De que se trata o artigo

Este artigo aborda uma iniciação ao sistema gerenciador de banco de dados Postgres, visando a integração de uma aplicação desenvolvida no Delphi XE 2 com uma base de dados criada neste SGBD, utilizando o padrão de conexões ODBC para aplicações FireMonkey ou VCL, e também, o componente ZeosLib para acesso nativo aos dados, que também pode ser utilizado em ambas as plataformas.

Em que situação o tema é útil

Permitir que desenvolvedores possam integrar seus softwares desenvolvidos no Delphi XE 2 na plataforma FireMonkey ou VCL com o SGBD Postgres de uma maneira fácil e rápida. Demonstrar a praticidade de trabalhar com diferentes tipos de bancos de dados de forma simplificada.

PostgreSQL

O SGBD Postgres é um software livre e de código-fonte aberto que surgiu a mais de 25 anos e que vem sendo atualizado e mantido por diversas comunidades de desenvolvedores. Além da possibilidade de ser utilizado em aplicações desenvolvidas no Delphi XE 2, o Postgres também é muito utilizado na Internet, em sistemas de comércio eletrônico, devido a várias de suas características como a robustez. Contudo, o Postgres é otimizado para ser adotado em aplicações complexas, onde o volume de dados é muito alto e existem diversas informações críticas. Este artigo demonstra uma breve iniciação ao banco de dados mencionado, demonstrando a integração dos bancos de dados com a plataforma FireMonkey, utilizando para isso o padrão ODBC, ou a plataforma VCL, através da biblioteca de acesso nativo ZeosLib.

A integração de aplicações e bancos de dados é um padrão adotado e muito necessário na maioria das vezes nos projetos de sistemas. O Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) PostgreSQL, também conhecido como Postgres, surgiu por volta de 1986 nos Estados Unidos, mais especificamente na Universidade de Berkeley - CA e sempre possuiu código-fonte aberto, sendo assim, ele pode ser estudado, alterado, utilizado e distribuído por qualquer pessoa e para qualquer fim, comercial, pessoal, etc. É um SGBD do tipo objeto-relacional (ORD - Object-relational Database) de nível corporativo, sendo também multiplataforma, possuindo diversas versões para Windows, Linux, Solaris, Mac OS X, entre outros Sistemas Operacionais de plataformas 32 e 64 bits. Ele também conta com grande parte dos tipos de dados de acordo com o ISO SQL: 1999 como Numeric, Integer, Varchar, Timestamp, Boolean, etc, tendo suporte a junções, gatilhos, procedures, chaves estrangeiras, Views e campos binários que podem ser utilizados para o armazenamento de vídeos, sons ou imagens.

O Postgres é um SGBD elaborado, preparado e otimizado para atender grandes corporações e entidades que necessitem ou trabalhem com um alto volume de informações, fornecendo assim uma base consistente para o armazenamento dos dados.

No que diz respeito a suas funcionalidades, o Postgres possui registrador de transações sequencial, ferramentas de recuperação, controle de concorrência multiversionado, replicação assíncrona, planejador de consultas, ferramentas para cópias de segurança, etc. Também é um SGBD extremamente escalável no que diz respeito ao número de usuários concorrentes e na quantidade de informações que são gerenciadas. Por ser um projeto aberto, o Postgres também depende de uma comunidade de desenvolvedores ao redor do planeta que possam atuar na sua evolução, suporte e na identificação de possíveis erros. Vale à pena lembrar também que existe uma equipe que mantém o núcleo do projeto para gerenciar e dar sequência ao mesmo.

O Postgres conta com várias distribuições efetuadas por terceiros que possuem um determinado conjunto de ferramentas adicionais, como é o caso do Postgres Plus, além de contar com diversas distribuições Live CD baseadas em Ubuntu, Fedora, entre outros, que permitem a utilização do mesmo sem que exista a necessidade da instalação, onde o Software é encontrado pré-configurado e com grande parte das ferramentas.

A arquitetura do Postgres, assim como em outros servidores de bancos de dados, é do tipo cliente-servidor. Ele é constituído de um programa servidor de banco de dados que é denominado Postmaster. Sendo assim, gerencia as conexões das aplicações cliente, bem como comanda e efetua as ações solicitadas nos arquivos do banco de dados. Em contrapartida, as aplicações clientes que se conectarão ao servidor podem utilizar ferramentas de comandos, aplicações gráficas, entre outros. O servidor também aceita várias conexões simultâneas, onde a cada nova conexão é criado um novo processo que opera de maneira independente do processo original do Postmaster. Entretanto o Postgres pode ser executado em modo monousuário através da aplicação que leva seu nome (postgres).

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