Esse artigo faz parte da revista SQL Magazine edição 58. Clique aqui para ler todos os artigos desta edição

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De que se trata o artigo:

Neste artigo iremos conhecer um pouco mais sobre a Flash Recovery Area (FRA) e como o Oracle a utiliza para reduzir o tempo de recuperação do banco de dados.

Para que serve:

A FRA é uma área específica no disco que serve como um local de armazenamento para todos os tipos de backup.

Em que situação o tema é útil:

Essa tecnologia é utilizada como um local unificado para armazenamento de todos os arquivos necessários para recuperação do banco. A FRA agiliza a recuperação, além de ser uma forma barata de armazenamento.

 

Com o avanço da tecnologia, a quantidade de dados armazenados tem aumentado. Grandes empresas e organizações guardam milhões de registros todos os dias. Em um cenário como esse, o risco de perda de dados aumenta consideravelmente. Existem muitas ferramentas e técnicas disponíveis nos bancos de dados atuais que fornecem subsídios para controle de backups, evitando perda de dados e agilizando a recuperação.

Nesse processo de recuperação rápida, a utilização dos discos possui vantagem sobre meios magnéticos, pois podem acessar dados, aleatoriamente, mais rápido do que uma fita, por exemplo.

Visando auxiliar o DBA (Administrador de banco de dados) no gerenciamento dos backups, foi disponibilizado a partir do Oracle Database 10g Release 1 uma área específica no disco que serve como um local de armazenamento para todos os tipos de backup. Este local é conhecido como Flash Recovery Area (FRA). O Oracle gerencia o espaço dentro desta área, atualiza automaticamente a lista de arquivos candidatos à deleção, de acordo com a política de retenção dos backups e, se necessário, elimina automaticamente backups considerados obsoletos ou que foram copiados para fita através do Recovery Manager (RMAN).

Neste artigo iremos conhecer um pouco mais sobre esse poderoso recurso e como utilizá-lo nas operações de recuperação do banco de dados Oracle.

 

Conhecendo a Ferramenta Flash Recovery Area

Flash Recovery Area pode ser definida como uma forma simples, rápida, unificada e barata de armazenamento em disco (default) onde estarão localizados todos os arquivos relacionados a operações de backup e restore de um banco de dados Oracle, como mostra a Figura 1.

 

Figura 1. Estrutura lógica e física de um banco de dados Oracle, contemplando a FRA

 

É recomendado que você utilize a FRA para armazenar todos os arquivos necessários para recuperação do banco de dados. Esses arquivos podem ser:

·         Arquivos permanentes: cópias do arquivo de controle (control file) e online redo logs. Esses arquivos são configurados para serem armazenados na Flash Recovery Area durante a criação do banco e não podem ser eliminados, pois causam falha na instância.

·         Arquivos transitórios: São arquivos que serão eventualmente excluídos, em algum momento, depois de se tornarem obsoletos sob a política de retenção ou forem gravados em fita. Arquivos transitórios incluem arquivos de log (archives logs), cópia dos arquivos de dados (datafiles), cópia do control file, control file autobackups, arquivos de flashback e backup pieces.

 

Os principais benefícios da FRA são:

 

·         Local unificado para armazenamento de todos os arquivos necessários para recuperação do banco;

·         Gerenciamento automático do espaço definido;

·         Operações de backup e restore de forma rápida, sem a necessidade de restaurar backups armazenados em fita;

·         Aumento da confiabilidade dos backups, já que o armazenamento em disco geralmente é mais seguros do que fita;

·         Armazenamento do Flashback log que é utilizado durante as operações de Flashback Backup para restauração rápida do banco de dados para um estado anterior;

·         Compartilhamento da FRA entre diversos bancos de dados.

·         Facilidade para fazer backup da FRA completa ou de arquivos separados que compõe a FRA diretamente para fita através do RMAN.

 

Cenários a serem customizados

Criaremos aqui quatro cenários diferentes, sempre levando em consideração a configuração realizada no cenário anterior. A criação desses cenários visa aproximar o máximo possível o leitor das tarefas realizadas diariamente pelo DBA:

 

·         Cenário 1 - Backup copy: Nesse cenário criaremos na FRA arquivos de backup idênticos aos arquivos de origem do banco de dados. Após o backup simularemos problemas nos arquivos do banco e ensinaremos como restaurá-los;

·         Cenário 2 - Backup set: Nesse cenário mostraremos como recuperar o banco a partir de arquivos de backup gerados via RMAN, em um formato específico da ferramenta. Mostraremos também como o Oracle gerencia a FRA automaticamente de acordo com a política de retenção;

·         Cenário 3 - Archive logs: Nesse cenário iremos simular problemas no banco de dados, recuperando-o até um ponto anterior ao problema ocorrido, utilizando os arquivos de log que estão dentro da FRA;

·         Cenário 4 – Flashback Database: Nesse estágio, mostraremos como habilitar o Flashback Database e a melhor forma de restaurar um banco de dados após uma falha, utilizando os arquivos copiados.

 

Em todos os cenários iremos utilizar para resolução dos problemas o banco de dados Oracle 10g release 2 e a configuração inicial mostrada a seguir.

 

Configuração inicial

A primeira coisa a fazer é verificar se o banco de dados está em modo archivelog. Esse é um requisito para habilitar a FRA. Caso não esteja, é necessário configurá-lo. No nosso caso (ver Figura 2), o banco de dados está em modo archivelog (ver Nota DevMan 1).

 

Figura 2. Verificação do estado do banco de dados

 

Nota DevMan 1. Modo Archivelog X Noarchivelog

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