Esse artigo faz parte da revista Engenharia de Software 18 edição especial. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição



Gerência de Configuração

GCO: Por onde começar?

Como implementar a gerência de configuração a partir do zero

 

 

De que trata o artigo:

Veremos como se pode começar a implementação da Gerência de Configuração com o objetivo de obter os níveis G e F do MPS.BR. O escopo deste artigo é, portanto, a gerência de configuração de software, focada no ciclo de desenvolvimento – e não a gerência de configuração como abordada pelo ITIL, que é mais abrangente.

 

Para que serve:

O propósito do processo Gerência de Configuração – GCO – é registrar e garantir a integridade dos produtos de trabalho dos demais processos relacionados com o ciclo de desenvolvimento de software. Sem o processo GCO, o software evolui sem controle e isso pode gerar um caos nas bibliotecas de software e na documentação de projetos e processos de forma geral.

 

Em que situação o tema é útil:

O processo GCO, como descrito no MPS.BR, descreve uma série de boas práticas para a implementação de um Sistema de Gerência da Configuração e de atividades que vão garantir um melhor controle dos produtos de trabalho dos processos relacionados com o desenvolvimento de software.

 

 

Imagine que, de repente, o seu gerente entra na sala e te diz: “A Diretoria decidiu que vai implementar o MPS.BR aqui na nossa empresa. Vamos montar uma equipe e você foi um dos escolhidos. Resolvemos que você ficará encarregado do processo Gerência de Configuração (ler Nota 1).”

 

Nota 1. Gerência de Configuração

Sob a perspectiva de desenvolvimento, a Gerência de Configuração de Software abrange três sistemas principais: controle de modificações, controle de versões e controle de gerenciamento de construção.

O sistema de controle de versões permite que os artefatos sob Gerência de Configuração evoluam de forma distribuída, concorrente e disciplinada, evitando perdas ou sobreposições durante o desenvolvimento e a manutenção do artefato. Podemos citar como exemplos de ferramentas de mercado: CVS, Subversion, IBM Rational ClearCase e Microsoft Visual Source Safe.

Um item, ao ser desenvolvido, evolui até que atinja um estado em que atenda aos propósitos para o qual foi criado. Isso implica em diversas alterações, gerando uma versão do item a cada estado (Munch, 1996). Para estabelecer o controle sobre as diversas versões, todas as versões devem ser armazenadas e identificadas. Isso, geralmente, é feito com o auxílio de uma ferramenta.

A versão do item pode ser incluída no esquema de identificação ou ser acessível a partir de uma tabela à parte. É conveniente que o esquema de identificação das versões dos itens seja feito em forma de árvore, pois ao mesmo tempo em que mantém um histórico das versões dos itens, permite identificação única e ramificações a partir de qualquer versão.

O sistema de controle de modificações armazena todas as informações geradas durante o andamento das solicitações de modificação e relata essas informações aos participantes interessados e autorizados. Podemos citar como exemplos de ferramentas de mercado: Bugzilla, Jira, Trac e IBM Rational ClearQuest.

O objetivo dessa tarefa de gerência de configuração é relatar a todas as pessoas envolvidas no desenvolvimento e na manutenção do software as seguintes informações sobre as alterações na configuração de software:

O que aconteceu?

Quem o fez?

Quando aconteceu?

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