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Conteúdo sobre Agilidade.
Mitos Ágeis
O uso de processos ágeis de desenvolvimento de software pode melhorar muito não só a
produtividade, como a motivação da equipe. Neste artigo vamos discutir de forma pragmática algumas visões erradas sobre
processos e práticas ágeis, suas origens, consequências e como evitá-las. Serão
abordados mitos sobre documentação, comportamento e cultura organizacional.
Em que situação o tema útil
O artigo mostra como evitar algumas armadilhas que a implantação de processos ágeis traz
através do entendimento de suas origens e das alternativas possíveis para corrigi-las.
Já faz algum tempo que os métodos ágeis não são
mais novidade nem vanguardistas. Cada vez mais e maiores empresas adotam
processos e práticas reconhecidamente ágeis para o seu desenvolvimento de
software. Ainda assim, da mesma forma que em ondas anteriores de inovações nos
processos de desenvolvimento, boa parte das implementações desses processos
desvia do direcionamento original intencionado pelos seus criadores. Não é o
caso de defender o purismo conceitual, mas algumas poucas concepções erradas
podem atrapalhar a sinergia entre as práticas ágeis e fazer o processo conduzir
a equipe a uma situação continuamente pior do que a inicial. Essa espiral
descendente normalmente leva a dois caminhos: a desistência da adoção de
práticas ágeis e o retorno ao desenvolvimento tradicional, ou a contínua
adaptação dessas práticas, fazendo com que elas se tornem cada vez menos eficazes.
No contexto deste artigo serão abordados diversos métodos e processos que estão sob o guarda-chuva do Manifesto Ágil. Esses processos e métodos são formados por conjuntos de atividades, eventos, papéis e artefatos que procuram resolver um determinado problema num contexto específico. A essas soluções pontuais e específicas chamamos de ‘práticas’. No decorrer deste artigo o termo ‘práticas’ será usado para referenciar essas soluções que têm sua origem no Extreme Programming, Scrum, Kanban, TDD, Lean, dentre outros métodos, processos e abordagens.
Faremos uma exploração de alguns erros comuns encontrados em implantações de práticas ágeis. Esses erros foram observados em implantações de processos ágeis em diversos estágios, tanto iniciais quanto com mais de um ano. Nessa análise iremos entender o erro, explicar sua origem e contexto e discutir alternativas para resolvê-lo.
Com base nisso, serão discutidos mitos comuns no mercado e esclarecidos um punhado de princípios básicos que, se bem entendidos, aceleram qualquer projeto de transformação ágil. As situações onde são apontados mitos descritos neste artigo são comparadas a implantações corretas de práticas ágeis.
É importante esclarecer que o mito neste artigo são
desvios em relação a modelos considerados corretos pela literatura vigente.
Consideram-se implantações corretas aquelas que aderem a guias oficiais, como o
Scrum Guide da Scrum.org e trabalhos seminais como o livro Kanban de David
Anderson. Um exemplo pode deixar isso mais claro: se numa determinada empresa
são feitas reuniões diárias (stand-ups) que levam mais de meia hora e a equipe
começa a perceber que essa prática ágil não funciona, a conclusão está errada.
Reuniões diárias, segundo o Scrum Guide, não podem durar mais do que 15
minutos. Para poder avaliar sua eficácia a equipe precisa executar Scrum
corretamente.
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