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De que se trata o artigo: Apresenta uma discussão de diversos aspectos relacionados à utilização de estruturas de repetição para quem está começando a trabalhar com Java.


Para que serve:
O conteúdo apresentado neste artigo serve como um guia para auxiliar tanto professores de programação como alunos iniciantes.


Em que situação o tema é útil:
O tema é útil para aqueles que estão ministrando ou participando de um curso introdutório de Java e desejam revisar o conceito de estruturas de repetição.

A programação de computadores normalmente requer que o profissional seja capaz de manipular com precisão diversas estruturas, comandos e recursos específicos das linguagens de programação. Dentre os diversos comandos disponíveis é preciso conhecer e saber manipular bem aqueles que alteram o fluxo de execução dos programas, sendo as estruturas de repetição o principal recurso para o programador reaproveitar diversas linhas do seu código fonte.

Este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão das principais estruturas de repetição do Java para quem está começando a programar nesta linguagem de programação e ainda está se familiarizando com a forma de estruturar logicamente um programa. O artigo discute o conceito das estruturas, seus usos, implicações, riscos e também detalhes específicos das sintaxes destas estruturas no Java.

Estruturas de repetição

Antes de começar a tratar sobre as estruturas de repetição é importante compreender corretamente um conceito fundamental para qualquer profissional que deseja trabalhar com a linguagem de programação Java: o conceito de fluxo de execução.

O fluxo de execução é abordado logo no início dos cursos de introdução à programação ou de lógica de programação. A compreensão correta deste conceito é muito importante, pois uma vez que o aluno saiba bem como o programa será executado ele deve ser capaz de estruturar seus algoritmos baseados em uma sequência lógica de passos. Normalmente a apresentação de algoritmos, fluxos de execução e sequência de passos são realizados por meio de soluções sistemáticas para problemas do dia a dia, como trocar um pneu de um carro, tarefas a serem realizadas após acordar, preparação de uma receita culinária, etc. A Figura 1 mostra um exemplo inicial de algoritmo em linguagem natural que descreve os passos para a realização de uma ligação telefônica em um telefone público.

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Figura 1. Exemplo de algoritmo e fluxo de execução.

O algoritmo apresentado na Figura 1 apresenta três tipos importantes de controle de fluxo: a) sequencial, representado pelos passos de 1 a 4; b) desvio condicional, representado pelos passos 5 e 6; e c) Repetição, representado pelo passo 6.1.

A partir do conceito de fluxo de execução e de passos lógicos é possível montar diversos algoritmos para resolver um problema. Como pode ser visto pelas setas da Figura 1, o fluxo de execução sequencial pode ser alterado por uma estrutura de desvio, como o passo 5, ou por uma estrutura de repetição. Em geral, os três tipos de fluxo de execução mais comuns (sequencial, desvio e repetição) encontrados em um algoritmo são mostrados na Figura 2, onde os fluxos são representados por setas.

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Figura 2. Três tipos possíveis de fluxo de execução em um algoritmo.

Apesar de existirem variações, como as execuções simultâneas de mais de um fluxo encontradas em algoritmos de programação concorrente, as três setas apresentadas na Figura 2 demonstram como os passos de um algoritmo podem ser executados. Obviamente, é possível combinar e encadear os três tipos de fluxo, porém neste artigo nos concentraremos apenas no fluxo repetitivo de execução.

Quando falamos sobre programas é natural implementar a lógica definida do algoritmo em uma linguagem de programação e isso vale também para a forma de controlar o fluxo de execução. As linguagens de programação mais utilizadas, como o Java, contam com estruturas de repetição para permitir ao desenvolvedor reutilizar linhas de código por meio da repetição do fluxo de execução do programa. É comum utilizar o termo loop para se referir a uma estrutura de repetição genérica e não entrar nos seus detalhes internos de funcionamento, como o uso de variáveis contadoras, limites, etc. A propósito, o uso do termo ...

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