Introdução: Boas Práticas da Gestão de Dados Moderna

O objetivo desta série de artigos é descrever as doze boas práticas da Gestão de Dados Moderna que podem ser adotadas por áreas de Gestão de Dados maduras. O primeiro artigo tratará da primeira prática – Manter um time de destaque.

Introdução:

Vimos no meu artigo anterior que a Gestão de Dados Moderna é caracterizada por uma forma de trabalho mais ágil e proativa, focada na conduta comportamental dos profissionais envolvidos nas funções de Gestão de Dados e também no reconhecimento dos três principais ativos de qualquer organização: Pessoas, Dados e Recursos Financeiros.

Para que a Gestão de Dados Moderna consiga atingir seus objetivos, torna-se necessário a adoção de boas práticas que norteiam a filosofia da Gestão de Dados Moderna. Estas boas práticas são mostradas na figura abaixo:














Figura 1 - Doze Boas Práticas da Gestão de Dados Moderna

O objetivo desta série de artigos é descrever as doze boas práticas da Gestão de Dados Moderna que podem ser adotadas por áreas de Gestão de Dados maduras. O primeiro artigo tratará da primeira prática – Manter um time de destaque.


Prática I – Manter um time de destaque

O sucesso ou fracasso de um time está diretamente ligado ao comprometimento, competência e experiência dos membros da equipe. Profissionais de destaque rendem três ou quatro vezes mais do que profissionais medianos. Além disso, profissionais de destaque não expõem a credibilidade da equipe, pois estão comprometidos com os objetivos da área, já passaram por diversas situações críticas anteriores e estão tecnicamente capacitados para utilizar e orientar seus clientes nas melhores práticas da Gestão de Dados.

Infelizmente algumas empresas não enxergam isto, e ainda preferem montar equipes com a base de sua pirâmide formada por profissionais com baixa qualificação e experiência. Esta abordagem funcionava muito bem no passado, onde se tinha a oportunidade de formar profissionais durante o andamento dos projetos, pois os projetos eram longos, seguiam o modelo cascata e o escopo da atuação da área de Gestão de Dados não era tão abrangente. Além disso, a interação entre as pessoas não era muito grande. Vale ressaltar que não sou contra a contratação de profissionais júniores, porém este tipo de perfil não pode ser utilizado como base da pirâmide de uma equipe de Gestão de Dados.

Mesmo assim, devemos ter em mente que uma simples passagem de informação equivocada, ou falta de firmeza no parecer de questões mais críticas, põe em dúvida a capacidade do profissional e também da área de Gestão de Dados junto aos seus stakeholders. De forma geral, as consequências desta prática são: aumento desnecessário de recursos na equipe, baixa produtividade, comunicação falha, baixo nivelamento de recursos e descrédito da equipe.

A continuidade desta prática nos dias atuais é muito perigosa, pois os profissionais de Gestão de Dados interagem com várias pessoas e seus papéis não estão mais limitados às funções de DBA ou Administrador de Dados. Novos papéis como: Administrador de Serviços e Gestor Estratégico de Dados começam a surgir nas organizações mais maduras. Independentemente dos papéis, a prática de ter equipes pouco qualificadas deve ser abolida, sob pena dos profissionais da área de Gestão de Dados terem suas capacidades técnicas e comportamentais questionadas.

Mas afinal, o que é um profissional de Gestão de Dados de destaque? Conforme figura abaixo, um Gestor de Dados de destaque deve possuir uma série de conjuntos de habilidades que podem ser divididas em quatro grupos principais:


















Figura 2 - Habilidades Ideais para um Gestor Estratégico de Dados


O DAMA-DMBOK® abrange o gerenciamento das funções: governança de dados, arquitetura de dados, desenvolvimento dos dados, operações de banco de dados, segurança de dados, dados mestres e de referência, data warehousing e business intelligence, documentação e conteúdo, metadados e qualidade de dados.

Algumas habilidades técnicas e as habilidades em Gestão de Dados podem ser mensuradas por certificações internacionais. As certificações sérias são um bom instrumento para avaliar os conhecimentos técnicos e habilidades dos profissionais.

Empresas vendedoras de soluções promovem certificações técnicas baseadas em seus produtos tais como: Oracle, SQL-Server e IBM-DB2.

Já a DAMA International promove a certificação CDMP – Certified Data Management Professional. A credencial CDMP atesta a capacidade do indivíduo em trabalhar nas funções de Gestão Estratégica de Dados.

Para receber a credencial CDMP o profissional deve ser aprovado em três exames. Se o profissional passar com 50% de aproveitamento ou mais em todos os exames ele receberá a credencial CDMP Praticante. Se passar com 70% de aproveitamento ou mais em todos os exames ele receberá a credencial CDMP Mestre.

Vale ressaltar que, por si só, apesar de ajudar, a certificação não assegura que o profissional possui o melhor perfil para trabalhar em uma empresa, conforme colocado na figura 2, o conhecimento do negócio e as habilidades comportamentais também são fundamentais para formar um profissional de Gestão de Dados de Destaque.

Finalmente, montar um time de destaque não é uma tarefa fácil. É comum encontrar colegas que passam por dificuldades na hora de contratar pessoas. O mercado de Gestão de Dados está ressurgindo de forma acelerada, porém a quantidade de profissionais qualificados não está acompanhando este crescimento. Portanto, depois de montado, não devemos medir esforços para manter a harmonia e a evolução do time. Afinal, segundo a Gestão de Dados Moderna, as pessoas também são ativos importantes das organizações.

® DAMA e DAMA-DMBOK são marcas registradas da Data Management International

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