Esse artigo faz parte da revista Clube Delphi Edição 65. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição

" align=baseline border=0>: Sempre tem... Não tem gente que programa para DOS e OS/2 até hoje?

: [risos] Tem gente que não tinha nem nascido para saber o que significam essas siglas...

: É... Elas não têm problemas de DNA – Data de Nascimento Avançada!

: E o engraçado é que tem mercado para isso ainda, embora seja restrito e cada vez mais decrescente. Mas e o Java?

: Ah! Claro. O Java está bem aí. Que tal? Já tentou?

: Err... bem...

: Bom, deixa pra lá. Não vamos começar uma guerra religiosa, política ou futebolística, OK? Podemos conviver em paz e harmonia, cada um contribuindo da sua melhor maneira!

: O Java alcançou uma boa reputação no mundo corporativo, como guardião dos objetos de negócio, utilizando a arquitetura J2EE (Java 2 Enterprise Edition). Mas a parte de interface com o usuário continua sendo demorada para fazer e o resultado final não é lá essas coisas...

: Principalmente considerando que a grande maioria dos usuários finais já está muito acostumada com o padrão visual do Windows. E cá entre nós, é muito fácil e rápido construir interfaces gráficas, principalmente com o Delphi, né?

: Sem dúvida! Creio que vamos observar o seguinte movimento: Java vai tentar ser produtivo e rápido na interface gráfica, enquanto o .NET vai buscar maturidade e segurança no lado servidor. A briga vai ser boa!

: Acredito que a Microsoft vai conseguir mesmo emplacar o .NET, não acha?

: Se lembrarmos que ela está investindo praticamente tudo nessa iniciativa e que eventualmente cessará o suporte ao Windows 32-bits (assim como já cessou para o 16-bits e DOS), parece que temos bons motivos para nos preparar para a próxima onda, não?

: Tudo bem, essa é a parte terrorista do argumento.

: Mas também temos ótimas notícias! Finalmente teremos à nossa disposição um sistema operacional 100% orientado por objetos! Sim, porque historicamente os sistemas operacionais são funcionais, disponibilizando uma API (Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações) para usarmos dentro de nossos programas para interagir com o núcleo (kernel) e usufruir das funcionalidades oferecidas por ele.

 

S.O. 100% OO?

: Estava mais do que na hora de termos finalmente um sistema operacional totalmente OO, e acho que o .NET é o principal motivo disso. É chance, inclusive, de desenvolvermos hoje nossas aplicações e deixá-las prontas para o amanhã. A VCL sempre nos abstraiu da API, muito bem, ocultando tipos “esotéricos” como Handles, PChars etc. Usar um TObject e família sempre foi muito melhor! Falando nisso, e aquele diagrama que você tinha da arquitetura VCL x API x Windows?

: Veja a Figura 1. É como usamos hoje o Delphi com o Windows como sistema operacional, utilizando a famosa Win32 API para nos comunicar com o núcleo do sistema. Note que a VCL encapsula muito da API do Windows para nós, mas podemos acessá-la diretamente, quando necessário.

 

Figura 1. As camadas de acesso ao Windows

 

: É, essa VCL é poderosa mesmo! O ClientDataSet então...

: Calma, já chegaremos no CDS. Podemos dizer que a VCL é uma abstração orientada por objetos da API do Windows, e que facilita enormemente nosso trabalho, certo?

: Certo. Entretanto, como ainda precisamos conversar bastante com o sistema operacional, nem todas as funcionalidades foram encapsuladas em componentes.

: Quando isso acontece podemos resolver de duas maneiras:

·         Acessando diretamente a API, declarando as funções necessárias e apontando para a(s) DLL(s) que as implementam; ou

...

Quer ler esse conteúdo completo? Tenha acesso completo