Um caso um tanto inusitado que aconteceu que fiquei sem direção de pensamento, gostaria de opiniões

14/07/2015

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Um caso um tanto inusitado que aconteceu que fiquei sem direção de pensamento. A empresa está vendo um novo projeto (trata-se de um sistema de médio porte), e em reuniões aconteceu o seguinte:

Para este projeto foi designado dois programadores e um analista, aonde ao caso deste projeto o analista tem menos experiencia do que os dois programadores (que seria eu e outro). Em determinada pauta, estavam sendo discutidas as tecnologias a serem utilizadas e como seria as camadas, arquiteturas, etc.... deste sistema. O analista fez algumas sugestões. O outro programador (este com mais experiencia do que eu) logo interferiu com argumentações técnicas mostrando que não seria uma boa escolha esta e nisso o analista não aceitando a reunião passou em torno dos 40 min a mais do que o previsto.

Em novas reuniões o programador trouxe documentações e mais explicações sugerindo um modelo de arquitetura, e outros pontos também, como fluxo do GIT, etc... que seriam bons e previsto a todo o projeto (nesta parte percebi que realmente eram boas sugestões) e o analista novamente relutou, onde estranhamente sem nenhuma argumentação técnica conseguiu aprovação do gerente do projeto que apresentava o novo projeto. Uma semana depois este programador recebeu uma advertência oral (nada formal, mas diante da equipe) sobre ele estar empecilhando o projeto com suas posições, etc...

Hoje, passado uns quatro meses, o sistema está com uma arquitetura proposta pelo analista com regras de negocio um pouco em uma camada designada no php, outro pouco no angularJS. O sistema foi feito utilizando angularJS. O angular em sí tem uma parte para roteamento e tals e o sistema mesmo assim existem algumas páginas em .php pois o analista achou mais "facil" para fazer.

Na produção está sendo utilizado um SGBD e no desenvolvimento um outro SGBD diferente (outra escolha do analista). Cada desenvolvedor tem uma versão diferente da modelagem do banco, onde um arquivo .sql é enviado referente à tarefa e nenhum destes tem acesso ao sistema rodando por completo e muito menos à modelagem da base, pois tudo é independente e focado somente ao analista.

Todas as tomadas de decisões técnicas hoje é focada somente por este analista e embora já apareceram erros de até R$1000,00 reais em comissões (partes do sistema já está em uso, pois trata-se de um sistema interno), e o foco da gerencia continua a dar toda relevância técnica para este, assim como todas as implementações mais complexas, do tipo que seriam interessante opiniões, tomadas de decisões em equipe, debates, etc este faz tudo sozinho. Outro dia ao ver novamente este programador a corrigir de um erro em uma tela, o analista simplesmente meio que "jogou na cara" dizendo que ele era o analista e que tomava todas as decisões que seria daquela forma e pronto.

Visto o contexto descrito acima, e levando em consideração que financeiramente a empresa paga(R$) de forma razoável, me vem as seguintes dúvidas:

1 - Gostaria de saber opiniões, feedbacks, criticas, elogios, sugestões, formas de pensar, etc.... no geral sobre a visão este contexto. Vale opiniões pessoais, profissionais, experiências etc...

2 - Vale a pena investir carreira em uma empresa que tem um setor de desenvolvimento assim? (Hoje existe apenas três projetos médios na empresa, contando com este)

Na minha opinião está no mínimo bizarro a situação, mas gostaria de opiniões.
Anderson

Anderson

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14/07/2015

A primeira caoisa que me vem a mente é: "caia fora desta empresa o mais rápido possível, pois não tem nenhum profissionalismo."
Mas levando a atual conjuntura econômica e a crise, não é uma decisão fácil de se tomar.

Normalmente as decisões quanto ao desenvolvimento do projeto cabe ao analista, mesmo que ele seja uma toupeira, mas se tem o apoio e confiança da gerência ele que decide. Claro numa empresa profissional temos uma arquitetura e uma diretriz tecnológica definidas e claras, nada impede algumas mudanças, mas tudo embasado em argumentos técnicos. Particularmente nos projetos em que participo levo em conta todas as sugestões e observações da equipe, independente do cargo e da experiência, pois um projeto de TI é um algo comunitário.

Claro que muitas das vezes é levado em conta motivos não técnicos como: prazos, custos e curva de aprendizado em determinada tecnologia. Assim nem sempre é possível tomar decisões somente em fatores técnicos.

No caso exposto esta claro que o analista é inseguro e tem medo de que outra pessoa possa obter conhecimento do projeto e talvez sobrepujá-lo. E para isto usa da intimidação, assédio moral, fragmenta o projeto para ninguém ter uma visão do todo e simplesmente age como um idiota.

Se mesmo argumentos técnicos não faz diferença e a chefia ignora e além disso, parte para o assédio moral e ameaças, não tem o que fazer. A empresa não é séria muito menos profissional. Com relação a usar banco de dados diferentes e fragmentar as informações não tenho nem comentários.

Só vejo dois caminhos! Se calar, aceitar e ser conivente, ganhando seu salário ou procurar outra empresa. Esta é uma decisão pessoal e afetará diretamente sua vida. Já passei por situação parecida com um gerente que não sabia nada de TI e morria de medo e inveja por causa do meu relacionamento com todo mundo na empresa em prestávamos serviço. O salário era muito bom, mas as condições de trabalho não eram profissionais sem falar na desorganização e ter conviver com um idiota todo o dia. Assim optei por sair. Nenhum salário paga a nossa dignidade e qualidade de vida. Mas não tome decisões apressadas ou no calor da ira. Pense, pondere e use o bom senso. E acima de tudo não saia para ficar desempregado, mas procure por outra emprego e continue trabalhando. Agora as vezes ter paciência e esperar pode ser a melhor escolha, pois os idiotas acabam se perdendo na própria idiotice.

Acredito que além do salário a empresa deva contribuir para o crescimento profissional e pessoal do empregado. E assim de tudo trabalhar deve ser prazeroso e não um tormento.

Só posso deseja que tome a decisão correta e tenha êxito.

Jothaz

Jothaz
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14/07/2015

William

Bom Anderson, confesso que nunca vi analista de sistemas se entender em 100% com programadores, já presenciei discussões acaloradas então isso acaba sendo normal nesse contexto.

Quanto ao gerente do projeto ter apoiado o analista infelizmente pode acontecer, ainda mais se o gerente notar excesso de "negatividade" do programador aí acaba virando teimosia mesmo e claro também vai da experiência do gerente em lidar com conflitos dentro da equipe.

Agora quando vc falar sobre investir na carreira dentro da empresa, penso da seguinte maneira eu invisto na minha carreira como programador e a empresa em que estou é beneficiada com isso, mas meu objetivo é sempre pensando na minha carreira independente da empresa que estou!
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14/07/2015

Anderson

Valeu pela resposta, boa observação, pois houve alguma "negatividade" por parte do programador (indignação, seria a palavra mais adequada).
Responder

14/07/2015

Anderson

@Jothaz, valeu pela resposta. Penso da mesma forma que você.
Responder

14/07/2015

Eduardo Pessoa

Não tenho experiencia, mas logo de vemos que como você mesmo disse, "bizarro", talvez o gerente não entenda nada de tecnologia e esteja apenas "apoiando" quem foi designado como analista, isso vendo por cima!
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14/07/2015

Anderson

No caso ele entende de programação, mas ao caso do projeto foram faladas de novas tecnologias para a época. Pode ser ao fato de observar apenas a parte das melhores argumentações, pois ele também é responsável por outros setores de TI alem do de desenvolvimento.
Responder

15/07/2015

Eduardo Pessoa

Se entende, ele quer terminar o projeto logo, fazer na pressa mesmo, eu entendi assim...!!!
Responder

15/07/2015

Fernanda Acacia

A primeira caoisa que me vem a mente é: "caia fora desta empresa o mais rápido possível, pois não tem nenhum profissionalismo."
Mas levando a atual conjuntura econômica e a crise, não é uma decisão fácil de se tomar.


Faço das suas palavras as minhas Jothaz, tempos dificeis, as vezes temos aceitar certas coisa. É um caso complicado mesmo Anderson, é engraçado se não fosse tragico, acho que faltou humildade do analista!
Responder

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