ele não vai estar ´on line´ para responder. Sua participação resume-se a esta tema.
[]´s a todos e eis as respostas:




Escrevo este texto para esclarecer alguns pontos abordados no tópico “A plataforma .NET e o futuro da programação”, iniciado por Yan Kleber de Moura. Pretendo elucidar alguns pontos com relação à plataforma .NET e quais são os reais objetivos em desenvolver soluções para esta tecnologia, conforme as afirmações abaixo:

- “O grande trunfo dessa nova tecnologia está em tentar eliminar as famigeradas DLLs de uma vez por todas, substituindo-as por uma única e grande biblioteca contendo todo o necessário para que qualquer aplicativo...”

O objetivo da plataforma não é eliminar as DLLs, até porque o conceito de bibliotecas dinâmicas continua existindo em .NET. Ao invés disso, foi feito um grande avanço na distribuição das aplicações com seus controles e DLLs, sem a necessidade de registro desses arquivos na nova máquina.

O .NET Framework é mais do que uma simples biblioteca, é um ambiente de execução mais seguro, confiável e escalável. Esse ambiente de máquina virtual oferece um gerenciamento de memória mais elaborado com a utilização de um garbagge colector (coletor de lixo), responsável por dispensar os recursos que não são mais necessários, liberando a memória utilizada pelo mesmo. Além disso, as aplicações construídas para o Framework são compiladas no momento de sua execução, otimizando a performance para o sistema operacional e processador da máquina atual.

- “... como toda nova tecnologia, o .NET estará sujeito ao sucesso ou ao fracasso...”

.NET é o novo modelo de desenvolvimento para a plataforma Windows, portanto uma evolução do Win32 (exemplo do Borland Delphi até hoje). Nada mais natural do que as ferramentas que trabalham com Win32 hoje migrem para a nova plataforma. No caso do Delphi 8 inclusive, o desenvolvedor precisa mudar muito pouco do seu código (quando é necessário mudar), para tirar proveito dos novos recursos da .NET.

Nossos estudos mostram que a migração para a plataforma está acontecendo a passos largos, com um grande número de empresas de software e corporações já desenvolvendo soluções em . NET. A plataforma já tem quase 2 anos de mercado, e é considerada madura, usada inclusive em aplicações de missão crítica de muitas companhias, como a solução do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) do Banco Santos ou do Banco Credit Suisse Frist Boston Garantia. Somente no site da Microsoft Brasil existem diversos casos de sucesso de empresas que estão tirando proveito desta tecnologia (http://www.microsoft.com/brasil/dotnet/cases/default.asp).

Quem teve a oportunidade de assistir a minha apresentação sobre .NET no evento TechWeekend na semana passada (ou no evento DevDays 2003 em São Paulo), pode conhecer um pouco mais do road map da plataforma daqui para frente. Uma das grandes novidades apresentadas foi o Longhorn, nome código da próxima versão do Windows XP, e que lançará ao mercado o WinFX, nova plataforma de desenvolvimento de software que tem por objetivo substituir por completo a plataforma Win32.
O WinFX é totalmente construído sobre o .NET Framework e a única maneira de desenvolver aplicativos para a nova plataforma de software (fazendo uso de todos os novos recursos do sistema operacional) será por meio de código gerenciado, ou seja, um aplicativo .NET. Portanto, a migração para o .NET Framework hoje já é uma preparação para tirar proveito dos recursos da futura plataforma.

Além disso, a plataforma .NET e o .NET Framework estão cada dia mais presentes em toda família de produtos Microsoft, permitindo fazer uso de suas classes a partir de qualquer linguagem .NET como é o caso do Delphi. O Office 2003 já possui classes gerenciadas voltadas para automação das funcionalidades da ferramenta de produtividade. A próxima versão do SQL Server terá um .NET Framework dentro do seu kernel, o que vai permitir a construção de Stored Procedures e Triggers usando as linguangens .NET ao invés do Transact SLQ de hoje.

Outro benefício da plataforma é oferecer o mesmo modelo de desenvolvimento de aplicações para Windows e para dispositivos móveis como Smartphones ou Pocket PCs.

- “É muito complicado pensar em substituir por completo uma tecnologia já tão enraizada na vida das pessoas...”

Em nenhum momento se fala em substituir por completo uma tecnologia. A nova plataforma trabalha em conjunto com o que já existe sem problema algum, inclusive fazendo acesso a componentes COM escritos em Win32 diretamente, e vice-versa.

As duas plataforma vão sim conviver por muito tempo. Mas isso não significa que os recursos da nova plataforma não sejam válidos e não criem benefícios para os desenvolvedores e usuários.

A .NET deve ser considerada para novas aplicações, ou no momento que for necessário uma grande revisão das aplicações atuais. Sair mudando todas as aplicações atuais não é uma boa solução. Até porque não se mexe em time que está ganhando.

- “... depoimento do diretor de tecnologia da plataforma .NET, em que ele afirmava que um programador de Visual Basic que pretendesse migrar para o VB.NET deveria ter em mente gastar pelo menos dois anos de sua vida no processo...”

Desconheço esse documento. Existe muito material disponível sobre o processo de migração, além de uma ferramenta dentro do próprio Visual Studio que realiza mais de 90¬ do processo automaticamente e ainda dá dicas ao desenvolvedor de como realizar os demais 10¬.

Muitos de nossos clientes possuem casos de programadores VB que em 4 a 8 semanas já estão totalmente produtivos na nova plataforma.


Espero ter esclarecido quaisquer dúvidas e confio que este texto despertará o interesse pela nova plataforma em muitos de vocês. Para quem quiser conhecer mais sobre a plataforma, o site MSDN Brasil (http://www.msdnbrasil.com.br) da Microsoft, voltado para desenvolvedores de software, possui muito material didático e documentos técnicos em português, além de grupos de discussão para tirar dúvidas mais profundas e troca de experiência com profissionais que estão trabalhando com .NET no dia-a-dia.

Leonardo Tolomelli
Gerente do Programa de Desenvolvedores da Microsoft Brasil.


GOSTEI 0
Rfpsatin

Rfpsatin

28/11/2003

Não defendo .NET, todos sabem lendo esta thread + Só para constar:

Já é possível rodar .NET em MacOSX e FreeBSD, usando uma implementação de referência (que não é completa) feita pela própria Micro$oft chamada Rotor. Além do mais, há dois projetos tentando portar o .NET Framework para Linux. Isso prova que .NET é tecnicamente portável (com algumas dificuldades devido a especificação do CLR estar muito atrelada a características do Windows e várias bibliotecas serem meras wrappers para bibliotecas nativas).


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Olá pessoal,

Depois de algum tempo sumido estou de volta.
Gostei muito das observações do Leonardo, como porta-voz da Microsoft. Acho muito importante ouvirmos a opinião de todos, mesmo dos próprios detentores da tecnologia, que, é claro, sempre vão fazer o possível para exacerbar as suas qualidades. Ele está fazendo o trabalho dele, e muito bem!

Ontem, coincidentemente, participei de uma palestra feita pelo proprietário da Búfalo Informática (uma empresa do Rio especializada em treinamento para certificação), sendo ele um dos encabeçadores do projeto .NET no Brasil. Fiquei inclusive sabendo que o Brasil superou o Canada em número de células acadêmicas INETA, sendo a nossa a de número 23.

Bem, mas vamos aos fatos.
Hoje já estou mais empolgado com a plataforma, pois aprendi uma série de conceitos básicos que não tinha entendido bem ainda. Um deles, é que o .NET quer ser o que o Java já era a algum tempo: uma máquina virtual. Isso é fantástico, pois permitirá a portabilidade de aplicativos entre diferentes sistemas operacionais. É estranho falar em portabilidade, vindo a coisa da MS, não é? Pois é, isso me deixa muuuuuito desconfiado. Com certeza existe uma armadilha em algum ponto dessa história.

Como o rfpsatin comentou, existe o projeto Rotor que é uma versão do .NET framework em código aberto. Inclusive, já existem versões paralelas e free do Visual Studio com suporte total a C# (C-Sharp). A MS permitindo esse tipo de coisa é muito estranho não é? Microsoft não combina com grátis e muito menos com código aberto ou portabilidade. Mas vamos esperar para ver.

Quanto à versão da máquina virtual para Linux, a mesma se chama Mono e segundo dizem, está 90¬ pronta. Muito legal, tomara que dê certo.

O que mais me agradou na palestra que assisti, foi o fato de descobrir que para se adequarem ao .NET todas as linguagens serão obrigadas a possuirem as mesmas características: as mesmas funções, os mesmos tipos de dados, trabalhar com as mesmas classes (que no .NET hoje já são cerca de 3000). Assim, não fará mais diferença qual linguagem será escolhida para desenvolver uma aplicação. Quem gosta do jeitão do Pascal, vai pelo Delphi. Quem se sente melhor trabalhando com VB, vai por ali. Quem é amarrado no C, tudo bem. Depois de compilado, o programa terá a mesma performance não importando em que linguagem foi escrito. Isso acabará com aquela palhaçada de ´a minha linguagem é melhor que a sua´.

Na verdade, acho que isso tudo é o que a comunidade de informática vinha esperando a muito tempo: a unificação. Só me preocupa demais o fato de isso estar sendo implementado e comandado por uma empresa tão focada no lucro como a Microsoft. Não me surpreenderei se todo esse código aberto e todas as oportunidades ´free´, forem repentinamente fechados e taxados depois que o .NET emplacar.

Contudo, como já batemos e debatemos, não há muito o que se fazer a respeito. Se empresas como a Borland, comunidades como a do Linux e até sofisticados mortos-vivos como a Apple se juntaram à coisa, quem somos nós, pobre mortais, para ir contra a correnteza?

Só nos resta estudar (e muito!) essa nova tecnologia, rezar com vontade (cada qual para seu Deus) para que em algum ponto lá na frente reste algum traço de altruísmo na cúpula da MS!

Abraços a todos!
Vida longa à .NET!


GOSTEI 0
Moonlight

Moonlight

28/11/2003

:shock:
Quem lê o primeiro e o ultimo post não crê


GOSTEI 0
Beppe

Beppe

28/11/2003

...Fiquei inclusive sabendo que o Brasil superou o Canada em número de células acadêmicas INETA, sendo a nossa a de número 23.


Devíamo-nos orgulhar disso? :roll:

Como o rfpsatin comentou, existe o projeto Rotor que é uma versão do .NET framework em código aberto. Inclusive, já existem versões paralelas e free do Visual Studio com suporte total a C# (C-Sharp). A MS permitindo esse tipo de coisa é muito estranho não é? Microsoft não combina com grátis e muito menos com código aberto ou portabilidade. Mas vamos esperar para ver.

Calma, eles estão apenas no primeiro ´e´. Esperem eles chegarem ao terceiro...


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Quem lê o primeiro e o ultimo post não crê


Oi Letícia, não é engraçado como os pensamentos se modificam a medida que a gente discute um assunto? Talvez seja realmente esse o motivo pelo qual as pessoas debatem!

Bem pessoal, a nossa colega aí está pensando que eu ´virei a casaca´, hehehehehe...

Não é nada disso. Basta ler cuidadosamente meus posts e verão que é bem diferente.

Mas que foi gozado o comentário dela, isso foi!

Valeu gente!
Valeu Letícia!

PS: Estamos esperando que você coloque um ´post´ um pouco menos sintético que este. Fale mais, abra-se, não tenha vergonha! Diga o que você pensa da plataforma .NET, estamos aqui para isso. Ou não?


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Devíamos nos orgulhar disso?


Não sei... devíamos?


GOSTEI 0
Rfpsatin

Rfpsatin

28/11/2003

Condordo com o Ataliba...

Quem aqui conhece o Gartner? Dizem que qdo um CIO precisa de informacão ele pergunta a outro CIO ou pesquisa no Gartner(ou no Brasil o IDC - único respeitável).

Bem, acimo é o início de uma reportagem de Kentaro Takahashi ao mundooo. De acordo com a reportagem, no evento do Gartner foram feitas algumas AFIRMAÇÕES sobre o mundo de soluções coporativas.

As palavras abaixo são de David McCoy e Joseph Feiman, do Gartner.

J2EE e .NET são as únicas opções de plataforma(dentre as principais). Não, não é erro de tradução, a palavra é ÚNICA MESMO.

J2EE se torna maduro e desacelera. Isto é bem verdade, considerando que a plataforma vem evoluindo há pelo menos 5 anos, o que faz com que no momento, seja a plataforma mais estável no momento.

.NET continua não testado (unproven) e inacabado. Esse item não é preciso nem comentar, mas vale ressalva que é uma qestão de tempo para que essa alternativa se posicione o mercado. Falando de perspectivas de participação no mercado há um slide bem interessante aonde o percentual estimado de mercado do J2EE é da ordem de 60¬, enquanto que a de .NET seria algo em torno de 10-13¬. Essas são as projeções feitas PARA 2006. O percentuall de participação hoje é de 48-50¬ J2EE e 2-4¬ para .NET, o resto do mercado seria composto por "arquiteturas" compostas por CICS, TUXEDO,PL/SQL,AS/400,CGI.SCRITS E 4GL.

Dente as conclusões apresentadas, outra estatística interessante é a de que projetos pequenos que atendem a 50 usuários ou menos são/serão desenvolvidos com a arquitetura .NET enquanto projetos que necessitem de uma escalabilidade maior são/serão atendidos pela arquitetura J2EE.

Uma previsão é que até 2007, a arquitetura Java Enterprise (hoje chamada J2EE) será usada para constuir soluções corporativas mais que qualquer outra arquitetura com 0.8 de probabilidade (numa escala de 0..1)...


Bem, a entrevista ainda vai longe. O Colunista é um desenvolvedor de renome em Java, lógicamente que ele fale bem da tecnologia dele. Contudo temos que abstrair deste artigo na nossa situação 2 coisas. A fonte (Gartner) e as perpectivas de .net.

Um abraço.


GOSTEI 0
Rfpsatin

Rfpsatin

28/11/2003

.NEt é uma opção e esta ae...

se mono e rotor realmente funcionarem, REALMENTE, para que precisaremos de CLX????

Contudo, a M$ pode preparar uma bela cama de gato ae, vamos ficar espertos, BEM ESPERRRRRRTOS.


Não assino em baixo em nada que venha da M$ (pelo contrário a SUN)


GOSTEI 0
Yankleber

Yankleber

28/11/2003

Oi rfpsatin

É isso mesmo que eu venho falando para todo mundo desde o primeiro post que eu coloquei aqui, quando iniciei o debate, e parece que muita gente aqui não conseguiu entender o meu ponto de vista, e alguns até acabaram ficando exaltados (até eu fiquei!).

Bem, a grande m... disso tudo não é o .NET em si, pois a idéia é fantástica, embora, como o próprio artigo que você postou já tenha atestado, não é nada original, pois a Sun já vinha com o conceito de máquina virtual há muuuuuuito tempo.

A grande m... de tudo, é o fato do .NET ser iniciativa da Microsoft, que, como você muito apropriadamente comentou, mais parece uma bela cama de gato para f... todo mundo depois que já tivermos embarcado na idéia. Isso, é claro, daqui a uns anos, lá para 2007-2008.

Aí a gente vai se lembrar desse forum, e falar assim: ´Eu sabiiiiia!!!!´


GOSTEI 0
Marcosalex

Marcosalex

28/11/2003

Bom, ouvimos o lado do .NET. Para sermos democráticos, poderíamos trazer alguém da Sun para falar do J2EE.

Na empresa onde trabalho (G&M Soluções), temos um problema sério com isso, já que a Borland está se voltando muito para o .NET e temos uma demanda crescente para que portemos nossas soluções para Linux.

Somos uma empresa que desenvolve sistemas na área de transporte rodoviário e temos clientes no Brasil inteiro, além de contatos no Mercosul e Africa. Estávamos pensando em mudar para Kylix mas agora estamos aguardando um pouco para decidir.


GOSTEI 0
Marceloribeiro

Marceloribeiro

28/11/2003

Pessoal,

Seja Microsoft ou Borland, ambas são empresas sem sombra de dúvidas ´visionárias´, ou seja, lançam novidades visando em primeiro lugar o lucro, mas não podemos deixar de lembrar que este tipo de visão é que vem trazendo o crescimento tecnológico, claro que isto não é legal, mas quando desenvolvemos um sistema, queremos ganhar por ele, por tanto, também somos todos ´visionários´.

Quanto a tecnologia .NET, acho momentaniamente uma idéia interessante, porém óbviamente muito cedo p/ investir e entrar de cabeça.

Marcelo Ribeiro
Analista de Sistemas


GOSTEI 0
POSTAR