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Backups com SQL Server 2000 Parte II
Executando backups
Paulo Ribeiro
Leitura Obrigatória: SQL Magazine 20, Utilizando Filegroups para Ganho de Performance e Gerenciamento de Espaço.
Leitura Obrigatória: SQL Magazine 21, SQL Server Backups Parte I: Modelos de Recovery.
Nos dias de hoje muito tem se falado sobre sistemas redundantes, espelhamento, storages, cluster, RAIDs, e por aí afora. O foco principal de toda essa discussão se resume no seguinte: em quanto tempo você consegue retornar à operação em caso de falha no servidor de banco de dados? Existem inúmeras soluções de software e hardware, algumas baratas e outras muito, mas muito caras. Soluções de software normalmente são mais baratas do que suas equivalentes em hardware. Outra característica desses sistemas é que o custo da solução é inversamente proporcional ao tempo necessário para recuperar seus dados: se você quiser recuperação instantânea com certeza irá pagar “mais caro” que uma solução que deixe sua empresa parada por algumas horas.
Independente de tecnologia, sistemas estão sujeitos a falhas. Um crash de disco, um drop “acidental” de uma pequena sobrecarga de energia, etc. Tudo isso pode acontecer com você, acredite. Incêndio no CPD é pouco provável? Pois é, mas acredite: pode acontecer com você.
Casos a parte, vamos a uma questão:
- Você verificou seu backup hoje?
Atente para um detalhe: não estou perguntando se você fez backup, mas sim se você conferiu a execução do backup. Efetuar o backup é a regra número 1, conferir se a rotina foi executada é a regra número 2, testar o backup é a terceira e última regra. Qualquer violação nesses procedimentos pode acarretar em perda de dados e, em último caso, do seu emprego.
Bem, o objetivo dessa matéria será fornecer ao leitor o conhecimento necessário para efetuar backups com o SQL Server 2000. Serão discutidos todos os tipos de backup e sua implementação. Essa matéria possui dois pré-requisitos: entendimento dos modelos de recovery (edição número 21 “SQL Server Backups Parte I: Modelos de Recovery”) e utilização de filegroups (edição número 20 “Utilizando Filegroups para Ganho de Performance e Gerenciamento de Espaço”).
Boa leitura!
Porque fazer backups?
A resposta a essa pergunta parece um tanto óbvia, mas vamos lá:
· Para manter o seu emprego;
· Para manter o emprego do seu chefe;
· Para manter o emprego do chefe do seu chefe;
· Para manter a empresa funcionando, propiciando um rápido retorno à operação após falhas;
· Porque está na lei.
Brincadeiras à parte, a lei exige a manutenção de diversos registros por vários anos. Por outro lado, a empresa não pode “fechar”, ou “parar temporariamente suas atividades” se o servidor de produção entrar em colapso. Já que existem aspectos legais e funcionais que explicam porque necessitamos de backups, vamos ao próximo tópico.
Tipos de backup existentes no SQL Server 2000
O procedimento de backup de um database é, em parte, semelhante a um processo de cópia de arquivos. A diferença é que no backup de um database não serão copiados os arquivos .MDF ou .LDF (ver Nota 1) - será gerado um arquivo em um formato especial contendo os schemas e dados dos objetos presentes no database.
Nota 1. Arquivos .MDF e .LDF
Existe um meio para copiar e restaurar arquivos .MDF / .LDF. Diferentemente de um backup, esse procedimento não pode ser realizado com usuários conectados e requer a “desvinculação” do database com o SQL Server 2000 para que se possa realizar a cópia. O procedimento de “desvinculação” ou “detach” é realizado através da procedure SP_DETACH_DB. Para vincular ou “atachar” novamente o database ao SQL Server 2000, utiliza-se a procedure SP_ATTACH_DB.
O SQL Server 2000 possui quatro tipos de backup: DATABASE, LOG, DIFERENCIAL e FILEGROUP, detalhados a seguir.
Backup de DATABASE
· É uma cópia de todos os objetos e dados existentes no database;
· É um recurso dinâmico, isto é, o backup de database pode ser realizado com transações ativas durante a execução do backup;
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