Artigo SQL Magazine 61 - Utilizando Código Gerenciado pelo Banco de Dados com o SQL Server

Neste artigo, iremos entender um pouco sobre o CLR e identificar quais os benefícios de se possuir em seu BD um código gerenciável, ou seja, utilizar recursos que as aplicações feitas pelos desenvolvedores fornecem, porém dentro do SQL Server.

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SQL Server

Utilizando Código Gerenciado pelo Banco de Dados com o SQL Server

 

Até hoje, nós DBA’s (Database Administrators) temos uma grande barreira entre nós e os desenvolvedores, com exceção dos DBD’s (Database Developers) e aqueles que vieram da área de desenvolvimento. No entanto, tente observar como são estruturadas essas duas áreas: nós, DBA’s, devemos manter os bancos de dados em perfeitas condições para que as aplicações feitas pelos desenvolvedores possam recuperar dados consistentes e da forma mais eficiente possível.

Claro que tudo o que foi citado, ao final, se torna um trabalho em conjunto, mas note que os desenvolvedores dependem completamente dos DBA’s para que forneçamos o complemento para as suas aplicações, porém a dependência inversa dificilmente ocorre: dificilmente nós DBA’s precisamos dos desenvolvedores.

Vamos tentar imaginar um DBA que necessita plenamente do desenvolvedor. Estranho, não é verdade? O comum são as aplicações gerenciarem os bancos de dados, e não o contrário, ou seja, o banco de dados gerenciando a aplicação.

Conseguiram imaginar? Então agora pare e conheça mais um recurso do SQL Server que está presente na versão 2005 e agora também na versão 2008. O recurso que iremos destacar é bem conhecido entre os desenvolvedores .Net por Common Language Runtime, ou simplesmente CLR, e por todos os benefícios que este recurso proporciona, o SQL Server trouxe à partir da versão 2005 uma forma integrada deste recurso agregado ao mecanismo de banco de dados. Essa fusão é conhecida por SQLCLR.

Neste artigo, iremos entender um pouco sobre este recurso e identificar quais os benefícios de se possuir em seu banco de dados um código gerenciável, ou seja, utilizar recursos que as aplicações feitas pelos desenvolvedores fornecem, porém dentro do SQL Server. Veremos também um exemplo real de como aplicar o CLR baseado numa necessidade um tanto comum hoje em dia que é a exportação de informações para um documento em formato XML para um posterior envio para um cliente, fornecedor ou uma filial (técnica conhecida por EDI) e, a partir deste artigo, poder distinguir quando aplicar mais este recurso em nosso favor.

 

Introdução ao CLR (Common Language Runtime)

Atualmente, muitas linguagens de programação utilizam os conhecidos Runtimes (ver Nota DevMan 1), incluindo Visual C++, JScript, Microsoft Visual Basic, Perl e Java. Porém, o Common Language Runtime, ou simplesmente CLR, faz parte de um ambiente específico, que é o .Net Framework.

O CLR é responsável por gerenciar a execução das aplicações desenvolvidas em .Net. Por este motivo, todo código que o CLR gerencia é chamado de código gerenciado, e todo o processo que acontece internamente ao CLR faz parte do conceito de compilação just-in-time.

O fato dele fazer parte do .Net Framework é o diferencial deste ambiente, pois por meio do CLR ele garante suporte unificado a todas as linguagens de programação que rodam neste Framework e é justamente por essa forma de utilização genérica que esse ambiente também é chamado de ambiente gerenciado.

 

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