De que se trata o artigo

Este artigo demonstra como utilizar as animações visuais da nova ferramenta do Delphi XE 2, a FireMonkey, apresentando também uma idéia de como empregá-la em aplicações comerciais.

Em que situação o tema é útil

Desenvolver uma aplicação comercial baseada em FireMonkey utilizando seus recursos visuais, como simples animações, para obter uma interface final mais rica e agradável ao usuário, bem como proporcionar ao desenvolvedor uma idéia geral do funcionamento das animações da nova tecnologia.

Animações em aplicações comerciais

A nova ferramenta FireMonkey (FMX) integrada ao Delphi tem demonstrado que é uma plataforma rica para o desenvolvimento de aplicações com poderosos efeitos gráficos 2D ou 3D, sem contar que é portável. Com a grande ascensão das tecnologias de desenvolvimento de Software nos últimos tempos, principalmente no quesito visual e interação com o usuário, ela vem como uma poderosa aliada que facilita a utilização de tais recursos para o desenvolvedor. Neste artigo, o foco é a utilização de animações simples e rápidas com o FireMonkey, disponíveis nativamente pela própria ferramenta sem a utilização de componentes adicionais, para serem integradas em aplicações com um foco comercial. Também demonstra uma simples utilização de LiveBindings em conjuto com o dbExpress para acesso ao banco de dados Firebird.

O mercado de desenvolvimento de software tem ganhado várias ferramentas e tecnologias para o projeto de aplicações mais ricas em interface e interatividade. É evidente que com a popularização do recurso TouchScreen e da atual ascensão dos dispositivos portáteis como os Smartphones, tais tecnologias se tornem cada vez mais presentes no cotidiano dos desenvolvedores. Até certo tempo atrás, o programador Delphi que desejava ou necessitava desenvolver aplicações com interfaces mais ricas ou personalizadas para o ambiente Windows, precisava utilizar componentes de terceiros ou desenvolver seus próprios códigos, uma vez que a VCL e o próprio ambiente nativo da ferramenta não apresentavam tantos recursos para a manipulação da interface gráfica dos aplicativos. Com o surgimento da versão XE 2 do Delphi novas tecnologias foram incorporadas à ferramenta, principalmente no quesito interface.

FireMonkey

O FireMonkey (FMX), que é uma nova plataforma para aplicações, tem atraído a atenção dos desenvolvedores. Ela é uma biblioteca de componentes gráficos que utiliza a GPU (Unidade de Processamento Gráfico) e também a CPU (Unidade Central de Processamento) dos computadores ou dos dispositivos portáteis, uma vez que é multi-plataforma, possibilitando o desenvolvimento de aplicações HD 3D ricas visualmente e de uma maneira rápida, com vários efeitos visuais. Ela possui uma camada de abstração de recursos, um motor GUI que cuida geração de caixas de texto, botões, janelas e demais componentes, o que possibilita sua portabilidade para outros ambientes, uma vez que os mesmos ficam independentes do Sistema Operacional. Oferece suporte ao desenvolvimento de gráficos em 2D ou 3D, também utilizando formas primitivas, possuindo um motor de vetores poderoso. Também é constituída por um motor destinado a utilização de temas pré-definidos ou criados pelo próprio usuário através de um Editor. Suporta animações, que por sua vez, são calculadas em segundo plano através de uma Thread, apresentando um consumo mínimo de CPU e correção automática da taxa de frames (quadros), permitindo também a utilização e manipulação de vários tipos de imagens como Bitmap, JPEG, PNG, GIF, etc.

O FireMonkey e a VCL não podem ser utilizados em conjunto num mesmo projeto pois são incompatíveis. Vale a pena lembrar também que a VCL é uma biblioteca de componentes que é suportada apenas no ambiente Windows. Atualmente o FireMonkey é compatível com o ambiente Windows 32 ou 64 bits (a partir do XP SP2), Mac OS X e iOS, porém deverá oferecer suporte a outras plataformas futuramente.

O desenvolvimento 3D com o Delphi foi enfatizado com o FireMonkey. Utilizando um objeto do tipo TForm3D ou TViewPort3D, por exemplo, é possível adicionar vários objetos 3D primitivos, como um Cubo, e criar câmeras, efeitos de iluminação e animação na aplicação, como rotação e escala, bem como a utilização de materiais para as superfícies dos objetos. Também é importante evidenciar que ao integrar animações com aplicações comerciais, é uma boa prática levar em consideração o tempo de execução da animação, não utilizando efeitos demorados, afinal além de uma aparência agradável o usuário deseja ter um sistema que responda o mais rápido possível às suas requisições.

Entretanto o FireMonkey não é apenas uma plataforma destinada ao desenvolvimento de uma aplicação gráfica ou cheia de efeitos e animações, mas sim uma solução completa para aplicativos comerciais. Ela suporta o acesso aos bancos de dados através das ferramentas DataSnap e dbExpress, podendo o desenvolvedor utilizar recursos de LiveBinding que utiliza expressões para a interligação dos objetos através das suas propriedades.

Nota do DevMan

Nos sistemas operacionais os programas são executados como processos. Uma Thread pode ser definida como um subprocesso pertencente a algum processo em execução, permitindo assim a execução de códigos em paralelo (segundo plano), possibilitando também a troca de informações entre ambas. Uma aplicação também pode conter várias Threads em execução compartilhando suas informações.

Nota do DevMan

O recurso de LiveBinding é um mecanismo que permite a ligação entre os objetos da aplicação por meio de expressões relacionais, também conhecidas como expressões de ligação. Diante disso um objeto pode estar interligado a outros objetos bem como a si mesmo. No Delphi, ao criar um novo LiveBinding através da propriedade LiveBindings e selecionada a opção Link to DBField, presente em diversos componentes, é criado um TBindingList, que permite que sejam visualizadas e alteradas as ligações presentes no formulário, facilitando o trabalho de ligação. Também é criado um TBindScopeDB para a definição de um DataSource para o DataBinding.

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