Android, a nova plataforma móvel – Parte IV

 

Google lança a plataforma que pretende acabar com a segmentação no mundo móvel

 

Neto Marin (netomarin@gmail.com) Formado em Análise de Sistemas na PUC-Campinas, trabalha com Java desde 2002 (programador certificado desde 2006) e com Java ME desde 2005, se especializou no desenvolvimento de aplicações móveis. Responsável pela pesquisa e criação de produtos na área de mobilidade. Mantém blog na Mobile and Embedded Community e foi palestrante sobre Java ME no JustJava 2007.

 

Estrutura de uma aplicação Android

Antes de iniciar o desenvolvimento do exemplo desse artigo, é bom conhecer e entender a anatomia de uma aplicação Android, pois ela não segue os formato conhecido de uma aplicação Java comum ou de um MIDlet para Java ME.

 

A aplicação é dividida em quatro blocos:

·         Activity: É o bloco mais comum de uma aplicação Android. Normalmente, cada activity se refere a uma tela da aplicação e é implementada como uma única classe que deriva da classe base Activity. Essa classe deve exibir uma interface com o usuário e tratar os eventos a ela relacionados.

·         Intent Receiver: Esse bloco é usado quando você deseja que a aplicação reaja a algum evento externo, como por exemplo, o telefone tocar, Internet disponível ou então em um determinado momento (alarme). Esse bloco não exibe nenhuma interface com o usuário, mas pode através da classe NotificationManager avisar o usuário que tal evento ocorreu.

·         Service: Um service é o código que é executado durante toda a aplicação e sem a necessidade de uma interface com o usuário. Um bom exemplo disso são tocadores de música ou players de vídeo. Pois, após o usuário escolher qual música deseja ouvir ele não quer que sua música pare por causa de algum outro evento.

·         Content Provider: Uma aplicação pode armazenar dados através de uma base SQLite ou algum outro mecanismo que faça sentido para o desenvolvedor. E um Contente Provider é o que permite as diversas aplicações no dispositivo compartilharem as informações.

 

A sua aplicação não precisa implementar TODOS os blocos, mas provavelmente será uma combinação entre dois ou mais desses blocos.

 

Ciclo de vida da aplicação

Por se tratar de um kernel Linux, cada aplicação roda como um processo Linux separado. Ele é criado quando algum código da aplicação é iniciado e fica disponível até que não seja mais necessária e o sistema necessite daquele espaço na memória para outras aplicações.

 

Uma diferença em relação a outras plataformas, é que o ciclo de vida da aplicação não é controlada pela própria aplicação mas sim determinado pelo sistema e caso haja um erro na utilização de um dos blocos ele pode causar o fim da aplicação.

 

Criando um projeto Android

Para iniciarmos o desenvolvimento da aplicação de exemplo, é preciso criar o projeto no Eclipse. Considerando que o plugin foi instalado com sucesso, basta seguir alguns passos:

·         Selecionar a opção: File à New à Project...

·         E então, Android à Android Project e clicar em Next

 

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Figura 6. Selecionar o wizard para um projeto Android.

 

Obs.: Nesse ponto, caso o SDK do Android não esteja com o caminho correto configurado pode ocorrer um erro. Então, vá em Window à Preferences... e no grupo Android configure o caminho corretamente.

 

·         A próxima tela se trata da configuração básica da aplicação e precisa das seguintes informações:

o    Project name: Nome que se deseja dar ao projeto.

o    Create new project  in workspace: Quando o projeto está em seu inicio.

o    Create project from existing source: Caso onde se está importando um projeto já em andamento/finalizado.

o    Package name: Pacote básico para a aplicação.

o    Activity name: Primeira atividade a ser executada.

o    Application name: Nome que se deseja dar a aplicação.

 

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Figura 7. Configurações para o projeto Hello Android

 

·         Clicar em Finish, e o projeto é criado.

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