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Entendendo o conceito de Multi-camadas
Multi-Tier é uma tecnologia que vem sendo cada vez mais falada por nossas bandas. Entre o público que programa em Delphi, essa onda começou a pegar lá pelos primórdios do Delphi 3, e ganhou força no ano do lançamento do Delphi 5. Não foi coincidência. Na terceira versão do Delphi, uma das implementações que chamou mais atenção foi a palheta MIDAS. Mas que diabo era MIDAS? A coisa apareceu assim, sem aviso nem nada? O fato é que, a partir desse ponto, nós começamos a ouvir mais sobre a tecnologia de camadas, na época ainda conhecida como three-tier.
Entretanto, não houve nenhum ‘boom’. De certa forma, fez falta alguém parado ao nosso lado, chateando: “três camadas, três camadas, três camadas...” Um fato ainda pior aconteceu: ficamos órfãos de documentação técnica. Isso é simplesmente horrível, visto que temos uma tendência muito forte a nos entusiasmar com uma tecnologia nova depois que aprendemos a fazer alguma coisa com ela. Sem a prática, o aprendizado de novas técnicas fica um pouco desestimulante.
1999. Este foi um ano onde a three-tier, agora já rebatizada Multi-Tier iniciou, no Brasil, sua ascensão entre os programadores Borland, curvatura essa que não tem parado de crescer. Apesar de os fatores terem sido muitos, podemos apontar dois acontecimentos de maior destaque. O primeiro foi a fusão Borland + Visigenic, que resultou na polêmica Inprise. Com isso, a versão do Delphi que viria a ser lançada traria uma inovação recebida inicialmente com espanto: um conjunto de ferramentas estranhas, que ficavam dentro de um menu chamado Visibroker. Outro fato menos chamativo foi a mudança de nome da versão “Client-Server” para “Enterprise”."
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