De que se trata o artigo: Geração de interfaces que encapsulam a complexidade do acesso aos dados dos arquivos XML. Fazendo uso destas interfaces o desenvolvedor ganha uma forma simples, transparente, elegante e eficiente de manipular o conteúdo desses arquivos que são utilizados em larga escala no atual cenário de desenvolvimento.


Para que serve:
Para facilitar o trabalho do desenvolvedor no momento da leitura ou geração de arquivos no formato XML. Essa ferramenta gera a partir de um modelo, uma série de interfaces responsáveis pelo acesso aos dados do XML. A utilização dessa ferramenta é uma forma de abstrair a complexidade e permitir ao desenvolvedor acesso aos dados da mesma forma que ele acessa propriedades no Delphi.


Em que situação o tema é útil:
Na integração entre sistemas que fazem uso de arquivos XML para troca de informação, podemos citar como exemplos a NFe (Nota Fiscal Eletrônica). Também podemos utilizar as interfaces geradas pela ferramenta para consumir dados vindos de um Web Service, por exemplo. De maneira geral podem ser geradas interfaces para acesso a qualquer arquivo XML, não importando a sua complexidade, com base nisso a sua utilização é imensamente ampla, podendo facilitar a vida do desenvolvedor em incontáveis situações.

XML Data Binding

No decorrer do artigo vamos falar um pouco sobre o formato XML, entender o funcionamento do XML Data Binding, como ele abstrai toda a complexidade de manipulação de arquivos XML, gerar as interfaces necessárias para interagir com um arquivo XML e por fim, vamos utilizá-las em um pequeno exemplo, para demonstrar como é simples, elegante e eficiente o acesso a arquivos no formato XML.

No cenário tecnológico atual existe uma imensa quantidade de soluções desenvolvidas em inúmeras linguagens de programação e uma demanda cada vez maior de integração entre esses sistemas. Com base nessa necessidade, o padrão de arquivo XML (eXtensible Markup Language) passou a ser utilizado por inúmeros projetos, como por exemplo a NFe (Nota Fiscal Eletrônica) e a grande maioria de serviços disponibilizados via Web Service.

A XML veio para substituir os “antigos” arquivos em formato texto que normalmente eram utilizados para troca de informações entre sistemas. Com a utilização de arquivos texto, havia muitos problemas todas as vezes que algum tipo de mudança ocorria nos campos que compunham o arquivo. Quem nunca recebeu uma solicitação para aumentar o tamanho do campo X ou Y e esses campos faziam parte de alguma rotina de exportação baseada em texto. Quando isso ocorria, toda a rotina de exportação e importação tinha que ser revista, gerando grandes transtornos.

Com a utilização de arquivo XML esse problema não ocorre, pois a XML não delimita o tamanho do conteúdo dos campos. Isso facilita muito a vida do desenvolvedor que não precisa se preocupar com as rotinas de exportação e importação já escritas.

Além da utilização em integração de sistemas a XML também é amplamente utilizado em arquivos de configuração e em inúmeras outras tecnologias, tais com Sistemas de Informação Geográficas (SIG), Backup, dispositivos móveis etc.

O formato XML

O formato XML surgiu em meados de 1990, é uma linguagem de marcação baseada em texto que combina a flexibilidade do formato SGML com a simplicidade do formato HTML. O XML é um formato que permite a criação de dados de maneira organizada e hierárquica.

Nota:

O formato SGML surgiu na década de 60 e foi desenvolvido pelos pesquisadores da IBM C. Goldfarb, E. Mosher e R. Lorie, visando facilitar o intercâmbio e a manipulação de documentos, independente de sistema operacional e formato de arquivos. A opção foi utilizar um sistema de “Marcação Generalizada” (Generalized Markup). Os objetivos básicos do formato eram:

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