Conheça os benefícios que uma arquitetura modular em OSGi pode oferecer para suas aplicações em Java.
ArtigosJavaModularização dinâmica em Java com OSGi
Como fazer uma Modularização dinâmica em Java com OSGi
O conceito de modularização dinâmica para a tecnologia Java, proposto pela iniciativa OSGi, vem sendo adotado há um bom tempo por soluções de software cuja execução não deve ser interrompida, seja devido à necessidade de instalação de novos módulos, seja para alcançar resiliência quanto à disponibilidade da aplicação. Independentemente disso, existem ótimos benefícios pela escolha de uma arquitetura modular, e o framework OSGi é o caminho para alcançar tais vantagens. Com base nisso, este artigo tem como objetivo apresentar o contexto no qual a especificação OSGi foi concebid, bem como um exemplo prático para o entendimento dos principais conceitos.
Pode-se dizer que os conceitos fundamentais para o
desenvolvimento de um software
baseiam-se na busca pela flexibilidade, robustez e reutilização. Assim, características
como coesão, acoplamento, modularização e extensibilidade costumam estar no
topo do checklist de arquitetos que queiram que o código de uma
determinada solução de software seja
definitivamente de boa qualidade.
Nesse contexto, enquanto as ferramentas que apoiam o desenvolvimento
de software, bem como os meios nos
quais o mesmo é executado, mudaram significativamente, os princípios básicos
para o desenvolvimento de uma boa arquitetura continuam os mesmos. A título de
exemplo, observamos todos os novos recursos disponíveis em IDEs e na Java
Virtual Machine (JVM), que apoiam o desenvolvimento, e também a evolução
proporcionada pelo ecossistema baseado em Cloud
Computing, no qual muitos softwares
são executados.
No entanto, os conceitos que moldam a qualidade na construção
de um sistema não sofrem mudanças significativas há pelo menos vinte e cinco
anos. Isso se mostra evidente ao lembrar que, mesmo antes da publicação do
livro "Design Patterns: Elements of Reusable Object-Oriented Software",
em 1994 — cujos autores ficaram conhecidos como “Gangue dos Quatros” (Gang
Of Four, frequentemente abreviado como "GoF") —, os engenheiros
Kent Beck e Ward Cunningham iniciaram, em 1987, um experimento para aplicar
padrões baseados em ordem, organização e forma nas linguagens de programação.
Tal experimento foi baseado na obra do arquiteto e matemático Christopher
Alexander, denominada “Notes on the Synthesis of Form”, publicada em
1964. Curiosamente, Alexander também influenciou na criação do famoso jogo “SimCity”,
a partir de sua obra “A Pattern Language”,
conforme declarado pelo próprio Will Wright, designer do jogo e co-fundador da
Electronic Arts. Voltando ao experimento de Beck e Cunningham, eles
apresentaram seus resultados no mesmo ano de 1987 em uma conferência anual
dedicada à pesquisa e desenvolvimento de linguagens orientadas a objetos,
conhecidas como OOPSLA, que naquele ano ocorreu em Orlando (Flórida, EUA). Tais
resultados contribuíram para o início de um movimento para a busca por padrões
de projetos na área da ciência computacional, que finalmente ganhou
popularidade a partir da publicação do livro pelos membros do GoF, em 1994.
Depois disso, poucas publicações alcançaram tamanha
popularidade como a obra do GoF. É claro que surgiram novos Design Patterns nos
últimos anos, mas os princípios nos quais esses se apoiam continuam os mesmos. Entre
os princípios mais conhecidos, é possível citar cinco que atualmente delineiam
os parâmetros qualitativos na engenharia de um sistema. São eles: Princípio da
Responsabilidade Única (Single
Responsibility Principle — SRP); Princípio da Segregação de Interfaces (Interface Segregation Principle — ISP); Princípio
da Substituição de Liskov (Liskov
Substitution Principle — LSP); Princípio da Inversão de Dependências (Dependency Inversion Principle — DIP) e
o Princípio do Aberto Fechado (Open
Closed Principle — OCP).
Não está no escopo deste artigo se aprofundar sobre cada um
desses conceitos. Contudo, vale dizer que três deles, o SRP, DIP e o ISP, estão
diretamente ligados à determinação por um código modular. Não por acaso a
modularização oferece excelentes benefícios quando se pretende alcançar uma arquitetura
com índices de manutenibilidade e reusabilidade satisfatórios.
Entre os benefícios obtidos pelo desenho de um código
modular, observamos a facilidade com que componentes independentes podem ser
extraídos a partir dele. Tal vantagem mostrou-se muito importante no
ecossistema do desenvolvimento de software.
Isso porque a produção de códigos modulares, empacotados em componentes — na
forma de bibliotecas do tipo JAR, por exemplo —, promoveu o reuso genuíno além
das fronteiras de um ou outro grupo de desenvolvedores. Desse modo, centenas de
frameworks foram construídos, compartilhados
e combinados, como num lego, com o objetivo de alavancar o desenvolvimento de
sistemas complexos com um esforço relativamente reduzido frente ao que seria
necessário para construí-los inteiramente do zero. Assim, grande parte da
comunidade de desenvolvedores beneficiou-se (e vem se beneficiando) da
contribuição mútua de código reutilizável, muitas vezes chamados de frameworks, como o JUnit, SLF4J, Log4j,
Google Guava, Apache Commons, Spring, Hibernate e milhares de outros.
Entretanto, não foi por acaso que tal modelo para construção
de código modular encaixou-se perfeitamente na tecnologia Java. A forte
aderência dessa linguagem de programação aos princípios da Orientação a Objetos
tornou a aplicação desse modelo muito efetiva, e, como já foi dito nos
parágrafos anteriores, bibliotecas empacotadas em arquivos JAR se proliferaram,
permitindo a forte reutilização de seus módulos.
O uso de um software
denominado Maven também alavancou a prática de reuso de componentes, que são disponibilizados
em centenas de repositórios públicos. Tal comportamento também tem sido
observado em outras tecnologias, como o JavaScript, que foi marcado pelo surgimento
da plataforma Node.js. Essa plataforma possui um gerenciador de pacotes
denominado npm, o qual disponibiliza também
repositórios públicos contendo componentes que podem ser reutilizados. Tal
gerenciador é mantido pela empresa NPM Inc.
Pode-se dizer que um grande percentual das aplicações
construídas em JavaScript atualmente são dependentes desse modelo. Para se ter
uma ideia, em março de 2016, o programador Azer Koçulu removeu cerca de 250
módulos que havia compartilhado no npm,
isso porque se enfezou quando a equipe da NPM Inc., juntamente com advogados de
uma empresa responsável por um aplicativo de mensagens instantâneas, denominado
Kik, solicitou que ele alterasse o nome de um de seus componentes, também
batizado de Kik, alegando direitos autorais sobre esse nome. O problema é que,
entre os módulos removidos, estava o popular “left-pad”, composto somente por onze linhas de código. A remoção
desse módulo comprometeu milhares de aplicações na web que o possuíam como dependência, entre elas o Facebook,
Netflix, Airbnb e milhares de outras. Assim, tais aplicações ficaram
indisponíveis por um curto período de tempo até que a NPM Inc. conseguiu
reestabelecer tal dependência. Tal episódio levantou inclusive uma discussão
sobre esse tipo de fragilidade dos sistemas web.
No caso da tecnologia Java, o modelo de reutilização baseado
em componentes empacotados em JARs possui um detalhe que pode vir a se tornar
uma desvantagem dependendo do tipo de sistema a ser construído. Esse detalhe é
a necessidade de reinicialização da Máquina Virtual Java (JVM) para os casos de
inclusão, remoção ou atualização dos componentes que compreendem a aplicação.
Tal fato pode ser um problema para aplicações construídas para servirem outras
aplicações, como o WebLogic, JBoss AS, GlassFish, TomEE, etc., e para plataformas
para o desenvolvimento de sistemas, onde é preciso gerenciar a instalação de
plugins e extensões, como o Eclipse IDE. Para esses tipos de sistemas, é
necessário que sejam implantados módulos em tempo de execução e que os mesmos
possam ser removidos e atualizados sem a necessidade de reinício da JVM, ou
seja, um modelo de modularização dinâmico.
Diante dessa latente necessidade, surgiu a especificação
OSGi (Open Services Gateway initiative),
também conhecida por Dynamic Module
System for Java, desenhada por uma organização denominada OSGi Alliance. Essa
organização foi fundada em março de 1999, por um consórci ...
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<Perguntas frequentes>
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Metodologia
Quais são os principais diferenciais da DevMedia?
Didática e Metodologia
Com mais de 20 anos de experiência, nossa metodologia foca em menos aulas e mais prática. Desenvolvemos dezenas de projetos e exercícios para ajudar você a se tornar um programador completo. Nossos projetos são desafiadores e autênticos, não apenas exercícios repetitivos.
Projetos reais e exercícios
Você desenvolverá diversos projetos práticos em cada carreira (Front-End, Back-End e Mobile), recebendo mentoria e suporte contínuo. A prática é essencial, e oferecemos milhares de exercícios para ajudar você a fixar o conteúdo e melhorar sua posição no ranking.
Suporte ao aluno
Nossa plataforma oferece suporte dedicado com professores experientes, respondendo suas dúvidas em menos de uma hora. Isso garante que você receba a ajuda necessária durante toda a sua jornada de aprendizado.
Gamificação
A DevMedia utiliza gamificação para tornar o aprendizado mais envolvente e motivador. Você acumula pontos e moedas por acertos, que podem ser trocados por produtos e customizações no seu card pessoal. Além disso, o sistema de ranking mensal incentiva a competição amigável e a melhoria contínua.
O que eu irei aprender estudando pela DevMedia?
Ao estudar conosco, você se tornará um programador Full Stack, dominando Front-End, Back-End e Mobile. Utilizamos a linguagem JavaScript, a mais utilizada no mercado, preparando você para criar sistemas webs e aplicativos celulares. Nossa abordagem prática inclui exercícios para fixar o conhecimento e desenvolvimento de projetos reais que te preparam, para o mercado de trabalho.
Quais as vantagens de aprender programação através da linguagem JavaScript?
Ela é Multiplataforma, ela vai te permitir programar para web e para celulares utilizando praticamente a mesma sintaxe.
Elá é Full Stack. Ela te permite criar aplicações Front-end, Back-end e Mobile. Isso acelera muito sua carreira e aumenta suas possibilidades de pegar trabalhos autônomos e conquistar uma vaga no mercado.
Ela é fácil de aprender. Como ela não exige conhecimento inicial em “Orientação a Objetos” ela se torna mais simples com uma curva de aprendizado suave e vai te permitir começar a programar mais rápido do que outras linguagens
A plataforma oferece certificados?
Sim, oferecemos dois tipos de certificados: o certificado de conclusão, que você adquire ao consumir o conteúdo, e o certificado de autoridade, que você obtém ao acertar exercícios. Ambos possuem carga horária, que pode ser utilizada para fins acadêmicos, como atividades complementares na faculdade, e também para comprovações em processos seletivos ou no seu currículo.
A plataforma tem suporte ao aluno, como funciona?
Sim, temos uma equipe de programadores pronta para ajudar com todas as suas dúvidas! Durante o horário comercial, o tempo médio de resposta é de até 10 minutos. E não se preocupe, também oferecemos suporte à noite e nos finais de semana, com um prazo de resposta um pouco maior.
A DevMedia me forma como programador Full Stack?
Sim! Oferecemos uma formação completa, do zero até Full Stack. Nosso foco é na prática, então você vai encontrar muitos exercícios e projetos reais ao longo do curso. Garantimos que você sairá com a autonomia necessária para desenvolver seus próprios projetos com confiança!
Tem horário para as aulas?
Não, não temos horários fixos para as aulas. Todo o nosso conteúdo está disponível para você acessar a qualquer momento, permitindo que você estude conforme sua própria disponibilidade e ritmo. Dessa forma, você pode integrar o aprendizado à sua rotina de maneira mais flexível e eficaz.
Por que a DevMedia não usa videoaulas em sua didática?
Nosso foco principal é formar programadores de verdade. Sabemos que o dia a dia de um programador envolve muita leitura, interpretação e escrita de código. Por isso, nosso conteúdo é desenvolvido para ambientar você nesse processo desde o início, proporcionando mais autonomia e acelerando seu aprendizado.
Na vídeo-aula é o professor que está lendo, interpretando e escrevndo o código para você, isso limita o seu progresso. Ao ler e interagir diretamente com o conteúdo, você exercita sua capacidade de leitura e concentração, além de poder avançar no seu próprio ritmo. Dessa forma, você se torna um programador mais independente e preparado para os desafios reais do mercado.
Preciso de um computador específico para estudar na DevMedia?
Não é necessário nada específico. Qualquer computador com processador atual e memória de 8 GB é suficiente.
Eu consigo estudar pelo celular?
Sim, a DevMedia possui um aplicativo que te permite seguir com seus estudos de qualquer lugar.
A DevMedia tem aplicativo?
Sim, nosso aplicativo está disponível na Play Store e na Apple Store, permitindo que você estude de forma prática e conveniente em qualquer lugar.
Preciso estar na faculdade para acompanhar os estudos na DevMedia?
Não, a faculdade não é necessária. Você não precisa de nenhum conhecimento prévio para iniciar os estudos na nossa plataforma.
Assinatura e Pagamentos
Quais são os planos de assinatura disponíveis?
Oferecemos o plano anual, o valor total é lançado no cartão de crédito, parcelado em 12 vezes, e você precisa dispor do valor total no limite do seu cartão. Você também pode optar por pagar no PIX
Adquirindo o plano, terei acesso a todo o conteúdo?
Sim, ao assinar nossa plataforma, você desbloqueia acesso total a todo o nosso conteúdo, sem precisar comprar nada separadamente.
A plataforma tem planos vitalícios?
Não, nossos planos são anuais, garantindo que você tenha acesso contínuo às atualizações mais recentes e aos novos conteúdos. A tecnologia evolui rapidamente, e um plano vitalício oferece um conteúdo estático que se tornará ultrapassado em pouco tempo. Com nossos planos anuais, você está sempre à frente, aprendendo as novidades e tendências mais atuais no mundo da programação.
A DevMedia tem fidelidade?
Sim, nosso plano tem uma fidelidade de 12 meses, o que garante o tempo ideal para você explorar nosso conteúdo e desenvolver a autonomia necessária para trabalhar com programação.
Como funciona o cancelamento?
Nós garantimos seu direito de cancelamento com reembolso total dentro dos primeiros 7 dias.
Para que você aproveite ao máximo seu investimento, oferecemos suporte personalizado para orientá-lo na utilização da plataforma. Também temos a opção de transferência de titularidade do plano, permitindo que outra pessoa aproveite o restante do seu período de assinatura.
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