Prado - Um Framework PHP para Desenvolvimento de Aplicações Web

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PRADO

Um framework PHP para desenvolvimento de aplica��es Web

No desenvolvimento de aplica��es web, geralmente nos deparamos com um cen�rio muitas vezes repetitivo e cansativo, onde boa parte do tempo � utilizada com tarefas que fogem do objetivo da aplica��o ou regra de neg�cio. Alguns exemplos que podemos citar s�o valida��es de formul�rios, verifica��es de quais usu�rios t�m acesso a uma determinada p�gina, atualiza��es dos valores de um formul�rio quando executamos um post nele mesmo, tamb�m conhecido como postback, e muitos outros.

Temos no PHP uma das linguagens para desenvolvimento web mais utilizadas do mundo, que tem como principais caracter�sticas facilidade de utiliza��o e uma alta performance, e que recentemente passou a receber investimentos da IBM, reconhecendo assim o seu grande potencial. No entanto, essa linguagem vinha deixando a desejar com rela��o ao seu modo de programar, onde linguagens como Java e ASP, evolu�ram com frameworks poderosos como o Struts e o ASP.NET, respectivamente, que tornam o processo de desenvolvimento para web mais produtivo, menos oneroso com rela��o a manuten��es e baseando-se em design patterns.

Neste artigo apresentaremos o framework PRADO. Este permite o desenvolvimento de aplica��es PHP de forma produtiva e eficiente.

Um pouco de hist�ria

Nos prim�rdios da programa��o web t�nhamos os famosos cgi�s escritos em linguagens como C e Perl. Naquela �poca, toda p�gina din�mica teria que ser criada usando tags html embutidas dentro do c�digo cgi. Isso trazia uma enorme dor de cabe�a tanto para dar manuten��o no c�digo, como tamb�m para alterar o layout das p�ginas, tarefa quase que imposs�vel para os designers da �poca (um exemplo da dificuldade que era realizar essa tarefa pode ser observado na Listagem 1).

Listagem 1. Script em perl que exibe um valor enviado por uma p�gina utilizando o m�todo GET.

print �Content-type: text/html\n\n�;
print �<html>\n�;
print �<head>\n�;
print �</head>\n�;
print �<body>\n�;
print �<center>\n�;
$p = $ENV{�QUERY_STRING�};
($key,$value) = split(/=/,$p,2);
print �<h1>�,$value,�</h1>\n�;
print �</center>\n�;
print �</body>\n�;
print �</html>\n�;

Depois apareceram linguagens como asp e php, onde o c�digo com a l�gica din�mica poderia ser embutido em p�ginas html. Dessa forma, criava-se um cen�rio inverso ao anterior, e que permitia uma maior facilidade para que os designers pudessem mexer mais facilmente no layout sem precisar conhecer detalhes da linguagem de programa��o utilizada (como pode ser observado na Listagem 2).

 Listagem 2. Script em php que exibe um valor enviado por uma p�gina utilizando o m�todo GET.

<html>

<head>

</head>

<body>

</center>

</body>

</html>

Mesmo assim, programar para web ainda era um pouco �rduo, principalmente quando se tratava da interatividade com o usu�rio e valida��o de formul�rios, onde muitas vezes era necess�rio manipular c�digos javascripts e campos hiddens para gerar o resultado pretendido. Isso sem considerar o fato do protocolo HTTP ser stateless, onde n�o existe persist�ncia de conex�o, ent�o sempre que for necess�rio manter os valores dos campos de um formul�rio entre requisi��es � preciso manipular campos hiddens ou vari�veis de sess�o.

A evolu��o

O PHP por possuir v�rios recursos com uma lista enorme de fun��es, com acesso aos mais diversos tipos de banco de dados e com uma sintaxe simples e de f�cil aprendizagem, se tornou rapidamente uma das linguagens mais utilizadas para desenvolvimento de aplica��es web, mas que sofre dos mesmos problemas apresentados anteriormente.

Muitas empresas criaram o seu pr�prio framework, que muitas vezes eram um conjunto de classes que agilizavam o desenvolvimento de aplica��es, e que continham as fun��es mais usuais, realizando assim o conceito de reusabilidade.

A utiliza��o de frameworks �p�blicos� traz consigo a preocupa��o em ser o mais completo poss�vel para ser utilizado nos mais diversos tipos de aplica��es, ter uma boa documenta��o para que qualquer um possa utiliz�-lo, seguir padr�es de projeto, al�m de ter uma comunidade de desenvolvedores espalhados pelo mundo, utilizando e trocando experi�ncias. Muitos deles procuram separar fisicamente, em arquivos, o conte�do HTML do c�digo de programa��o, para que o designer possa lidar o m�ximo poss�vel apenas com o HTML, e o desenvolvedor lidar o m�ximo poss�vel apenas com a l�gica de programa��o.

Tecnologias como Java e .NET implementaram conhecidos frameworks. Em Java podemos citar o Struts, WebWork, e Java Server Faces, e em .NET o ASP.NET que faz parte do .NET Framework.

Chamo a aten��o aqui para o Java Server Faces da Sun e o ASP.NET da Microsoft. Estes utilizam o conceito de componentes e eventos, conceitos estes muitos conhecidos por quem desenvolve aplica��es desktop, e que sabem o quanto � produtivo utilizar componentes e eventos para o desenvolvimento de aplica��es, sem falar no fato de que o desenvolvedor pode criar seus pr�prios componentes e utiliz�-lo facilmente em v�rios programas. Como veremos a seguir, o PRADO (um framework para o PHP) tamb�m se enquadra neste conceito.

PRADO

PRADO � um PHP 5 Framework baseado em componentes e eventos que torna o modelo de programa��o web em PHP muito semelhante ao ASP.NET da Microsoft.

Criado por Qiang Xue, o PRADO foi inicialmente inspirado no projeto Apache Tapestry. Durante seu projeto e implementa��o, o Borland Delphi e o ASP.NET tiveram um papel importante na defini��o do Framework.

Vejamos algumas caracter�sticas do PRADO:

� HTML separado do c�digo php;

� Utiliza��o do conceito de componentes, fornecendo um alto n�vel de reutiliza��o;

� Cont�m v�rios componentes para valida��o de formul�rios;

� Utiliza o ADOdb como camada de abstra��o de banco de dados. As fun��es nativas do php tamb�m podem ser utilizadas;

� Suporte a Master Pages, que consiste na funcionalidade de heran�a visual, onde podemos criar uma p�gina padr�o, geralmente com cabe�alho, rodap� e menu, que ser� utilizada em todo o site, sendo mesclada �s p�ginas que a herdar�o;

� Suporte a temas e skins, que consistem em templates que permitem modificar o layout da aplica��o dinamicamente;

� Suporte a m�dulos, que consistem em agrupar uma cole��o de p�ginas que possuem objetivos em comuns. Exemplo: o m�dulo fornecedor seriam todas as p�ginas que cadastram e alteram informa��es dos fornecedores em uma aplica��o;

� Arquivo xml que define a configura��o da aplica��o, m�dulos e componentes;

� Suporte a internacionaliza��o e localiza��o;

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