Fórum A plataforma .NET e o futuro da programação #197796
28/11/2003
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O texto abaixo é um artigo que eu escrevi para um site americano de tecnologia onde abordo a plataforma .NET. Eu tinha enviado o artigo para ser publicado aqui no ClubeDelphi, mas como me parece que não se interessaram, estou postando ele na forma de enquete...
Gostaria que vocês participassem e colocassem suas impressões sobre o assunto, assim cada um de nós poderá saber como a comunidade está encarando essa novidade![/i:9d8f1b77db]
[size=18:9d8f1b77db][b:9d8f1b77db]A plataforma .NET e o futuro da programação[/b:9d8f1b77db][/size:9d8f1b77db]
Nos últimos meses não se fala em outra coisa a não ser nessa nova tecnologia da Microsoft, que, a despeito de toda a empolgação causada na comunidade computacional, vem trazendo mais confusão do que explicações. Pela segunda vez a Microsoft errou ao batizar um produto quando decidiu chamar a nova tecnologia de .NET: acreditem ou não, uma grande parte das pessoas pensa que o grande brilho da nova plataforma está em mover o ambiente de desenvolvimento de aplicativos do desktop para a web (net = rede). Algo parecido aconteceu quando a Microsoft rebatizou o Windows NT de Windows 2000 e fez com que um enorme número de usuários domésticos saísse instalando o dito cujo em suas máquinas, achando que estavam colocando a nova versão do Windows que substituiria o 98.
Ao contrário do que muitos acreditam, embora a plataforma .NET abra bastante as portas para o desenvolvimento na web, o grande trunfo dessa nova tecnologia está em tentar eliminar as famigeradas DLLs de uma vez por todas, substituindo-as por uma única e grande biblioteca contendo todo o necessário para que qualquer aplicativo – escrito em qualquer linguagem – possa rodar sem problemas. O nome dessa biblioteca: Framework.
Embora isso possa parecer fantástico e maravilhoso (e é, se realmente emplacar), não devemos nos esquecer que, como toda nova tecnologia, o .NET estará sujeito ao sucesso ou ao fracasso, dependendo de como as coisas decorrerem nos próximos anos. Refiro-me ao tempo em anos e não meses, pois é exatamente esse o prazo que devemos esperar até vermos a migração completa para essa nova plataforma. É preciso ter em mente que estamos falando em abandonar completamente um conceito que vem sendo utilizado nos últimos quinze anos e substituí-lo por algo inteiramente novo, o que significa trocar milhões de sistemas operacionais em milhões de máquinas, e reescrever um sem número de aplicativos. Ou seja, haverá durante bastante tempo ainda, muito software baseado em DLL rodando por aí, a exemplo de velhos e eficientes sistemas escritos em Cobol que insistem em continuar a existir.
Isso me faz pensar até que ponto a tecnologia .NET é válida, segundo o objetivo a que ela se propõe (eliminar as DLLs). Na verdade parece mais provável que o Framework se torne apenas mais uma biblioteca, somada às já existentes DLLs, ao invés de eliminá-las. É muito complicado pensar em substituir por completo uma tecnologia já tão enraizada na vida das pessoas. Pense por exemplo, em substituir o método convencional de armazenamento de áudio em CD, pelo armazenamento no formato MP3. É muito melhor? Evidente que sim, se pensarmos que um CD de MP3 pode conter o equivalente a dez ou mais CDs convencionais, mas... será que algum dia o CD de áudio deixará de existir para ser totalmente substituído pelos CDs de MP3? Pense em quantos tocadores de CD existem pelo mundo, e mais, pense em quantos CDs de áudio já foram prensados e vendidos. É mais lógico concluir que continuará havendo os CDs de áudio, e, além deles, também os de MP3.
Ao contrário do que possa parecer, eu não sou pessimista nem tampouco anti-Microsoft. Muito pelo contrário, sou, como todo profissional de informática, um entusiasta das novas tecnologias, e um admirador dos benefícios que a MS trouxe para o mundo computacional. Entretanto, quando olho para o futuro, vejo a plataforma .NET como uma idéia maravilhosa que se tornará inviável por motivos exclusivamente circunstanciais.
Li, recentemente em um artigo publicado no site da Microsoft, o depoimento do diretor de tecnologia da plataforma .NET em que ele afirmava que um programador de Visual Basic que pretendesse migrar para o VB.NET deveria ter em mente gastar pelo menos dois anos de sua vida no processo. E dizia ainda mais: que somente deveriam ser migrados da tecnologia atual para a nova plataforma, aqueles aplicativos que de fato se beneficiassem com a nova tecnologia (mas não deixou claro que benefícios seriam esses), caso contrário seria melhor deixá-los da forma como estão. Percebe-se claramente aí que, nem a própria Microsoft possui elementos suficientes para prever o futuro do .NET.
A Microsoft tem, através de convênios com universidades, criado núcleos de estudo .NET formados por alunos e professores, afim de possibilitar o estudo, a avaliação e a exploração da nova tecnologia, o que, sem sombra de dúvidas, aumenta suas chances de sucesso. Eu mesmo sou participante de um desses seletos grupos (chamados células .NET), na universidade em que estarei me graduando em Análise de Sistemas no próximo semestre. Como já disse, sou um entusiasta das novas tecnologias e um encorajador de novas idéias e conceitos, mas também procuro ser realista e aprender com o passado para não errar no futuro. Isso quer dizer que não pretendo tão cedo começar a desenvolver nada baseado em .NET, e vou continuando com o VB 6 e o Delphi 6 e suas DLLs. Estudar sim, migrar não. Ainda não.
A comunidade de programadores de Delphi se sentiu traída com o fato da Borland ter dado um passo atrás em relação à biblioteca CLX, para seguir de braços dados com o .NET. Na realidade não é de se estranhar muito que isso tenha ocorrido, pois embora a Borland disponha de uma respeitável posição dentro do mercado de desenvolvimento, convenhamos, nada comparável à Microsoft. O mercado de software, hoje, pertence indiscutivelmente à MS e seria absurdo imaginar que a Borland (ou qualquer outra empresa de software) pudesse ser capaz de não seguir as tendências ditadas por ela, uma vez que o Delphi é feito para a plataforma Windows. Os programadores de Delphi sentiram-se traídos por questões sentimentais e filosóficas, entretanto, empresas como a Borland e a Microsoft, são movidas por variáveis diferentes como mercado e lucros. E o que dizer a respeito do Kylix e do Linux? Absolutamente nada, uma vez que o Linux não possui peso relevante no mercado corporativo de capitais, e o Kylix não passa na verdade de uma aposta da Borland em um futuro deveras remoto. Os usuários do Linux / Kylix continuarão órfãos, aliás, como sempre foram.
A conclusão de tudo isso é que ainda é muito cedo para prever o que acontecerá, sendo muito arriscado abandonar tudo o que foi feito para trás e entrar de peito aberto na tecnologia .NET. O programador prudente continuará a fazer seu trabalho normalmente, enquanto observa o mercado e suas tendências, desenvolvendo dentro de casa, pequenas aplicações para efeitos de teste e aprendizado. Naqueles aplicativos que estão prontos, debugados e rodando sem problemas, não há porque mexer ou migrá-los. Afinal, ao que tudo indica, emplacando ou não o .NET, as DLLs ainda vão estar em nossas vidas por muito, muito tempo...
Yankleber
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29/11/2003
Laureano Pereira
Concordo com você, não pretendo migrar nada para .net, por enquanto, e todos os novos projetos continuarão a ser desenvolvidos em Delphi 6. Estudar para conhecer, aprender. Mas apostar na nova tecnologia... ainda não.
A Borland está abandonando a compatibilidade Delphi/Kylix, vai apostar na .Net... mas ainda assim sou cético...
vamos esperar.
Abraços
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30/11/2003
Yankleber
É isso aí meu amigo.
Hoje, exatamente neste exato momento, o pessoal deve estar saindo do Delphi Weekend, empolgados com algumas novidades e decepcionados com outras. Com certeza, o tema .NET foi motivo para muita polêmica, e acredito que a galera que participou estará trazendo muito assunto sobre isso.
O que ocorre é que nem sempre aquilo que é lançado no mercado se torna uma real tendência. E como você sabe, isso nem depende da qualidade da idéia, pois o mercado é muito estranho... Não sei que idade você tem, e portanto talvez não se lembre (ou nem saiba) sobre essa curiosidade que vou lhe contar: na década de 70, quando apareceram os videocassetes, haviam dois padrões, o VHS (esse que existe até hoje) adotado pela maior parte dos fabricantes de VCR e um outro chamado Betamax proprietário da Sony. O Betamax tinha uma qualidade bem melhor, a fita era menor, e nem por isso emplacou. E quem lembra do videolaser? Outra idéia que não foi adiante. E nos anos 80, dezenas de modelos de microcomputadores maravilhosos que viraram sucata e não foram adiante...
Em uma mensagem que eu postei uns dias atrás, eu estava falando com um colega mais inflamado e defensor ferrenho do Delphi que não valia a pena defender o Delphi ou a Borland, pois ele estaria gastando seus nobres sentimentos com uma empresa que não dá a mínima para ele, para mim, para você, ou para ninguém: tudo o que interessa à Borland, à Microsoft e similares são os $$$$$$$$$$$ que elas podem ganhar. Eu dizia a ele que se amanhã a Microsoft propusesse à Borland encerrar o Delphi e fazer uma mega parceria para fazer do (praticamente) morto FoxPro a nova linguagem ´da onda´, isso fatalmente ocorreria - só iria depender de quantos zeros à direita houvessem no cheque a ser descontado após a assinatura do contrato...
Na realidade, Laureano, a Borland não é melhor que a MS. Se as coisas tivessem acontecido de maneira diferente, talvez hoje estivéssemos rodando um Borland Windows em nossos computadores e programando em Microsoft Delphi. E sabe qual seria a diferença para nós? Nenhuma, pois continuaríamos a ser os mesmos babacas dependendes desta indústria canalha que não se importa com computadores, programas, linguagens, pessoas ou realizações, mas tão-somente com o dinheiro que engorda suas contas!!!
E é por isso, que precisamos ser um pouco menos babacas que de costume, e aprender a desconfiar um pouco e não ir atrás de todas as besteiras que eles resolvem falar e lançar, não é mesmo????
Um abraço, meu nobre!
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30/11/2003
Doom
É uma perca de tempo? O que você acha do futuro do Kylix?
Valew...
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30/11/2003
Laureano Pereira
Como fica o Kylix?
Na verdade eu não sei o que pode acontecer, mas seria ótimo que acontecesse como o Firebird... Já imaginou o kylix open source... com uma comunidade linux por traz para desenvolve-lo? Talvez esta seja a solução... mas a compatibilidade Delphi/Kylix... acho que ai não tem volta...
Pense você... um desenvolvedor de sucesso, com muitos projetos multiplataforma para desenvolver... e duas opções: Delphi/kylix (será que emplacou) ou .Net (com toda a M$$ por tráz) . Para que lado vc vai?
A questão é: Quem tem dinheiro para apostar aposta em quem ´acha´ que pode ganhar... ou vc aposta para perder?
Vamos continuar trabalhando e desenvolvendo... o que vem por ai ninguem sabe ao certo. São apostas.
Kleber: Tenho 36... Conheço as histórias Betamax/VHS (até já usei os dois no CRA/SE-RS), bem como Synclair, Comodore Amiga, Aplle... e por aí a fora...
abraços
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30/11/2003
Yankleber
Como eu disse no meu artigo...
Ou seja, o pessoal do Linux sempre foi visto como sendo os ´primos nerds´ da família computacional, tipo ´ah, deixa eles para lá porque esse pessoal sabe se virar sozinho, além do mais eles não dão lucro mesmo porque querem tudo de graça!´, sabe como é?
Ou seja, acho que a galera do Kylix está voando em um avião sem piloto, pois o mesmo acabou de saltar de paraquedas e já tem uma equipe de resgate .NET esperando ele lá embaixo.
Contudo, acho que isso faz parte do risco assumido quando se decide ir pela contramão: o mundo hoje é indiscutivelmente do Windows e quem vai pelo Linux, BeOS, etc, está na contramão do mercado. As empresas e desenvolvedores produzem portanto para Windows, e a realidade é que, quem quer desenvolver software a sério deve tomar duas posições:
1) Esquece o Linux e se rende ao Windows e desenvolve na linguagem que quiser (Delphi, VB, FoxPro, etc, etc, etc); ou
2) Esquece todas as outras linguagens e cai de cabeça no Java que é a linguagem mais democrática que existe (roda em qualquer sistema operacional sem alterar um caractere sequer no código).
Agora, quanto ao Kylix... para mim ele acabou de acabar. É claro que a Borland, para não dar muito vexame, vai dar uma enroladinha e mostrar um serviço por um ou dois anos, enquanto vai ´esquecendo´ ele aos poucos até abandonar de vez.
Uma historinha só para encerrar: anos atrás, no tempo do DOS ainda, a Borland cismou de entrar no mercado de aplicativos e lançou uma planilha muito boa chamada [b:ef4fd4889d]Quattro Pro[/b:ef4fd4889d] que competia com o Lotus 1-2-3. Muita gente apostou no novo aplicativo e se f... porque a Borland viu que não estava compen$ando e abandonou o projeto e os usuários.
É isso, meu amigo. Se você é Linuxista e Kylixista, pode ir começando a perder o sono, ou então... são aquelas duas opções que eu sugeri lá atrás...
Um grande abraço!
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30/11/2003
Yankleber
Eu acho que total, afinal desenvolver para uma plataforma que não está consolidada no mercado sempre é perda de tempo.
A não ser, é claro, que você esteja fazendo-o por puro altruísmo ou para fins acadêmicos. Agora, se você pensa em ganhar dinheiro com isso, acho muito, muito difícil - até porque a proposta do Linux é justamente fazer o caminho oposto ao capitalismo.
É o mesmo caso da plataforma .NET, que embora seja revestida de interesses comerciais, ainda não está consolidada (e na minha opinião não vai estar nunca - pelo menos, não do jeito que eles pretendem), e portando é perda de tempo também ir atrás deles.
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30/11/2003
Yankleber
Somos da mesma geração, tenho 37.
Bons tempos aqueles!
Agora, quanto a acontecer com o Delphi (afinal o Kylix é o Delphi, não é?)o que aconteceu com o Interbase... será que a Borland dá esse mole de novo? Não se esqueça que existe a coisa dos direitos autorais sobre os fontes, e não acredito que eles deixassem isso acontecer com o Delphi - afinal, o Interbase é apenas um produto secundário e de apoio à linguagem, enquanto o Delphi é o carro chefe da empresa.
O Interbase, embora funcione direitinho, é aquele negócio, ainda falta amadurecer muito até se tornar um produto autônomo. Falta aprimoramentos na interface como interatividade para a criação e manutenção das tabelas (a coisa ainda tem que ser feita no ´mãozão´ utilizando comandos DDL) e falta marketing para competir no mercado. Quem usa Interbase/Firebird a não ser os usuários de Delphi? Eu, como sou meio maluco, estou fazendo uma aplicação em VB com MSSQL que pretendo integrar com Interbase também, mas ninguém por aí faz isso.
Agora, eu lhe digo, amigão: eu não iria atrás nem da Borland e nem da M$. E se você olhar direitinho vai perceber que muitos fabricantes de software não vão (principalmente atrás da Microsoft): haja visto que a maioria das aplicações desenvolvidas ainda rodam numa boa em Windows 95. Isso é a prova de como o mercado está se tornando cuidadoso, e as mudanças profundas levando aí cerca de dez anos para serem assimiladas.
É claro que a MS está fazendo o papel dela, né? Eles vivem de vender Windows e têm que ficar inventando novidades. Indiscutivelmente eles têm feito coisas boas (o XP é uma grande evolução, principalmente para quem tem uma máquina possante), mas eu mesmo levei mais de 1 ano até decidir colocar o XP na minha, e até hoje eu tenho um dual boot e mantenho o 98 instalado (just in case...)
Abraço!
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30/11/2003
Doom
Java???
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01/12/2003
Yankleber
Veja, não quero parecer excessivamente pessimista, nem tampouco meu artigo tem a intenção de profetizar nenhuma desgraça informática!
A grande realidade é que nós programadores e analistas nunca teremos um caminho seguro e absolutamente definitivo a seguir. O Java, é sim, um bom caminho pois ´anda´ bem por todas as paragens, mas nada garante que daqui a um tempo surja uma nova tendência que o ponha por terra, afinal esse tipo de risco é inerente a qualquer tecnologia, sobretudo as nascituras.
Em nenhum momento eu disse (ou quis dizer):
´Esqueçam o Delphi pois ele está em decadência! Vejam, o dragão da Microsoft conseguiu corromper a última muralha de defesa da programação digna! A Borland acabou e este é o princípio do fim!´
Não é por aí!
O que eu disse é: ´Palmas para a Borland e para a Microsoft por todo o bom trabalho que elas têm feito até agora. Mas cuidado, pois 10 acertos não garantem o décimo primeiro!´
Ou seja, o passo a ser dado agora com o lançamento da plataforma .NET põe muita coisa em jogo. Imagine-se gastando dois ou três anos de sua vida para se alinhar à nova tecnologia e depois escutar um ´sinto muito, não funcionou, tentaremos melhorar da próxima vez´.
O que quero enfatizar é que, se você já é um programador de Delphi e trabalha com segurança dentro daquilo que você já conhece, aconselho aprender o .NET com cuidado e devagar, mas sem abandonar o que você já tem em mãos, e sabe que funciona.
Quanto ao Linux, eu sempre achei, desde o começo que ele fosse um cavalo perdedor em todos os sentidos, porque basicamente, o Linux é um Unix que quer ser Windows. A coisa não funciona assim, é preciso ter uma personalidade marcante e uma linha bem definida, e o Linux não é nem uma coisa nem outra. Tenho visto dezenas de ambientes gráficos para Linux, e cada um mais parecido com o Windows - mas sempre com deficiências. Ou seja, o Linux imita o Windows com desvantagens, e não traz nada de novo.
É por esse motivo que sua expressividade no mercado é tão pequena e tão fraca. Por outro lado, a própria comunidade exclui o usuário comum, pois me parece que uma das condições básicas para ser Linuxista é saber muito de C e estar disposto a perder horas de sono tentando fazer a máquina funcionar pela primeira vez. Ora, as pessoas não querem mais isso - esse tipo de coisa se fazia no início dos anos 80, e eu fui um desses que ralou muito o crâneo com DOS e as primeiras versões do Windows (Win286). Hoje todo mundo quer facilidade, rapidez e praticidade.
Da mesma forma, por que acha que as empresas de software não desenvolvem para Linux? Pelo mesmo motivo: elas não acreditam nele. É por isso que a Borland está tirando o time de campo, e nem estranharia se viesse a saber, que, por baixo dos panos e longe das câmeras, uma das condições impostas pela Microsoft fosse a desistência da Borland por parte do Linux, em troca de subsídios tecnológicos e comerciais.
Então, eu volto a repetir: se você está no mercado de programação por motivos profissionais, a menos que você trabalhe diretamente com desenvolvimento para Linux e ganhando bem para isso, não acho que seja um bom caminho. Imagine você que um grupo de engenheiros mecânicos muito competentes lançassem um excelente carro movido à casca de tangerina. Como você acha que o mercado reagiria a isso???
É isso aí pessoal! Escrevam mais!!!
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01/12/2003
Koplin
Uma coisa não podemos reclamar da Borland; Falta de pioneirismo.
Mas isso tem um preço: Se não pegar tem que abandonar.
Lembrêmo-nos que todos (ou quase) nós usamos programação como meio de vida, e portanto, precisamos dos xingados $$$. E a Borland também. Assim, antes de reclamarmos que a Borland faz issop ou aquilo, devemos pensar que o Kylix foi uma aposta para ganhar dinheiro. Quem aqui iniciaria um projeto comercial e se tivesse prejuízo continuaria até a banca-rota?
Quanto a compatibilidade Delphi - Kylix, Acho uma bobagem. Se são dois sistemas operacionais diferentes por que preocuparmo-nos com compatibilidade. Devemos compatibilizar, sim os nossos conhecimentos.
Eu já fiz algo em kylix, e acho que ele resolve bem. Não preciso programar em delphi para migrar para kylix. faço em Kylix ou aprendo outra linguagem e faço nela.
Se a grana não dá para ter os dois, posso aprender oura linguagem para Linux - e todos podem. Por que não programar em Delphi para Windows e em outra linguagem para Linux. Para que complicar tentando simplificar?
Outro erro da Borland - O preço do Kylix - Muita grana para apostar.
Tambem devemos nos lembrar que o Linux aind é instável do ponto de vista de mercado. Tem gente brigando para torná-lo pago. E nada impede que ele tenha menos padrões do que hoje. Se a comunidade entrar numa de cada um por sí...
Quanto ao .NET, acho como todos que é muito cedo para pensar nele como alternativa viável. Principalmente pelo fato de haver incompatibilidades. Devemos nos lembrar que do DOs para Windos 3x e dele para 95....98 os programas em DOS não deixaram de funcionar. Assim a aceitação foi melhor. Agora jogar fora tudo que o usuário tem para adquirir novo a peso de ouro? sei não...
O tempo dirá. Mas acho que devemos continuar nossa vida independente das tempestades. Não há razão para barulho. Se as tendências apontarem para esta direção, é estudar e trabalhar. Quanto a compatibilidade. Acompanhem o seguinte. Tem gente que dirige. Tem gente que pilota motos e tem gente que faz os dois. Não a compatibilidades entre carro e moto. temos que aprender oas diferenças entre os dois ou usamos só um. Eu prefiro aprender algo nativo de ambas. tem um ditado que diz ´Quem muito quer, nada tem´ Aí está a prova.
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01/12/2003
Espiridiao
[b:147f94ddb9]O .Net[/b:147f94ddb9][list:147f94ddb9]
Foi desenvolvido pela MS (ou terá sido pela Borland) para combater o JAVA depois dos tribunais decidirem que a MS não podia alterar as regras do JAVA para que só quem utilizasse as suas ferramentes pudesse usa-lo no IE.
Tal como o JAVA o .NET não gera código nativo (assembler x86), mas sim um pseudo código como o que se encontra nos interpretadores de BASIC, isto tem varias desvantagens, a minha preferida é que é leeeennntttooo, pode ser até muuuiiitttoo llleeeennntttoo.
Quanto ás DLLs, elas vão sempre existir, pois há bugs que teem de ser corregidos, problemas de segurança, novas funcionalidades.
Migrar de VB para .NET significa re-escrever 60¬ do código.
Ao contrario do que se diz que 90¬ dos computadores vão utilizar o .NET isso não é verdade pois a grande maioria não tem capacidade de processamento
para interpretar o .NET.
O .NET não é para amanhã, será realmente implantado quando for lançado o Longhorn, lá para 2005/2006.
Não vai ser crossplatform, era a ultima coisa que a MS deixava fazer.
Alguem viu o .NET a trabalhar na realidade? (não vale previews).
Digam uma aplicação que eu posssa descarregar para teste feita em .NET.
Já instalaram o C# Builder .NET? Eu já, leva mais tempo a instalar que um win2K, e depois... estoira.
[/list:u:147f94ddb9]
Gostaria de saber se o .NET tem um ambiente IDE/RAD com as seguintes caracteristicas:
[list:147f94ddb9]Gera código nativo x86 para win32 ou Linux.
100¬ R.A.D.
90¬ das funções são feitas sem escrever código.
Vem de origem com todos os componentes necessários para desenvolver a maior parte das aplicações.
Tem de ser altamente estavel.
Tem de ter poucos bugs devido á grande maturidade do programa.
Possuir + de 2000 componentes de grande qualidade e para todas as aplicações, todos grátis.
Ter uma (grande) comunidade que se entreajuda sem objectivos meramente comerciais.
Os componentes comerciais teram de ter a mesma qualidade dos da DevExpress, LMD, TurboPower.
Varios geradores de relatorios á escolha, incluido o Report Builder que é superior ao Cristal Reports.
Suporte nativo para pelo menos uma base de dados SQL em Open Source com arquitectura cliente/servidor.
Suporte nativo (sem ODBC) para Oracle, Interbase, MySQL, Advantage, PosgreSQL, DB2.[/list:u:147f94ddb9]
Responder Delphi 7 não vale.
[b:147f94ddb9]Conclusão[/b:147f94ddb9].
O .NET e a forma como está a ser apresentado á pessoas é um sintoma de que MS está preocupada com oo seu futuro, pois sabe que o Linux e
a sua filosofia são o futuro, não se trata aqui de questões politicas, é pura e simplemente um questão de liberdade de escolha, estrategias
comerciais, maior ou menor capacidade de desenvolvimento, custos!
E é o que assusta a MS: podermos fazer uma aplicação que pode correr num computador sem windows, por isso foi dito á Borland para abandonar o
win32 e o Linux, por isso temos que ´() abandonar completamente um conceito que vem sendo utilizado nos últimos quinze anos e
substituí-lo por algo inteiramente novo ()´ o notNET claro!.
Em relação ao futuro do Delphi meus amigos, tomara nos todos termos saude para continuarmos a programar em Delphi/Kylix para win32/Linux, pois
vamos ter muito trabalho, o resto e até prova ao contrario é mais uma moda. :twisted:
P.S.:
Quais? Diz só um P.F.
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02/12/2003
Yankleber
Spriridiao,
Me parece que você não entendeu nada do que eu escrevi, pois em nenhum momento eu estou defendendo a Microsoft, muito pelo contrário: o que eu estou tentando fazer é alertar as pessoas quanto ao risco de embarcar no .NET.
EDITADO POR ZOOM
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02/12/2003
Yankleber
Me desculpem a grosseria, mas realmente não deu para aguentar...
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02/12/2003
Rafael Heise
pois é, do meu ponto de vista, o .NET entrou no mercado com a ´cara do windows´ uma porcaria mas todo mundo vai usar. Mas será mesmo?
Eu acho que muita coisa que a Microsoft já fez é boa, ou você vai me dizer que o excel é uma porcaria?
sabe, eu já pensei muitas vezes sobre isso, e me diga. Para um usuário leigo, um iniciante da informática, é mais fácil aprender a mexer no windows ou no linux? é mais fácil instalar um windows ou um linux? se vocês não viram, a RedHat está fechando as portas. Pararam o projeto RedHat (para os que não sabem um dos sistemas linux existentes no mercado) e darão suporte para os atuais usuários até março de 2004 e então fecharão todas as portas. O mundo linux é boa? Como já foi dito, não é estável, e muita coisa cresce, entra no mercado e sai a toda hora, como foi dito.
E me respondam. se você tivesse uma grande empresa, com muitos computadores. E você não pudesse para 1 minuto sequer. Digamos que você tenha um porto, controlado por computadores. E 10 minutos parado significa muito mas muito dinheiro jogado fora. Você optaria por colocar um sistema linux, instável e sim suporte, ou um sistema windows não tão instável, mas que tem pra quem ligar e eles TEM de resolver seu caso pois você paga por isso?
Então, tudo é um questão de análise de caso. Se sua empresa não é tão grande, e sua perca é aceitável no caso de uma parada momentânea por falha no sistema, beleza, usa linux. Caso não, comece a pensar no caso de um pago onde tenha um telefone pra quem você possa ligar e cobrar uma solução rápida e eficaz.
Pois é pessoal, e o .NET, onde entra nessa história? Só acho que o que todos vem falando sobre isso é também verdade, mas muita coisa bem mudando. Pelo que eu sei, o .NET da Borland vai entrar primeiramente com windows, mas existem planos para portar para também linux (kylix no caso), ou vocês acham realmente que a Borland iria simplesmente abandonar uma comunicado que está se estabilizando apesar dos pesares? Eu sei que tem muito disso, do dinheiro estar envolvido, e que o que mais se avalia em determinados casos é isso. Mas acho que a Borland sempre foi boa no desenvolvimento de tecnologias de ponta, onde seus usuários sempre ficam surpresos com os resultados (mesmo não sendo o esperado). Quando fizeram o kylix, muita gente não ´pos fé´ nele, mas depois acabaram dando o braço a torcer pois viram que realmente funcionava. E agora com o .NET não vai ser diferente. Muitos são contra, muitos são a favor.
Numa empresa onde é desenvolvido Client/Server e WEB, .NET é muito interessante. É mais estável que PHP, é mais fácil de desenvolver, e se já é feito com Delphi os Client/Server, com .NET da Borland, muita coisa não precisará ser refeita, e ainda poderá ser portado ´facilmente´ para WEB. Então o ganho será grande. E depois, se sua aplicação Client/Server desenvolvida em Delphi, que compila também em Kylix, você passar ele pra .NET e então usar no Linux como WEB, qual seria a diferença. Se você for pensar, até será melhor, pois o ´lance´ do momento é WEB, e os Client/Server estão indo. Se você analisar o mercado, é para a WEB que tudo está se voltando. Comércio, aplicações internas, pois com a globalização tudo tem de estar em todo lugar, e pra que coisa melhor que acessar tudo da sua casa ou de qualquer cyber café independente de onde você estiver as coisas na sua empresa para resolver uma pendência super importante que apareceu fora de hora. Quão melhor é você acessar tudo da sua ADSL em casa (que é a moda agora e está tudo tão prático e fácil pra ter) ao invés de ter de ir até a empresa que pode até estar longe pacas da sua casa.
Então, eu vejo isso como um ganho e uma perca temporária para todos.
Acredito muito que o projeto Kylix não será abandonado realmente. Talvez apenas uma pausa. É um bom projeto que está seguindo as têndências do mercado (open source/linux) e que a borland irá continuar e fazer todas as devidas alteração no .NET windows para poder portar para linux. Então, acho que devemos apenas esperar, e ver o que realmente será melhor.
Na empresa que trabalho, avaliamos por meses o .NET, para saber se seria uma boa opção de escolha para portarmos nossos aplicativos, e vimos que seria uma boa opção pois ganhou em estabilidade, velocidade e reaproveitamento de código (usa realmente direcionado a objetos, com encapsulamento, hierarquia de classes, etc...). E de delphi para c#, nem muda tanta coisa assim, apenas a linguagem em sí. Então, não estou dizendo que sou 100¬ a favor do .NET, mas também não sou 100¬ contra. Vejo que se for realmente investido, será muito bom para todos, pois assim está padronizando muita coisa que hoje é ruim. Então, o que posso dizer sobre isso. ESPERAR. Apenas esperar, e ver o que realmente vai acontecer. Se as grandes empresa (microsoft, borland) estão investindo nisso, não devemos simplesmente esquecer o que já fizemos e começar tudo de novo, mas sim parar, pensar e analisar, pois independende do que eles pensam, quem decide se fica ou não no mercado somos nós, programadores (ou consumidores como queiram chamar). Devemos é nós, analisarmos, discutirmos, e ver o que realmente nos interessa. Se algum dia abandonarem o delphi, não faltará empresa ou pessoas programando em Delphi, assim como existem até hoje pessoas programando em COBOL.
Então, que possamos parar, pensar, analisar e ver o que realmente é melhor para nós. Ou você acha que se a programação orientada a objeto não fosse realmente boa, teriam investido tanto e teria tanta gente programando nela? Simplesmente seria como o Betamax entre outros que não foi aceito pelo mercado.
É isso ae, espero ter contribuido com essa discussão que podemos fazer com que seja proveitosa para todos, independente da idéia que cada um tem sobre o .NET.
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02/12/2003
Yankleber
Eu concordo bastante com o que você disse, e acho que realmente cada caso é um caso. O Linux, é aquela coisa, já nasceu morto - infelizmente. Eu adoraria ver o Linux forte e poderoso brigando saudavelmente para a par com a Microsoft: isso seria bom para todos (até para a MS que teria que aprimorar o Windows para que as pessoas continuassem a querer comprá-lo a despeito de haver um oponente digno e grátis no mercado).
Gostaria de deixar registrado aqui, para os Linuxistas, que não sou anti-Linux e nem pró-Windows. Eu apenas faço uma observação crítica e analítica da situação. Quando eu digo que o Linux é um Unix que quer ser Windows, por favor, não me levem a mal: eu, como vocês, também acho que o Windows é uma m..., mas infelizmente, ainda é a m... menos m... que tem por aí.
Fazer o que? Infelizmente a gente tem que nadar a favor da correnteza para não morrer afogado. A MS, devido ao seu poderio acabou com as chances de competição de todo o mercado. A coisa chega a um ponto tão absurdo, que, hoje, a MS possui parte das ações da Apple (de quem roubou a idéia do Windows e responde um processo até hoje), e sabem por que? Para mantê-la morta-viva, pois se a Apple falir de vez ficará configurado o monopólio da MS, e isso a deixará numa situação legal muito complicada devido a lei anti-truste americana... Pois é, amigos, rapadura é doce mais não é mole não! Essa é a realidade do mundo em que vivemos.
Quanto ao .NET, eu só fico triste porque eu gostaria de acreditar mais no sucesso dessa idéia, mas realmente não consigo Infelizmente, nos últimos anos eu tenho visto as empresas ´meterem os pés pelas mãos´ e acabarem perdendo uma boa oportunidade de crescimento tecnológico (e com isso nós é que perdemos mais) por pressa em ganhar a corrida do mercado. Como eu disse no meu artigo, e você endossou, a coisa é ESPERAR e ir pisando devagarzinho.
Isso aí, pessoal! Participem!
Obrigado!
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