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Impressões do PDC 2003

 por Ranato Haddad

 

    Neste ano, o PDC (Professional Developers Conference) foi realizado em Los Angeles, na semana de 25 a 30  de outubro. É claro que os brasileiros especializados em tecnologia não podiam ficar de fora. Nesta seção, juntamos um grupo de experts para que eles lhes contassem as impressões que obtiveram desse excelente evento, no qual a Microsoft apresentou suas novas tecnologias.

   É obvio que a revista tinha que fazer presença, e eu jamais perderia este evento. Então, a convite da MSDN Magazine, corri para Los Angeles para conferir as novidades e passá-las aos leitores.

   A Microsoft convidou cerca de 20 jornalistas especializados para uma apresentação técnica onde mostrou em 5 horas cerca de 8 apresentações dos mais diversos cenários, tecnologias e novidades. Fui o único "não americano" a participar e confesso que foram as 5 melhores horas da minha vida. Foi um banho de novidades tecnológicas.

 

 

Eurico Brás – Regional Director

Tendo acompanhado o PDC desde 1998, fiquei surpreso e muito bem impressionado com a virada da Microsoft em 2003. Após dois anos de incertezas e depois de adiar e cancelar várias vezes o evento, a Microsoft brindou-nos com o melhor PDC dentre todos os já realizados. A única ressalva é que talvez o evento pudesse ter sido maior, pois a quantidade de informações relevantes era muito grande.

A Microsoft demonstrou claramente que não está parada e que, apesar de todos os problemas jurídicos dos últimos anos – além, é claro, da brutal recessão mundial - continua inovando e investindo pesado em desenvolvimento de alta qualidade.

A coragem de exibir o Longhorn (novo sistema operacional) em estágio pré-beta foi digna de aplausos e pôde mostrar aos desenvolvedores que, de fato, a plataforma .NET veio para ficar (e deverá predominar em um futuro muito próximo).

Avalon, Indigo e Whidbey (novo Visual Studio .NET) são soluções fantásticas para sistemas operacionais e desenvolvimento avançado de aplicativos e vêm consolidar a longa estrada trilhada pela Microsoft desde o lançamento do Windows NT, em 1992.

 

Mauro Sant’Anna – Regional Director

De acordo com Bill Gates, “este é o PDC do Longhorn”. Longhorn é o nome de código da próxima versão dos sistemas operacionais da Microsoft, que traz diversas inovações revolucionárias (em um salto semelhante ao do Windows 3.11 para o Windows 95).

O Longhorn oferece uma interface com o usuário totalmente nova e que utiliza de forma intensa os recursos da “GPU”, o computador presente na placa de vídeo. Recursos como efeitos tridimensionais, gráficos vetoriais, transparências e texturas, que costumavam ser usados apenas por jogos, passam ao domínio dos aplicativos convencionais. Um novo sistema de arquivos chamado “WinFS” arquiva não só seqüência de bytes como também dados estruturados, permitindo que um aplicativo possa acessar facilmente dados de outros aplicativos. O Longhorn, através do “Indigo”, transporta os WebServices para um novo nível e possibilita a criação de poderosos “serviços”, seguindo o novo paradigma de “Service Oriented Architecture” – Arquitetura Orientada a Serviços. Todo o código do Longhorn é “gerenciado” e escrito em C#, embora ele continue rodando os aplicativos antigos. Agora a má notícia: embora já tenha sido distribuído um “preview” público, o produto não tem data marcada para lançamento.

Para o ano 2004, a Microsoft reservou algumas novidades menos revolucionárias, mas extremamente interessantes: o Yukon, a próxima versão do SQL Server, e o Whidbey, o próximo Visual Studio .NET.

O Whidbey representa uma grande evolução em termos de produtividade na ferramenta atual e conta com vários assistentes e componentes que permitem que você desenvolva aplicativos utilizando muito menos código do que atualmente.

 

Leonardo Tolomelli – Microsoft Brasil

Na sessão geral de abertura do evento, uma frase de Bill Gates resumiria o que seria posteriormente apresentado ali. Segundo o executivo, “We are just scratching the surface”, ou seja, só estamos “começando a ter idéia” do que a tecnologia poderá fazer para facilitar a nossa vida.

O PDC já assumiu o papel do evento de visão tecnológica da Microsoft. A cada edição realizada, é apresentado publicamente um conjunto de tecnologias voltadas ao público desenvolvedor. Este ano não foi diferente, e pudemos ver, em primeira mão, a futura geração de produtos como o Whidbey, o Yukon e,  é claro, o mais esperado deles: o Longhorn.

O fato de o evento ter tido todas as vagas vendidas com duas semanas de antecedência já dava idéia de seu sucesso. Mais de 8.000 desenvolvedores de todo o mundo compareceram no intuito de conhecer o que a Microsoft está preparando para os próximos meses e anos.

   Nas sessões gerais realizadas por Bill Gates e pelos diversos vice-presidentes da Microsoft, os participantes recebiam informações sobre estratégias e diretrizes da empresa.

   Em seguida, depois de aprimorar seus conhecimentos sobre as futuras versões de produtos e tecnologias de suas áreas de interesse, os participantes podiam assistir a apresentações técnicas que detalhavam os avanços presentes nessas versões e sair com "gostinho de quero mais". Difícil mesmo era selecionar ao que assistir: foram mais de 140 sessões técnicas, nas quais ocorriam até 12 palestras simultaneamente.

Quem participou saiu muito empolgado com o que vem pela frente, e minha árdua tarefa será agora reproduzir em nossos eventos técnicos aqui no Brasil o que foi apresentado lá (ao menos em parte).

 

Renato Haddad – Most Valuable Professional

O evento PDC 2003 destacou-se pela quantidade de novidades apresentadas pela Microsoft, as quais incluem plataformas como o Longhorn, o novo SQL Server (Yukon) e até mesmo ferramentas de desenvolvimento como o Whidbey (novo Visual Studio .NET) e o Reports no SQL Server. O que me chamou a atenção foi o investimento da Microsoft no sentido de tornar as ferramentas cada vez mais produtivas, rápidas e integradas. Por exemplo, para quem já achava que era fácil de desenvolver com o Visual Studio .NET, espere até ver o Whidbey. É inacreditável o que ele nos permite fazer em tão pouco tempo, desde uma simples aplicação Windows até Web ou Smart Devices. Outros pontos excelentes do PDC 2003 foram os seminários técnicos, o nível das palestras (cabe dizer que todos os códigos foram escritos durante as apresentações), o interesse do público e toda a equipe da Microsoft à disposição para esclarecer qualquer dúvida.

Houve uma sessão especial de 5 horas para 20 jornalistas técnicos, onde, a cada 30 minutos, um especialista da Microsoft oferecia uma overview (somente as novidades) sobre o Visual C#, VB.NET, Windows Application, Visual C++, Whidbey e Arquitetura, entre outras tecnologias. Foram as melhores 5 horas de overview às quais já assisti em toda minha vida.

Aqueles que me conhecem sabem que vibro com as novidades tecnológicas, mas, acima de tudo, tenho uma visão técnica sobre o assunto e posso afirmar que o nível das ferramentas e plataformas que temos à disposição das empresas poderá se estender a excelentes aplicações (em todas as áreas) e, é claro, vender soluções.

 

 

Claudenir C. Andrade – Most Valuable Professional

Fantástico!! Essa foi a opinião de vários desenvolvedores quando terminou o PDC 2003. Conseguimos entender as maravilhas que o sucessor do Windows 2003 nos oferece. As palestras e os conteúdos foram organizados no mesmo layout de camadas em que se divide o LongHorn, o que possibilitou um excelente nível de aprofundamento técnico. As palestras foram divididas em:

1) Camada de Apresentação ou "Avalon";

2) Camada de Storage ou "WinFS", com o novo File System com tecnologia  SQL e;

3) Camada de Comunicação e Conectividade, apelidada de "Indigo".

Para nós, desenvolvedores, sem dúvida a chegada deste novo sistema operacional será um grande avanço, juntamente com o XAML, que é um XML com tecnologia de marcação de dados mas que contém classes, métodos e tudo o que é necessário para desenvolver não só um arquivo XML como também um aplicativo Win32. O foco é obter a mesma produtividade e potencial gráfico oferecidos no SDK e facilmente explorados pelo XAML (eXtensible Aplication Markup Language). Além de todas essas novidades, não posso deixar de elogiar o Whidbey que está totalmente integrado à nova versão do Office - o Office System - e que é suficientemente transparente para desenvolvermos aplicações para WinCe e SmartPhone e a versão PhoneEdition do WinCe. Com poucas linhas de código você monta um WinApplication para seu PockePC, seja ele em C#, VB.Net ou qualquer outra linguagem baseada no .Net Compact Framework. Na minha área (automação comercial), a novidade foi o fato de todas as rotinas das portas seriais e paralelas estarem encapsuladas no namespace "System.IO", com métodos claros e fáceis de utilizar.

Em resumo, com a entrada do LongHorn e o lançamento do Whidbey, a Microsoft se concentra em dois de seus maiores trunfos no mercado de SO's e Linguagem de Programação: altíssimo nível de integração e produtividade sem igual no mercado.

 

Wallace dos Santos– Most Valuable Professional

Neste PDC, a Microsoft deu realmente uma aula de futurologia ao mercado mundial. No meu caso, em especial, foi ótimo, pois eu estava lá para ver quais eram os planos para os próximos 2 anos. Porém, a partir de minhas conversas com outros congressistas, percebi que nem todos tiveram essa opinião, justamente porque queriam mais informações sobre o presente.

O PDC nos mostrou o que Microsoft está preparando para o Longhorn, Yukon e Whidbey e como será o desenvolvimento de soluções baseadas na sua tecnologia: “Indigo”, “Avalon”, WinFS, Mobile, Compact Framework e a nova CLR (Common Language Runtime). Pudemos constatar que a empresa está trabalhando muito focada e de forma bastante séria, buscando trazer realmente um grande conjunto de inovações para o mercado. O evento também nos deixou claro a necessidade de estudarmos cada vez mais para acompanhar esta evolução. Os desenvolvedores que não começarem desde já a se reciclar e a abrir um pouco mais seus horizontes perderão o bonde do desenvolvimento para a tecnologia Microsoft. Afirmo isso porque não bastará o profissional conhecer Windows, SQL ou Visual Studio: ele precisará também conhecer Orientação a Objetos, Service Oriented Architecture (SOA) e Unified Modeling Language.

O PDC foi um evento grande em todos os sentidos: muitas sessões (mais de 140), muita gente (o evento estava lotado) e a participação de grandes empresas do mercado (IBM, Oracle, Borland). O evento demonstrou o comprometimento da Microsoft com os padrões existentes. Foi também um evento ímpar, porque não é sempre que temos a oportunidade de vivenciar o futuro no presente, mesmo que por um breve momento. Além disso, permitiu-nos pensar sobre este futuro e, assim, termos tempo para nos preparar realmente para ele.

 

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