Ter um computador rápido é o desejo de todos, para isso temos uma série de tarefas e recursos que podemos ajustar para melhorar a velocidade, o "Gerenciador de Janelas" é um destes recursos, buscando um gerenciador eficiente e leve encontramos o BlackBox, vamos conhece-lo:

    BlackBox é um gerenciador de janelas, possui como característica principal leveza para a execução de suas tarefa, consome poucos recursos da máquina onde está instalado, sendo uma ótima opção para computadores com hardware de baixa desempenho ou para quem deseja otimizar seu sistema, mantendo e aproveitando o máximo de recursos para a execução de outras tarefas.

    O gerenciador em pauta foi inicialmente criado do zero por Brad Hughes na linguagem C++. A idéia foi desenvolver um ambiente rápido e simples, mas que fosse funcional para o sistema operacional Linux (sistema que também tem a característica de rodar em máquinas que possuem poucos recursos), Também pode ser configurado pelo usuário dando opções de criar temas e customização de menus, por exemplo.

    Devido ao seu sucesso, resultado dos benefícios obtidos com sua utilização para o operacional da máquina, o BlackBox ganhou uma versão para o sistema Microsoft Windows (“bblean” que pode ser baixado em: http://bb4win.sourceforge.net/bblean/files/bbLean_116.zip o tamanho do arquivo é de 140KB compactados).

    Curiosidade: O gerenciador de janelas do Windows é o “Explorer” que consome de 5 a 78 MB de memória RAM, já o BlackBox varia 1 a 12 MB de consumo.

    “Contras: Por limitações do próprio Windows, mesmo com o Blackbox aberto, o Explorer continua em execução. Há outros programas do gênero, como o Talisman e o LiteStep , porém nenhum se incorpora tão bem ao sistema como o Blackbox.” Trecho extraído de: http://www.winajuda.com/2004/05/08/artigos/configurando-o-blackbox.htm

    “Uma das razões para a maior economia de memória oferecida pelo Blackbox é que ele não tem suporte a carregamento de imagens. Isso significa que, ao contrário de outros gerenciadores de janelas como o IceWM e o WindowMaker, não é possível definir um belo pixmap para ser usado como padrão de preenchimento dos menus e barras de título das janelas - é necessário se contentar com os preenchimentos baseados em gradientes.” Trecho extraído de: http://brlinux.linuxsecurity.com.br/artigos/xwin_blackice.htm

    Comparado ao Gnome e ao KDE o BlackBox possue um pouco menos de recursos e possibilidades de configurações por isso é mais leve.

    Para efetuar o download do software e obter outras informações sobre o BlackBox entre no site oficial:

http://blackboxwm.sourceforge.net

Instalação do BlackBox:

Todas as instruções citadas para a instalação foram extraídas em: http://brlinux.linuxsecurity.com.br/artigos/xwin_blackice.htm

    “O primeiro passo é obter o arquivo dos fontes (em formato .tar.gz), no site oficial: portal.alug.org/blackbox .

    Uma vez de posse do arquivo, descompacte-o no diretório de sua preferência:

# tar zxvf blackbox-x.xx.x.tar.gz

Entre no diretório criado durante a descompactação, iniciando então a configuração e compilação:

# ./configure

# make

    Após o término da compilação, utilizando os privilégios do root (comando "su"), instale o pacote:

# su

# Password: ******

# make install

# exit

    E para garantir que o BlackBox vá ser executado na próxima vez em que você iniciar o ambiente gráfico, edite o arquivo ~/.xinitrc de maneira análoga à utilizada para instalar o IceWM, mas desta vez acrescentando a seguinte linha:

exec blackbox.”

    Ainda neste artigo como complemento, foram realizados alguns testes usando as configurações padrão de cinco populares ambientes, que por desempenho e outras razões técnicas valem a pena serem citados e analisados:

    “Não foi tomada nenhuma precaução científica, exceto a manutenção das mesmas condições de ambiente em todas as tomadas de tempo, mas mesmo assim é possível demonstrar, grosso modo, como pode valer a pena usar gerenciadores mais leves”. Veja tabela 1.

    Os testes foram realizados em um equipamento Pentium com 64MB de memória, rodando as configurações padrão distribuídas com o SuSE Linux 6.2”

Tabela 1

Gerenciador

Memória livre (Kbytes)

Modo texto

30764

BlackBox 0.40.9

23540

IceWM 0.9.42

23416

WindowMaker 0.60.0

20904

KDE 1.1.1

8376

GNOME 1.0.7

4660

Menus e Ambiente no BlackBox.

    As principais funções do BlackBox são acessíveis acionando o botão direito do mouse na área de trabalho.

    As opções de menus e ambientes, ficam no arquivo “blackboxrc”.

    Para personalizar o ambiente siga os passos:

Passo 1: Editar como root o arquivo .blackboxrc :

# vi .blackboxrc
Localize a linha:

session.imageDither: False

Altere para:

session.imageDither: True

    Após a alteração acima o arquivo está pronto para receber as configurações desejadas para sua aparência, como BackGround.

    Para você deixar o ambiente com as suas definições siga os passos abaixo e crie seu estilo (Style).

Entre em:

# cd /usr/X11R6/share/blackbox/styles

    Vamos criar uma pasta com as imagens que desejamos utilizar, digite a linha abaixo:

# mkdir /home/wallpapers

    Com as imagens na pasta criada execute o seguite comando:

# bsetbg -r /home/wallpapers/nomedaimagem.jpg

    Podemos adicionar mais recursos ao BlackBox, abaixo seguem alguns exemplos:

    O BBTools é um conjunto de Applets que mostram o estado de vários componentes do sistema, permitem montar e desmontar disquetes e CD-ROM entre vários outros recursos. A suíte pode ser baixada no http://bbtools.thelinuxcommunity.org

    O BBconf é uma ferramenta de configuração que substitui a edição manual dos arquivos. Ele permite configurar as cores e papel de parede, atalhos de teclados e as entradas no iniciar. A página oficial é a: http://bbconf.sourceforge.net

    Para utilizar os atalhos de teclado você precisará do BBkeys, que pode ser baixado no link: http://bbkeys.sourceforge.net

Conclusão:

    Tendo em vista um melhor aproveitamento dos recursos da máquina, bem como sua melhora de desempenho o uso desta interface gráfica supre estas expectativa, como visto nas pesquisas o faz de maneira eficaz e até o momento está na liderança quando o assunto é economia de recursos.

Por: Paulo Kaupa