Primeiros Passos - Começando com o Java wireless

Mesmo que você seja um desenvolvedor experiente, entrar nessa onda implica em pensar em questões às quais talvez esteja pouco acostumado.

Esse artigo faz parte da revista Java Magazine edição 18. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição

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Primeiros Passos

Começando com o Java wireless

Hoje fala-se muito o termo wireless, mas este diz pouco sobre como uma aplicação sem-fio realmente deve ser. Independentemente de qual tecnologia estiver sendo utilizada, wireless significa mobilidade. De fato, o grande diferencial de uma solução móvel é permitir que seus usuários obtenham qualquer tipo de informação, em movimento. Especialmente se você mora em uma cidade grande, como São Paulo ou Rio de Janeiro, e está sujeito a encontrar grandes congestionamentos, a vantagem é enorme. A possibilidade de ver a situação de vendas ou o status dos servidores, de responder um e-mail urgente vindo do outro lado do mundo, isso tudo no meio de um congestionamento quilométrico (ou em outra situação similar), permite interagir mais e mais com o trabalho, mesmo longe do escritório.

Tal vantagem pode até parecer óbvia, mas acredito que ainda estamos longe de compreender o impacto das mudanças trazidos pelo uso de aplicações móveis em larga escala. Tanto que alguns economistas propõem que nos encontramos à beira de uma revolução na era da informação – a Economia Livre. Você não mais acessa a informação dentro de um ambiente determinado, como sua casa, escritório, escola, Internet Café. O acesso à informação torna-se livre e independente de localização.

Se você não quer “perder o bonde”, então sugiro que comece agora a pensar em desenvolver soluções móveis. Mas lembre-se: isso não significa apenas começar novos projetos com "wireless" estampado nos documentos de requisitos. Você pode estender uma solução convencional, parcialmente pronta, adicionando módulos móveis. Imagine o seu sistema simples (mas crítico) de gerenciamento de contatos via web, agregado de funcionalidades de mobilidade que permitam ao usuário acessá-lo também através do celular ou PDA.

Porém, mesmo que você seja um desenvolvedor experiente, entrar nessa onda implica em pensar em questões às quais talvez esteja pouco acostumado.

Escassez e J2ME

É interessante perceber o impacto que a escassez pode gerar em todos nós. Por exemplo, antes da crise do petróleo, na década de 70, a gasolina era abundante e barata. Construíam-se carros enormes capazes de cortar os Estados Unidos de ponta a ponta, com consumo na casa de 5 quilômetros por litro – e ninguém realmente estava preocupado com a eficiência do motor, ou mesmo com a qualidade da gasolina, algo desnecessário diante de tanta abundância. Mas quando o petróleo encareceu, muita coisa começou a mudar. Até os pequenos passeios começaram a sair muito caro, e parecia que tudo iria parar e nada mais seria divertido como antes.

Fico imaginando o que aconteceria aos profissionais de informática de hoje se de repente surgisse uma lei internacional que taxasse o uso da internet por byte trafegado. Além dos previsíveis protestos de geeks e ataques a websites de empresas, uma conseqüência seria a procura por maior eficiência nos aplicativos, principalmente na utilização da rede.

Freqüentemente, deparo-me com profissionais Java que gostariam de ingressar no desenvolvimento de aplicações J2ME. O maior problema ao envolver-se com essa tecnologia, principalmente quando se vem do desenvolvimento em J2SE e J2EE, é achar que os recursos são abundantes como nestas áreas. Considerar que a rede sempre está disponível com alta velocidade e baixo custo, que a memória do dispositivo é vasta, que a tela é espaçosa e o poder de processamento é equivalente ao de um Centrino... Ilusão!

Aparelhos e comunicação

Ao decidir por criar uma solução móvel, comece fazendo uma pesquisa de mercado e avalie as tecnologias disponíveis na sua cidade ou região. Tente evitar qualquer tipo de solução que deva ser importada, para que não haja problemas com peças de reposição e suporte técnico.

Quanto a equipamentos, temos no mercado brasileiro alguns palmtops (PDAs), uma quantidade razoável de coletores de dados proprietários e uma variedade enorme de telefones celulares poderosos, oferecidos pelas operadoras de telefonia (veja o "

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