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O ano dos dispositivos portáteis

por Mauro Sant’Anna

O Windows CE e sua mais popular encarnação, o PocketPC, foram lançados há vários anos. Embora tenham obtido relativo sucesso, não se tornaram acessórios obrigatórios para ninguém, sendo adotados apenas em nichos e aplicações bastante específicas. Nada do sucesso dos computadores pessoais, dos telefones celulares ou mesmo dos notebooks. Acredito que esse quadro mudará a partir de 2004.

Em primeiro lugar, seguindo a evolução natural da informática, os dispositivos que usam Windows CE estão cada vez mais poderosos e baratos, com CPUs mais rápidas e mais memória. Na verdade, eles equivalem aos primeiros Pentium II de cinco anos atrás. O custo da memória flash também caiu bastante: é possível comprar 128 MB por menos de cem dólares.

Em segundo lugar, os dispositivos têm agora mais locais com os quais se comunicar, dada a popularização das redes Ethernet sem fio (“WiFi”), que estão se tornando comuns em escritórios e até em alguns locais públicos.

Outra grande novidade é a disponibilidade da .NET Compact Framework, que permite desenvolvimento muito mais fácil por meio do Visual Studio .NET e das linguagens VB.NET e C#. O Visual Studio .NET 2003 já vem pronto para desenvolvimento em PocketPC. Para desenvolvimento em Smartphone, é necessário apenas baixar o kit de desenvolvimento do site http://msdn.microsoft.com. Nem é preciso possuir um dispositivo físico, já que o kit vem com um emulador que roda sob Windows.

No entanto, o que considero a maior novidade é a integração do Windows CE com telefones celulares.

Essa integração é oferecida em dois sabores: PocketPC com celular integrado (o “Pocket PC Phone Edition”) ou Smartphone, um celular mais esperto e que roda Windows, como o Motorola MPX200.

Embora exista mercado para os dois tipos de dispositivos, eu aposto mais no Smartphone. A razão é que o celular é um sucesso fenomenal. O Smartphone custa mais ou menos a mesma coisa que esses aparelhos novos com tela colorida e câmera integrada. Se você estiver usando um Smartphone (que cabe no bolso da camisa) não precisará carregar também o PocketPC (que não cabe no bolso da camisa). Dizem que a maioria das pessoas troca de celular a cada dois anos. Sendo assim, por que não trocar por um Smartphone?

É claro que digitar texto no Smartphone é um suplício, mas digitar no PocketPC também não é fácil, e o Smartphone só exige uma das mãos para segurar e teclar.

A rede celular é bastante abrangente e suficiente para aplicativos que exigem pouca largura de banda. Por exemplo, permite chamar WebServices de consulta a partir de um aplicativo com uma interface bem mais atraente.

Tenho usado o Smartphone há alguns meses e ele chama a atenção onde quer que eu vá.