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Do que trata o artigo:

Este artigo apresenta a utilização dos recursos da UML, especificamente os diagramas de sequência. O desenvolvimento de um modelo de interações realmente útil, composto de diagramas legíveis, pode ser alcançado pela adoção de uma visão pragmática sobre o emprego da linguagem.

Para que serve:

Se bem compreendida e adaptada a cada tipo diferente de sistema sendo desenvolvido, a abordagem apresentada pode auxiliar na confecção de documentação de alto nível de qualidade, mas que não consuma tempo demais das equipes.

Em que situação o tema é útil:

Tanto para equipes de desenvolvimento nas organizações onde é tão preterida a atividade de documentação, quanto no ambiente acadêmico, onde se observam dificuldades por parte dos alunos em desenvolver, principalmente, os diagramas de sequência.

Na última década, a Orientação a Objetos firmou-se definitivamente como paradigma padrão de desenvolvimento de sistemas. Entre as diversas vantagens em relação à sua antecessora, a Análise Estruturada, a Orientação a Objetos trouxe uma, considerada fundamental: a adoção de uma linguagem unificada de modelagem, acabando com a verdadeira Babel de metodologias que a precederam. Assim é a UML – Unified Modeling Language – Linguagem de Modelagem Unificada, uma extensa e completa linguagem para modelagem de diversos aspectos de um sistema de informação sendo projetado. A UML disponibiliza um conjunto de 13 diagramas diferentes, cada um deles capturando uma abstração do sistema, e cujo conjunto constitui um excelente conjunto de artefatos de análise e projeto.

Nem todos os diagramas, contudo, são aplicáveis e necessários ao desenvolvimento de todo e qualquer sistema. Um conjunto variável de parâmetros e fatores determina a necessidade de elaboração de um determinado tipo de diagrama. Todavia, de uma forma quase absoluta, três dos tipos disponíveis de diagramas devem sempre fazer parte da documentação de projeto de um sistema: os Diagramas de Casos de Uso, juntamente com as respectivas descrições detalhadas, os Diagramas de Classes, e um de dois tipos de diagramas de interação: os Diagramas de Comunicação ou os Diagramas de Sequência. Embora esses dois tipos de diagramas tenham a mesma semântica, a prática parece ter consagrado a escolha dos diagramas de sequência, por serem mais facilmente interpretados e compreendidos. Entretanto, nos meios acadêmico e profissional detecta-se, ainda hoje, uma grande dificuldade ao adotar a criação de Diagramas de Sequência.

Diagramas de Sequência são muito úteis em fornecer suporte real à implementação e em constituir rica documentação de alto nível. Eles representam os objetos participantes de uma colaboração enquanto emitem e recebem mensagens no intuito de realizar um caso de uso. As mensagens são apresentadas em sua ordem temporal, o que facilita a compreensão do fluxo de controle do caso de uso. A maior dificuldade associada à sua criação parece estar relacionada ao grau de detalhamento a ser aplicado a esses diagramas. Mas pode-se adotar uma perspectiva prática para criação de uma documentação realmente útil, e que não se torne uma tarefa ainda mais árdua do que a própria codificação do sistema.

Identificando as dificuldades

O problema tem duas perspectivas diferentes. No ambiente organizacional, de produção, observa-se que o desenvolvimento de diagramas de sequência muito detalhados torna-se uma atividade penosa e contra producente. O tempo despendido nessa atividade acaba por tornar-se superior ao da própria codificação. Ainda aqui, o principal causador do grande tempo demandado parece ser o detalhamento exagerado dos diagramas. Fazê-los completos e detalhados é trabalhoso e difícil, além de gerar documentação volumosa e quase sempre preterida, em favor de um processo mais ágil de desenvolvimento.

O resultado de sua supressão radical dos artefatos do sistema é igualmente danosa, pois permite à equipe de programação, entre diversos outros problemas, resolver de modo diferente diversas situações de programação onde a padronização traria benefícios inequívocos. Uma conclusão incipiente sobre sua utilização ou não, aponta para a necessidade de equacionar de forma mais pragmática seu uso nos projetos.

No ambiente acadêmico, a principal dificuldade encontrada está fundamentada na total falta de unanimidade sobre criação de diagramas de sequência descrita na literatura técnica, assim como em centenas de exemplos de utilização disponíveis através da Internet. Uma primeira análise se refere ao escopo de utilização dos Diagramas de Sequência. Algumas fontes demonstram a utilização desses diagramas em um nível exageradamente macro, aproximando-os dos antigos Diagramas de Contexto da Análise Estruturada. Um exemplo dessa utilização pode ser visto na ...

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