Gestão de conhecimento em Empresas de TI

Figura 1: Gestão de conhecimento em Empresas de TI

O conceito de gestão do Conhecimento surgiu no início da década de 90 e que segundo SVEIBY (1998, p. 3) passa de uma moda de eficiência operacional, para fazer parte da estratégia empresarial.

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) destaca que a gestão do conhecimento é composta por dados, informações e conhecimento, sendo dado entendido registro estruturado de transações, não existindo um propósito para os mesmo, mas sendo utilizados na composição da informação.

Gerir o capital intelectual da organização tornou-se fundamental na administração de empresas. Gestores contam com colaboradores cada vez mais preparados e capacitados tecnicamente, não tendo espaço para administração com conhecimento centralizado e sim estratégico.

A gestão de conhecimento está sendo considerado o novo destaque na administração moderna. Porém esse recurso a favor de muitas empresas não é algo que se possa comprar ou adquirir, mas que está associado à prática, a uma conquista diária, onde através de estímulos a busca e a agregação de conhecimento torna-se hábito, tanto dos colaboradores individualmente como da organização como um todo.

O conhecimento está associado à multiplicação de riquezas, a partir do capital intelectual, ou seja, o capital individual não depende da organização, mas a organização depende do capital de colaboradores que a compõe. Profissionais atrofiados compõem organizações estagnadas, uma realidade comum em um mercado que evolui em velocidade recorde.

A consequência para empresas que não investem e estimulam o conhecimento é estar sempre atrás das demais.

Valorização do conhecimento no mercado

No mercado de TI onde o conhecimento centralizado é uma das maiores barreiras na evolução de empresas, onde é impossível poucas pessoas dominarem toda tecnologia, ferramentas e plataformas disponíveis, é imprescindível a descentralização, criando canais de comunicação rápidos com todos os envolvidos.

Atualmente o patrimônio organizacional deixou de ser bem material, passando a ser a capacidade em prosperar da organização. Conforme artigo do UOL, “Só para ter uma ideia do valor do conhecimento em nossos dias, nós mandamos navios carregados de soja para os países ricos. Mas um navio de soja exportado pode valer menos que uma nova cultura de bactérias que importamos, por exemplo.” (http://webinsider.uol.com.br/2005/08/29).

O aprender e o inovar organizacional, caminham juntos ao aprender individual de seus colaboradores, ou seja, para o crescimento organizacional é necessário o incentivo a todos os envolvidos, apresentar canais de compartilhamento de conhecimento, construindo a política do “Eu posso contribuir também”, isso desencadeia em motivação e também num crescimento organizacional.

A gestão do conhecimento não acontece dentro da organização, é internamento que se dissemina a idéia e a importância do conhecimento, porém é externa a coleta de novos conceitos, de ideias inovadoras, cabendo a instituição incentivar a busca e permitir apresenta-las, possibilitando usá-las dentro da organização.

Gerenciamento de conhecimento

Para gerenciar conhecimento é fundamental a valorização de pessoas, pois são essas que detém o conhecimento genuíno, aquele associado com técnica e prática, que quanto mais se compartilha e pratica, mais cresce.

O conhecimento organizacional deve estar alinhado a estratégia de negócio e a tarefas práticas desenvolvidas pelos colaboradores, influenciando positivamente os resultados de empresas e indivíduos, através de aprendizagem e conhecimento.

Muitas organizações sabem da necessidade de gerir o conhecimento, mas ainda não sabem como trabalhar com esse processo, sendo comum a dificuldade de muitas pessoas e organizações a saberem como lidar com estes recursos adequadamente.

A fim de auxiliar organizações e colaboradores a usarem e investirem em conhecimento, abaixo seguem alguns critérios que devem ser levados em conta:

Mapear o conhecimento organizacional

Qual o domínio de seus colaboradores?

Crie um mapa e identifique o que cada colaborador tem domínio. Permita que todos tenham acesso a informações de domínio dos colaboradores.

Essas informações devem ser atualizadas constantemente. Isso deve ser uma política institucional.

Exemplo: Fiz um curso, concluí a especialização, tive experiência em uma nova ferramenta, preciso atualizar no meu currículo organizacional.

Antes de alocar tarefas é preciso consultar o conhecimento do sujeito a ser alocado, é necessário saber se ele tem ou não domínio. Caso não tenha, é preciso planejar ações para prepará-lo.

Quais as necessidades de conhecimento da sua organização?

Mapeie o processo organizacional, as tarefas e identifique em quais momentos o conhecimento somaria e onde a necessidade está mais evidente, para então buscar novos resultados através de conhecimento.

Exemplo: Necessidades de descobrir novas ferramentas que agilizem algumas tarefas, produtos inovadores, alternativas para diminuir custo e expandir mercado.

As organizações eficazes em gerir o saber no momento de produzir, de aplicar técnicas e experiências em todos os setores e com a participação de todos os envolvidos, apresentam resultados práticos.

Estimular o aprendizado

Quando identificadas necessidades, deve-se ter canais para apresentar alternativas a fim de incentivar o colaborador à pesquisa.

A capacitação aplicada deve ser coerente a todos e uma política de conhecimento ser implantada, que resulte em motivação e liberdade para aplicar conhecimento em benefício da prosperidade de todos.

Muitos dos desafios empresariais em nossos dias podem ser resolvidos e muitas das oportunidades podem ser aproveitadas a partir das práticas de Gestão do Conhecimento, estimulando aprendizagem em todos os níveis das organizações. Não por acaso, as empresas demandarão cada vez mais profissionais que saibam gerir recursos intangíveis, propósito da Gestão de Conhecimento (GC).

São comuns gestores não estimularem a GC e não investirem na gestão de recursos intangíveis corporativos, “se o conhecimento se revela como o combustível essencial para todas as organizações em nossos dias, não é mais possível empregar pessoas que não saibam zelar do saber tão precioso, não dando também para deixar de preparar os colaboradores em ação para que aprendam a cuidar do conhecimento organizacional”. (Webider.uol)

A gestão de conhecimento tornou-se uma exigência do mercado e de metodologias de qualidade, sendo uma necessidade de todas as organizações, principalmente as de Tecnologia, indiferente do tamanho ou do seguimento que esta inserida.

Referenciais Bibliográficos