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Mini-Curso

Desenvolvendo uma Loja Virtual com ASP.NET, UML e ECO – Parte 1

 

Nesta série de artigos, vamos utilizar o ECO III no desenvolvimento de um pequeno site de compras. Vamos explorar a composição do ambiente ECO, seus recursos, funcionalidades e facilidades oferecidas. Tudo isso de forma prática para que seja despertado em você leitor, o interesse pelo assunto.

Durante o desenvolvimento do site, não entrarei em detalhes sobre recursos que serão utilizados como, por exemplo, User Controls, isso porque quero manter o foco no ECO III. Contudo citarei artigos de outras edições da ClubeDelphi, bem como vídeo aulas, que explicam de maneira exemplar a criação dos mesmos.

 

Metodologia

A aplicação desenvolvida neste mini-curso é desenvolvida sobre um modelo multicamadas, onde temos: banco de dados, aplicação web, camada de persistência e interface (browser). As vantagens dessa abordagem são muitas: separação lógica entre as partes da aplicação, facilidade de manutenção, reutilização de código, melhor uso de técnicas de POO, torna a lógica de negócio independente da arquitetura utilizada e tecnologias empregadas (ex.: ASP.NET, Windows Forms, Web Services), menor impacto na mudança de requisito e redução de custos.

 

Um pouco de história

Antes da existência do ECO tínhamos um framework chamado Bold, originalmente desenvolvido por uma empresa chamada BoldSoft. Em 1997 foi lançada a primeira versão do Bold para Delphi, na época, Delphi 2.

Com o surgimento do .NET, o ECO foi lançado e teve como base o Bold, podendo ser definido como uma evolução do Bold para o mundo .NET. Veja que eu disse evolução e não que foi um framework portado. Muitos dos conceitos que se aplicam ao ECO também se aplicam ao Bold.

 

O que é o ECO

O ECO faz parte de um conjunto de ferramentas destinadas à Arquitetura Dirigida ao Modelo, ou simplesmente MDA (Model Driven Architecture). A MDA possui um objetivo muito claro que é tornar independente a regra de negócio de uma aplicação.

Esses objetivos, especificações, padronizações e diretrizes são definidas pela OMG (Object Management Group), grupo responsável pela normatização de ferramentas e tecnologias relacionadas a objetos. Possuindo a UML como “linguagem” para representar um modelo de negócios Orientado a Objetos, permite que esse mesmo modelo seja utilizado em aplicações Windows Forms, ASP.NET e até mesmo por Web Services, atingindo assim a independência do modelo sugerida pela MDA.

Contudo, existem alguns pontos que a UML não consegue cobrir, por exemplo, restrições que representam atributos de uma classe. Para suprir isso, foi desenvolvida a OCL (Object Constraint Language) e ela é largamente utilizada pelo ECO.

Um exemplo de utilização seria ter uma classe TEleitor e nela lançaríamos apenas pessoas que podem ser eleitores, portanto é lógico aplicarmos uma regra nessa classe onde apenas pessoas com 16 anos ou mais são possíveis eleitores. Para aplicar isso a uma classe utilizamos uma sentença OCL.

De modo geral podemos dizer que o desenvolvimento MDA e suas ferramentas enfatizam o modelo de negócios de uma aplicação. Na Figura 1, temos uma visão geral da composição de uma aplicação ECO.

 

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